17 de agosto de 2013

Sugestões para quarta semana do mes vocacional

Olá povo de Deus!
Aqui vão as sugestões de Animação Vocacional para está quarta semana que estaremos iniciando.

Encontro para catequese
4o ENCONTRO
VOCAÇÃO LEIGA
(4a semana de agosto)
Preparação do ambiente: Providenciar fotos de famílias (crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, casados ou solteiros, pessoas engajadas nos serviços diversos da nossa paróquia e Diocese.
Motivação: No mês vocacional celebramos o chamado que Deus faz a cada um de nós, chamado a VIDA. Também é uma oportunidade especial para refletirmos sobre as vocações específicas. É isto que estamos fazendo em nossos encontros. Hoje, queremos falar sobre a vocação Leiga na Igreja.
Contextualizado: A palavra portuguesa leigo é proveniente do grego laikós que provém da palavra laos cujo significado é massa, ou seja, multidão, agregado social, aglomeração de gente. Graças ao Concílio Vaticano II, essa compreensão foi valorizada no sentido realmente cristão.
Assim, na Constituição Dogmática sobre a Igreja "Luz dos povos" (Lumen Gentium), antes de falar da hierarquia (cap. lll) e dos leigos (cap. IV), fala do povo de Deus (cap. II). É a Igreja na sua totalidade, naquilo que é comum a todos os membros. Ai o concílio superou a distância entre hierarquia e laicato, e a desigualdade tão perniciosa.
Quando falamos em vocação leiga, falamos de todos cristão que se doa ao serviço na Igreja. Na verdade todo o Batizado é chamado a viver esta vocação. Conforme fala um dos mais importantes documentos do Magistério da Igreja: Lumem Gentium n.10: Na verdade, os batizados, pela regeneração e pela unção do Espírito Santo, são consagrados para serem casa espiritual, sacerdócio santo, para que, por meio de todas as obras próprias do cristão, ofereçam oblações espirituais e anunciem os louvores daquele que das trevas os chamou à sua admirável luz (cfr. 1 Ped. 2, 4-10). Todo pai, mãe, filho e filha, casado ou solteiro, crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos são chamados a vivenciar esta bela vocação. É isso que queremos refletir nesse encontro hoje.
Fato da Vida: Faz poucos dias que aconteceu em nosso país um grande momento da Igreja no mundo, a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. No subsídio de preparação para esse grande momento, preparado pela CNBB: Caminhando para a JMJ 2013, encontramos um belo fato da vida que testemunha a vocação leiga como encontro com Jesus Cristo. Escutemos o testemunho de uma mulher que descobriu a presença de Jesus Cristo e seu Reino a partir de sua doação em favor dos demais:
“Meu nome é Nádia, tenho 41 anos, sou mãe de uma missionária de 15 anos e pude agora viver esta experiência linda com Deus. (...) A Semana Missionária para mim foi a experiência mais forte que já fiz em toda a minha vida, em que pude conviver com 23 pessoas durante uma semana em uma comunidade desconhecida. Eu pensava como isso poderia funcionar? Mas o Senhor realiza com sua sabedoria infinita o milagre da compreensão, da divisão, a doação e principalmente do amor mútuo. Cada casa que pude passar para levar a benção era uma história diferente, pessoas sedentas do amor de Deus, e quando chegávamos era como se a paz habitasse naquele lar. Pessoas muito simples, com muita dor estampada nos olhos, mas ao sairmos, sentia que uma esperança era plantada naquele local. Em uma das primeiras casas que visitamos, encontramos uma jovem mãe que havia acabado de dar à luz, entramos e começamos o rito da benção. Ao iniciarmos a oração do Pai Nosso, perguntamos a ela se gostaria de fazer algum pedido ou agradecimento ao Senhor. Foi quando ela pediu pela filha que acabara de nascer que perguntei: “ela está doente”? Pois a mãe chorava muito. Ela me respondeu: “não, sou eu que estou”, ela estava com uma depressão muito grande e seu leite estava todo empedrado, sentia até febre. Então, resolvi, na mesma hora, ajudá-la. Pedi licença aos jovens que estavam comigo e fui até o quarto tirar o leite para aliviar sua dor. Esta experiência eu nunca havia vivido antes e foi muito gratificante poder ajudar a Virgínia. Três dias depois voltamos para vê-la e ela estava muito bem, seu leite não empedrou mais e a Maria Eduarda, sua filha, estava mamando bem e chorei de alegria, pois me senti útil como nunca havia me sentido antes.” (Depoimento da missionária Nádia – 41 anos – São José dos Campos).
