18 de outubro de 2013
17 de outubro de 2013
Uma Igreja fechada trai sua própria natureza
Nos últimos dias, abrindo meu correio eletrônico, deparei-me com notícias de alguns pronunciamentos do Papa Francisco que são extremamente interessantes neste mês missionário, e as partilho com os leitores.
Igreja 'fechada' trai
sua própria natureza, diz o papa
Cidade do Vaticano – O papa Francisco disse nesta
quinta-feira (17) que uma Igreja "fechada", constituída por
"cristãos de sacristia", trai sua própria natureza e a missão que lhe
foi confiada. “Uma Igreja que se fecha em si própria e no passado, uma Igreja
que apenas olha para as pequenas regras de costumes, de atitudes, é uma Igreja
que atraiçoa a sua própria identidade. Uma Igreja fechada trai a sua própria
identidade”, declarou, na catequese da audiência pública semanal, perante
dezenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro.
A intervenção partiu da definição da Igreja Católica como
“apostólica”, porque tem "as suas raízes no ensinamento dos apóstolos,
testemunhas autênticas de Jesus". Essa Igreja, destacou o papa, tem os
olhos postos no futuro com a “firme consciência de ser enviada, enviada por
Jesus, de ser missionária, levando o nome de Jesus com a oração, o anúncio e o
testemunho".
“Redescubramos hoje toda a beleza e a responsabilidade de
ser Igreja apostólica. E lembrai-vos: apostólica porque rezamos – a primeira
missão – e porque anunciamos o Evangelho com a nossa vida e também com as
palavras”, pediu aos presentes. Francisco sublinhou que a fé cristã não se
funda sobre “uma ideia, uma filosofia”, mas sobre a pessoa de Jesus, a partir
da "experiência fundamental de Cristo que tiveram os apóstolos".
“Confessar que a Igreja é apostólica significa sublinhar a
profunda ligação, constitutiva, que ela tem com os apóstolos, aquele pequeno
grupo de 12 homens que Jesus chamou um dia para si, que chamou pelo nome, para
que permanecessem com Ele e para enviá-los a pregar”, continuou.
O papa deixou uma saudação aos peregrinos de língua
portuguesa, particularmente os da Paróquia do Olival, em Portugal: “Queridos
amigos, Jesus chama-vos a levar a alegria do Evangelho a todos os homens e
mulheres, como suas autênticas testemunhas! Que Deus vos abençoe a todos".
Audiência Geral:
"Somos missionários. Uma Igreja fechada em si mesma trai sua própria
identidade"
Cidade do Vaticano
(RV) – Nesta quarta-feira, mais uma vez a Praça S. Pedro ficou lotada para a
Audiência Geral com o Papa Francisco.
Antes das 10h, o Pontífice já estava em meio aos fiéis, a
bordo do seu jipe, para cumprimentá-los com bênçãos, carinhos e aperto de mãos.
Em sua catequese, o Papa falou de mais uma característica da Igreja professada
no Credo: a apostolicidade.
Professar que a Igreja é apostólica, explicou Francisco,
significa destacar o elo profundo, constitutivo que ela tem com os Apóstolos.
“Apostolo” é uma palavra grega que quer dizer “mandado”, “enviado”. Os
Apóstolos foram escolhidos, chamados e enviados por Jesus, para continuar a sua
obra. Partindo desta explicação, o Papa destacou brevemente três significados
do adjetivo “apostólica” aplicado à Igreja.
Em primeiro lugar, a Igreja é apostólica porque está fundada
sobre a pregação dos Apóstolos, que conviveram com Cristo e foram testemunhas
da sua morte e ressurreição. “Sem Jesus, a Igreja não existe. Ele é a base e o
fundamento da Igreja”, recordou o Papa, afirmando que a Igreja é como uma
planta, que cresceu, se desenvolveu e deu frutos ao longo dos séculos, mas
mantêm suas raízes bem firmes em Cristo.
Em segundo lugar, a Igreja é apostólica, porque Ela guarda e
transmite, com ajuda do Espírito Santo, os ensinamentos recebidos dos
Apóstolos, dando-nos a certeza de que aquilo em que acreditamos é realmente o
que Cristo nos comunicou.