Conversando sobre o fato da vida
Ajude seu grupo a conversar sobre o testemunho de Nádia! As seguintes perguntas poderão ajudar:
1) Como Nádia fez seu encontro pessoal com Jesus Cristo?
2) O encontro de Nádia com Jesus modificou a sua vida? Quais atitudes revelam essa mudança?
3) Você reconhece, em sua vida, alguma experiência simples, como a da Nádia, que revelam seu encontro com Jesus?
Texto Bíblico
A Palavra de Deus ilumina a nossa vida (Mc 16, 9-19)
 
Conversando sobre a Palavra de Deus
Jesus se manifestou aos apóstolos e os enviou para a missão. Mas certamente cada um cumpriu esse mandato do Mestre dentro de suas possibilidades e potencialidades, pois o chamado e o envio deve ressoar como convite pessoa a cada um de nós!
Neste momento vamos formar 5 grupos e conversar por 15 minutos sobre a questão: que exemplos posso citar em minha comunidade de “experiência de Jesus” ou mesmo em minha paróquia e Diocese. Depois o grupo deverá usar a criatividade e desenhar na cartolina branca algo que represente essa experiência.
Recapitulando:
L1. O batismo nos torna discípulos de Cristo e Ele é o modelo do cristão leigo. O leigo, pelo batismo, é chamado a ser “sal da terra”, “luz do mundo”, “fermento na massa”. Dentro da comunidade cristã ele também assume responsabilidades (ex. o dízimo para a manutenção da evangelização, os  “ministérios” ou “serviços” em favor dos irmãos).
L2. Existem pessoas dentro da própria comunidade  que, apesar de não serem perfeitos, levam a sério o seu batismo e sua crisma”.
L3. Marido e mulher são chamados a ser um para o outro expressão do amor de Deus  no dom recíproco. O Matrimônio deve, como vocação, ser assumido com maturidade e séria preparação”.
L4. Cristãos leigos são chamados a exercerem diversas ações na comunidade eclesial e em diferentes formas de apostolado. Queremos acolher o envio do mestre Jesus, dar testemunho de vida e assumir diversos ministérios e serviços na evangelização, na catequese, na animação vocacional, na liturgia, dentre outros.
Oração Final - ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES:
JESUS MESTRE DIVINO, QUE CHAMASTE OS APÓSTOLOS A VOS SEGUIREM, CONTINUAI A PASSAR PELOS NOSSOS CAMINHOS, PELAS NOSSAS FAMÍLIAS, PELAS NOSSAS ESCOLAS, E CONTINUAI A REPETIR O CONVITE A MUITOS DE NOSSOS JOVENS. DAI FORÇA PARA QUE VOS SEJAM FIÉIS, COMO APÓSTOLOS LEIGOS, COMO SACERDOTES, COMO RELIGIOSOS E RELIGIOSAS/ PARA O BEM DO POVO DE DEUS E DE TODA A HUMANIDADE. AMÉM.
Pai Nosso – Ave  Maria – Glória (motivar)
 
ENCONTROS PARA GRUPOS DIVERSOS
QUARTA SEMANA
Tema: Cristãos Leigos: operários e operárias da Evangelização

Ambientação: Fazer um painel com destaque para os vários serviços e ministérios dos cristãos leigos e leigas, com vocação própria e missão específica, como e onde eles atuam na vida da Igreja e na sociedade.
Refrão orante:Onde reina o amor, fraterno amor. Onde reina o amor, Deus aí está. (Taizé – CD: Coração Confiante – Paulinas).
A.(Animador): Dentro da Igreja, leigos e leigas se organizam através de grupos pastorais, comunidades, movimentos e de tantas formas se fazem presentes como operários e operárias da messe do Senhor. Assim têm, não apenas o dever, mas também o direito de participar ativamente da missão da Igreja. Unidos a Cristo pelo Batismo, inseridos como membros de seu corpo e fortificados pelo Espírito Santo, recebem do próprio Cristo o trabalho apostólico na grande messe. (cf. Decreto Apostolicam Actuositatem). Os leigos, portanto, neste mês vocacional, celebram este chamado de Deus a fazer parte de seu povo escolhido e pela força desta catolicidade contribuem com seus dons peculiares e variados.
Canto Inicial (“Tu és a razão da jornada”, José Acácio Santana)
Um dia escutei teu chamado, divino recado batendo no coração. Deixei deste mundo as promessas e fui bem depressa no rumo da tua mão.
Refrão: Tu és a razão da jornada, Tu és minha estrada, meu guia, meu fim. No grito que vem do teu povo, te escuto de novo, chamando por mim.
Os anos passaram ligeiro, me fiz um obreiro do Reino de paz e amor. Nos mares do mundo navego e às redes me entrego, tornei-me teu pescador.
1.MOTIVAÇÃO TEMÁTICA
A.: Somos operários e operárias da messe, filhos e filhas do Deus da vida, reunidos em comunidade para refletir sua Palavra, louvá-lo e bendizê-lo. Queremos comungar nossas experiências de vida e encorajar-nos uns aos outros para continuarmos a missão evangelizadora da Igreja.
T.: Pelo batismo recebemos de Deus uma vocação. Cada um responde a este chamado de maneira diferente, conforme o dom do Espírito Santo.
L1: Igreja é povo de Deus, com sua variedade de vocações e ministérios. Cada pessoa faz parte desta Igreja e assume sua missão de evangelizar tornando-se operário e operária da messe do Senhor.
L2: Os cristãos leigos e leigas recebem de Deus a graça de viver sua vocação na sociedade onde estão inseridos, buscando e sendo expressão viva do Cristo Jesus que “teve compaixão ao ver a multidão cansada e abatida como ovelhas sem pastor” (Mt 9, 35-38).
L3: O mesmo Cristo Jesus, tomado de compaixão pediu: “Rogai, pois, ao Dono da Messe que mande operários e operárias para a sua messe.”
T.: Pelo batismo recebemos de Deus uma vocação. Cada um responde a este chamado de maneira diferente, conforme o dom do Espírito Santo.
2. ESCUTA DA PALAVRA
A.: Ouçamos a Palavra do Senhor que nos chama a segui-lo e com ele construir o Reino. Cantemos.
Canto: É como a chuva que lava (Pe. Zezinho
Ref.: É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa.Tua palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal.
1.Tenho medo de não responder, de fingir que eu não escutei. Tenho medo de ouvir o teu chamado, virar do outro lado e fingir que não sei.
L1: Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas (Lc 13,22-30). (Dialogado como segue)
T.: Glória a vós Senhor.
L2: “Naquele tempo, Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. Alguém lhe perguntou:
L3: Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?
L2: Jesus respondeu:
L4: Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta! Ele responderá: Não sei de onde sois. Então começareis a dizer: Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças! Ele, porém, responderá: Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça! Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. E assim há últimos que serão os primeiros, e primeiros que serão últimos.
L2: Palavra da Salvação.
T.: Glória a Vós, Senhor!
Silêncio e interiorização (colocar um fundo musical – instrumental)
3. MEDITAÇÃO A PARTIR DA PALAVRA
A.: O evangelho nos mostra Jesus a caminho de Jerusalém atravessando cidades e povoados. Ele nos ensina que a missão evangelizadora vocacional deve alcançar o mundo urbano e rural: cidades e povoados.
L3: Rezemos pedindo ao Senhor da messe que nos envie operários e operárias para a missão evangelizadora.
T.: Senhor, desperta em nossas comunidades fiéis leigos e leigas, discípulos missionários que se dediquem à evangelização vocacional. Pessoas comprometidas com a causa do reino.
L4: Jesus observa que a porta de acesso ao reino é estreita. Significa que precisamos todos nos esforçar para vivermos plenamente a mensagem do evangelho.
T.: Passamos pela “porta estreita” quando vivemos nossa vocação na intensidade da fé e plenitude do amor. Somos todos chamados a ser “sal e luz” em meio a uma sociedade que muitas vezes despreza a mensagem do evangelho.
L1: Jesus nos ensina que a prática da justiça é fundamental na construção do reino.
L2: Esquecer esta realidade significa ignorar as palavras de Jesus:
T.: “Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!”
L3: Agradeçamos ao Senhor pelo mês vocacional que estamos celebrando com amor e esperança.
T.: Obrigado Senhor, por nos permitir celebrar com alegria e em comunhão com toda a Igreja no Brasil o mês vocacional. Agradecemos também pelas vocações que enriquecem nossas comunidades. Olhai pela Igreja que implora operários e operárias para o reino.
Silêncio e meditação pessoal (colocar um fundo musical)
4. ORAÇÃO TEMÁTICA
A.: Vamos pedir ao Senhor da messe que envie operários e operárias, leigos e leigas, para servirem a Igreja e a sociedade no anúncio e na denúncia. Rezemos em dois coros! A cada invocação vamos responder:
T.: Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.
Lado A: Por todos os batizados, para que descubram sua vocação e a exerçam em comunhão com toda Igreja, rezemos.
T.: Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.
Lado B: Por todos os cristãos que atuam na área da política, para que possam exercer sua vocação buscando sempre o bem comum, rezemos.
T.: Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.
Lado A: Por todos os cristãos leigos e leigas que estão coordenam as diversas pastorais, grupos e movimentos da Igreja, para que tenham muita força e coragem no exercício de sua vocação, rezemos.
T.: Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.
Lado B: Por todos aqueles que atuam na área social, que possam denunciar sem medo as injustiças sociais, principalmente o atentado contra a vida, rezemos.
T.: Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.
Lado A: Por todos nós aqui reunidos, para que possamos ter coragem de assumir a nossa vocação de operários e operárias na grande messe do Senhor, rezemos.
T.: Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.
5. LOUVOR SUPLICANTE
A.: A missão dos cristãos leigos e leigas é muito grande e importante. Devemos reconhecer a grandeza do valor destes homens e mulheres que pelo batismo tornam-se operários e operárias a serviço da vida e da esperança. Pessoas fiéis aos ensinamentos da Igreja, apaixonadas pela Palavra e pela Eucaristia, zelosas e cheias de compaixão.
L1: Louvado seja, Senhor, pela vocação laical, chamada a ser protagonista e a exercer sua missão em todos os lugares, incluindo aqueles muitas vezes esquecidos ou rejeitados. Lugares verdadeiramente de missão, quando muitos dos nossos leigos e leigas anonimamente são as testemunhas autênticas de Jesus Cristo.
T.: Obrigado, Senhor, pela vocação ao laicato!
L2: Louvado seja, Senhor, pelas comunidades eclesiais espalhadas por este nosso país. Muitos são os leigos e as leigas que assumem a coordenação destas comunidades, visitam as famílias, celebram, partilham a vida e a Palavra. São apaixonadas e zelosas por aquilo que é de Deus e defendem a Igreja contra todas as ciladas do mal.
T.: Obrigado, Senhor, pela vocação ao laicato!
L5: Glória a vós, Senhor da messe e pastor do rebanho, pela Igreja, povo de Deus a serviço da vida e da esperança. Infunde coragem e ânimo, alegria e esperança nos nossos leigos e leigas, nos ministros ordenados, aos consagrados e consagradas.
T.: Obrigado, Senhor, pela vocação ao laicato!
A.: Manifestemos o nosso louvor suplicante ao Deus de ternura e bondade, cantando:
A ti, meu Deus, elevo meu coração, Elevo as minhas mãos, meu olhar, minha voz. A ti, meu Deus, eu quero oferecer meus passos e meu viver, meus caminhos, meu sofrer.
A tua ternura, Senhor, vem me abraçar. E a tua bondade infinita, me perdoar. Vou ser teu seguidor e te dar o meu coração. Eu quero sentir o calor de tuas mãos.
Reflexão e aprofundamento
Tema: Cristãos Leigos: operários e operárias na evangelização
O Concílio Vaticano II nos deu uma nova visão de Igreja e começou a esboçar uma teologia do laicato. São alicerces que permitem a continuidade da reflexão cada vez mais aprofundada deste tesouro para o futuro da Igreja, que são os leigos e leigas. O Papa Pio XII, em 1946, proclamou: “os leigos são Igreja”. O Concílio Vaticano II, documentos e discursos de Paulo VI e de João Paulo II, foram iluminando mais a afirmação de Pio XII. Bem distante do Brasil, no sul da Itália, na cidade de Messina, em meados do final do século XIX, um jovem padre, Aníbal Maria Di Francia, intuía a importância que deveria ser dada á vocação dos cristãos leigos, como operários e operárias na evangelização. No paupérrimo bairro “Avinhão”, ele reuniu leigos como seus primeiros colaboradores na empreitada do trabalho sócioeducativo. Neste lugar, com o empenho desmedido dos leigos que lá atuavam, ele viu a necessidade de se rezar pelas vocações, para que na Igreja jamais faltassem operários e operárias na evangelização. Desta sua intuição e com a atuação dos cristãos leigos nascem e crescem duas Congregações Religiosas com o carisma de rezar e zelar pelas vocações: as Filhas do Divino Zelo e os Rogacionistas do Coração de Jesus.
Isto nos indica que o tema vocacional está intrínseco na vida e na missão dos cristãos leigos e leigas. Estamos no jubileu de ouro do Concílio Vaticano II. As comemorações desse evento importante é uma oportunidade para que examinemos o papel e a missão dos cristãos leigos e leigas, vocacionados, discípulos missionários de Jesus Cristo a contribuir e ter o seu papel de evangelizadores numa Igreja toda vocacionalizada e ministerial. Aqui não se trata de um ocupar o lugar do outro. Precisamos, pois, superar esta “insegurança” e acreditar mais na criatividade Espírito de Deus.
Compreender a Igreja como comunidade de operários e operárias a serviço da messe do Senhor, talvez seja o desafio para entender que na Igreja há multiplicidade de carismas e diversidade de ministérios, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos (1 Cor 12,6).
Refletindo este tema, como cristão leigo devo me perguntar: Qual a minha missão, qual o meu lugar, qual o meu compromisso, considerando-me um vocacionado que pelo batismo assumiu o chamado de Deus? Ou, o que Deus quer da minha vocação como cristão leigo ou leiga?
Conscientes do chamado de Deus, como cristãos leigos e leigas somos convocados para, em comunhão assumirmos a nossa vocação e missão. Todavia, isto não significa ser apenas um expectador ou destinatário da mensagem evangélica e das preocupações da Igreja, mas, sim, ser um interlocutor consciente de sua missão de cristão leigo. Neste ínterim, sem dúvida alguma, os cristãos leigos e leigas “participam do múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo e compartilham a missão de todo o Povo de Deus na Igreja e no mundo” (cf. Decreto Apostolicam Actuositatem, nº2). Este foi um aspecto importante do Concílio Vaticano II, um impulso dado pelo Espírito Santo à Igreja, quando ela própria reafirma a valorização dos cristãos leigos e sua missão como operários e operárias na grande messe, “uma multidão cansada e abatida, como ovelhas sem pastor...” (Mt 9, 35-38). Certamente isto emerge como um elemento fundamental para a nova realidade do mundo numa “mudança de época”.
Portanto, todos na Igreja possuem a vocação para a missão de evangelização. Passamos, então, a falar da missão da Igreja no mundo, servindo ao reino e não a si mesma. Nesta missão evangelizadora da Igreja, devemos recordar a missão do cristão leigo, como um bom operário da grande messe do Senhor. Ora, o que significa ser bom operário na messe do Senhor? Significa, acima de tudo viver em comunhão com a Igreja, partilhar dons e carismas, ser presença de Jesus Cristo na sociedade, na política, na cultura, nas ciências, nos esportes e nos novos areópagos (cf. DAp. nº 491). Fazer a Igreja presente em lugares e circunstâncias jamais imaginadas.
Agora, para concluir esta reflexão, uma dica para ser bom operário e boa operária na evangelização: primeiro, abraçar a causa vocacional através da oração pelas vocações; segundo, propagar esta oração vocacional testemunhando que vale a pena ser de Jesus Cristo, nesta propagação demonstrar a alegria de ser cristão católico pelo batismo; terceiro agir – ser de fato um bom operário pela própria essência de sua consagração batismal.

HORA SANTA VOCACIONAL
QUARTA SEMANA
LEIGOS E LEIGAS
Animador:
Caríssimos irmãos e irmãs, celebrando o último domingo do mês vocacional a Igreja nos convida a rezar pela vocação dos cristãos leigos e leigas, que assumem diversos ministérios em nossa comunidade. Os leigos compõem a maior parte da Igreja e têm a missão de testemunhar e difundir o Evangelho. Eles iluminam e ordenam as realidades temporais segundo o projeto de Jesus. São chamados à santidade e ao apostolado. Que o Senhor da messe continue chamando homens e mulheres comprometidos com a implantação do Reino. Iniciemos nossa Hora Santa, cantando:
Canto para Exposição do Santíssimo Sacramento:
1. Quando chamaste os doze primeiros pra te seguir/ sei que chamavas todos os que haviam de vir.
Ref /:Tua voz me fez refletir / deixei tudo para te seguir, nos teus mares eu quero navegar:/
2. Quando pediste aos doze primeiros: Ide e ensinai/ Sei que pedias a todos nós: Evangelizai.
(Silêncio)
Leitor 1: Evangelho de Jesus Cristo segundo João (Jo 15, 1-16).
Eu sou a verdadeira videira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não dá fruto em mim, o Pai o corta. Os ramos que dão fruto, ele os poda para que dêem mais fruto ainda. Vocês já estão limpos por causa da palavra que eu lhes falei. Fiquem unidos a mim, e eu ficarei unido a vocês. O ramo que não fica unido à videira não pode dar fruto. Vocês também não poderão dar fruto, se não ficarem unidos a mim. Eu sou a videira, e vocês são os ramos. Quem fica unido a mim, e eu a ele, dará muito fruto, porque sem mim vocês não podem fazer nada. Quem não fica unido a mim será jogado fora como um ramo, e secará. Esses ramos são ajuntados, jogados no fogo e queimados. Se vocês ficam unidos a mim e minhas palavras permanecem em vocês, peçam o que quiserem e será concedido a vocês. A glória de meu Pai se manifesta quando vocês dão muitos frutos e se tornam meus discípulos. Assim como meu Pai me amou, eu também amei vocês: permaneçam no meu amor. Se vocês obedecem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como eu obedeci aos mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. Eu disse isso a vocês para que minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa. O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês. Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos. Vocês são meus amigos, se fizerem o que eu estou mandando. Eu já não chamo vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que seu patrão faz; eu chamo vocês de amigos, porque eu comuniquei a vocês tudo o que ouvi de meu Pai. Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês. Eu os destinei para ir e dar fruto, e para que o fruto de vocês permaneça. O Pai dará a vocês qualquer coisa que vocês pedirem em meu nome.
(Silêncio e Meditação)
Canto: Eu sou a videira
Ref.: Eu sou a videira, meu Pai é o agricultor Vós sois os ramos, permanecei no meu amor
1. Para dar muito fruto - Permanecei no meu amor.
Para dar amor puro - Permanecei no meu amor.
Como ramos ao tronco - Permanecei em mim.
2. Para amar sem medidas - Permanecei no meu amor.
Para dar vossas vidas - Permanecei no meu amor.
Para ser meus amigos - Permanecei em mim.
3. Para ver o caminho - Permanecei no meu amor.
Para ver a verdade - Permanecei no meu amor.
Para ter sempre vida- Permanecei em mim.
Leitor 2: Do Comentário sobre o Evangelho de São João, de São Cirilo de Alexandria, bispo
Querendo mostrar a necessidade de estarmos unidos a ele pelo amor, e a grande vantagem que nos vem desta união, o Senhor afirma que é a videira. Os ramos são os que, já se tornaram participantes da sua natureza pela comunicação do Espírito Santo. De fato, é o Espírito de Cristo que nos une a ele. A adesão a esta videira nasce da boa vontade; a união da videira conosco procede do seu afeto e natureza. Foi, de fato, pela boa vontade que nos aproximamos de Cristo, mediante a fé; mas participamos da sua natureza por termos recebido dele a dignidade da adoção filial. Pois, segundo São Paulo, quem adere ao Senhor torna-se com ele um só espírito (1Cor 6,17). Do mesmo modo, o autor sagrado, noutro lugar da Escritura, dá ao Senhor o nome de alicerce e fundamento. Sobre ele somos edificados como pedras vivas e espirituais, para nos tornarmos, pelo Espírito Santo, habitação de Deus e formarmos um sacerdócio santo. Entretanto, isto só será possível se Cristo for nosso fundamento. A mesma coisa vem expressa na analogia da videira: Cristo afirma ser ele próprio a videira e, por assim dizer, a mãe e a educadora dos ramos que dela brotam. Nele e por ele fomos regenerados no Espírito Santo, para produzirmos frutos de vida, não da vida antiga e envelhecida, mas daquela vida nova que procede do amor para com ele. Esta vida nova, porém, só poderemos conservá-la se nos mantivermos perfeitamente inseridos em Cristo, se aderirmos fielmente aos santos mandamentos que nos foram dados, se guardarmos com solicitude este título de nobreza adquirida e se não permitirmos que se entristeça o Espírito que habita em nós, quer dizer, Deus que por ele mora em nós. O evangelista João nos ensina sabiamente de que modo estamos em Cristo e ele em nós, quando diz: A prova de que permanecemos com ele, e ele conosco, é que ele nos deu o seu Espírito (1Jo 4,13). Assim como a raiz faz chegar aos ramos a sua seiva natural, também o Unigênito de Deus concede aos homens, sobretudo aos que lhe estão unidos pela fé, o seu Espírito. Ele os conduz à santidade perfeita, comunica-lhes a afinidade e parentesco com sua natureza e a do Pai, alimenta-os na piedade e dá-lhes a sabedoria de toda virtude e bondade. (Silêncio e Meditação)
PRECES
Animador: A vida cristã nos propõe um desejo: “Permanecer no amor de Cristo”. Invoquemos ao Senhor, através de nossas preces, oferecendo nossa vida e o desejo de permanecer sempre unidos(as) a Ele.
Leitor 1: Senhor, enviai operários e operárias comprometidos com a implantação do vosso Reino, sendo sal e luz onde se encontram, nós vos pedimos.
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
Leitor 2: Senhor, por todos os que já se dedicam ao serviço na vossa Igreja, em especial pelos ministros não ordenados, para que continuem a anunciar a vossa palavra e a testemunhar o vosso amor, nós vos pedimos:
Leitor 3: Senhor da messe, que todos os batizados e batizadas, vocacionados à santidade, continuem a colaborar nas pastorais, movimentos e serviços da Igreja, nós vos pedimos:
(Preces espontâneas)
Animador: Vamos concluir nossas preces com a Oração Vocacional:
Todos: Senhor Jesus, que chamaste quem Tu quiseste, chama muitos de nós para trabalhar para Ti, para trabalhar contigo. Tu, que iluminaste com a Tua palavra aqueles que chamaste, ilumina-nos com o dom da fé em Ti. Tu, que os amparaste nas dificuldades, ajuda-nos a vencer as nossas dificuldades de jovens de hoje. E se chamas algum de nós, para o consagrar totalmente a Ti, que o Teu amor anime essa vocação desde o seu germinar e a faça crescer e perseverar até ao fim. Assim seja!
BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
(Onde houver a presença do Ministro Ordenado)
Tão sublime sacramento
adoremos neste altar.
Pois o Antigo Testamento
deu ao novo o seu lugar.
Venha a fé, por suplemento
os sentidos completar.
Ao Eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador:
ao Espírito exaltemos,
na Trindade eterno amor;
Ao Deus Uno e trino demos
a alegria do louvor. Amém.
V.: Do céu lhes destes o Pão.
R.: Que contém todo sabor.
 
Oremos: Senhor, Jesus Cristo, neste admirável sacramento, nos deixastes o memorial da vossa paixão, concedei-nos tal veneração pelos sagrados mistérios do vosso Corpo e do vosso Sangue, que experimentemos sempre em nós a sua eficácia redentora. Vós, que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.
R.: Amém.
BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO
ORAÇÃO DEPOIS DA BÊNÇÃO
Bendito seja Deus.
Bendito seja o seu Santo Nome.
Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Bendito seja o nome de Jesus.
Bendito seja o seu Sacratíssimo Coração.
Bendito seja o seu preciosíssimo sangue.
Bendito seja Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do altar.
Bendito seja o Espírito Santo Paráclito.
Bendita seja a grande Mãe de Deus Maria Santíssima.
Bendita seja a sua Santa Imaculada Conceição.
Bendita seja a sua gloriosa Assunção.
Bendito seja o nome de Maria Virgem e Mãe.
Bendito seja São José, seu castíssimo esposo.
Bendito seja Deus nos seus Anjos e nos seus Santos.

ORAÇÃO PELA PÁTRIA, PELA IGREJA E PELO SANTO PADRE

Deus e Senhor nosso protegei a vossa Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos ministros. Derramai as vossas bênçãos, sobre o nosso santo padre, o Papa Francisco, sobre o nosso bispo, e sobre o nosso Pároco, sobre todo clero sobre o chefe da Nação e do Estado, e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade para que governem com justiça. Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa. Favorecei, com os efeitos contínuos de vossa bondade, o Brasil, este bispado, a paróquia em que habitamos, a cada um de nós em particular, e a todas as pessoas por quem somos obrigados a orar ou que se recomendaram às nossas orações. Tende misericórdia das almas dos fiéis que padecem no purgatório. Dai-lhes, Senhor, o descanso e a luz Eterna.
Pai nosso... Ave Maria... Glória ao Pai. 
Canto Final (a escolha)

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