“Ele é o ressuscitado e suas palavras jamais passam, porque
Ele está vivo. Hoje Ele está entre nós, está aqui, nos ouve. Ele está no nosso
coração. E esta é a beleza da Igreja. Já pensamos em quanto é importante este
dom que Cristo nos fez, o dom da Igreja, onde podemos encontrá-Lo? Já pensamos
que é justamente a Igreja – no seu longo caminhar nesses séculos, apesar das
dificuldades, dos problemas, das fraquezas, os nossos pecados – que nos
transmite a autêntica mensagem de Cristo?”
Enfim, a Igreja é apostólica porque é enviada a levar o
Evangelho a todo o mundo. Esta é uma grande responsabilidade que somos chamados
a redescobrir: a Igreja é missionária e não pode ficar fechada em si mesma.
“Insisto sobre este aspecto da missionariedade, porque
Cristo convida todos a irem ao encontro dos outros. Nos envia, nos pede que nos
movamos para levar a alegria do Evangelho. Devemos nos perguntar: somos
missionários ou somos cristãos de sacristia, só de palavras mas que vivem como
pagãos? Isso não é uma crítica, também eu me questiono. A Igreja tem suas
raízes, mas olha sempre para o futuro, com a consciência de ser enviada por
Jesus. Uma Igreja fechada trai sua própria identidade. Redescubramos hoje toda
a beleza e a responsabilidade de ser Igreja apostólica.”
Após a catequese, o Pontífice saudou os peregrinos de língua
portuguesa, em especial os fiéis brasileiros de São José dos Campos, Santos e
São Paulo. Em polonês, recordou os 35 anos da eleição à Sé de Pedro de João
Paulo II. (BF)
3 de outubro de 2013
ORIGEM DO MÊS DAS MISSIONÁRIO
O organizador das celebrações do Mês das Missões no Brasil
foi o padre Gaetano Maiello, Pime. Nasceu em Bolzano (Itália), em 6 de
fevereiro de 1929. Foi ordenado sacerdote em Nápoles (Itália), em 1951. De 1951
a 1959 atuou, entre outras coisas, como secretário do Pe. Paulo Manna (hoje,
Bem-Aventurado, fundador da Pontifícia União Missionária).
Atuou no Brasil 25 anos no Brasil. Foi, por 14 anos,
missionário em Macapá, AP (1959 a 1970 e 2002 a 2005). Depois de um tempo na
Itália, regressou à Missão no Brasil em 1972, onde ficou até 1984.
Trabalhou nas Pontifícias Obras Missionárias, primeiro como
Secretário (1973-1976) e depois, "com dedicação e eficiência", como
primeiro Diretor Nacional (1976-1983), quando as quatro Obras foram unificadas
em uma única instituição e a Sede Nacional transferida para Brasília, DF
(1978). Nessa ocasião foi também Assessor da então Linha 2 da CNBB e organizou
o Centro Cultural Missionário (CCM/CNBB) em Brasília. Faleceu na Itália, dia 5
de janeiro de 2009.
Em entrevista ao Jornal Missão Jovem, padre Maiello falou
sobre a sua atuação em Brasília, quando deu início às celebrações do Mês das
Missões (outubro):
"Em fevereiro 1972, em Manaus, entrei em contato com os
superiores e bispos da Amazônia e, na ocasião, apresentei um projeto nacional
de animação missionária universal.
O ano de 1972 foi, com certeza, o ano mais missionário no
Brasil. Surgiram os programas Igrejas-Irmãs entre as prelazias do Norte e
Nordeste e as Igrejas já mais organizadas do restante do Brasil.
Foram fundados quatro periódicos missionários: Sem
Fronteiras (pelos combonianos), Kosmos (pelos xaverianos), Missões (pelos
missionários da Consolata) e Mundo e Missão (pelos missionários do Pime). Foi
também fundado o Conselho Indigenista Missionário (Cimi/CNBB).
Numa reunião na CNBB, em 7 de agosto, presente o Card.
Agnelo Rossi, Prefeito da Congregação da Evangelização dos Povos, apresentei
uma proposta detalhada de renovação da Pastoral Missionária no Brasil. A
primeira iniciativa concreta foi a organização de um novo programa de
celebração do Dia Mundial das Missões, que se transformou no Mês das Missões,
com materiais audiovisuais renovados, um opúsculo sobre A Igreja e a Animação
Missionária, e outros subsídios.
Antes do início do Mês das Missões, realizamos um encontro
nacional de todos os agentes da Pastoral Missionária, presidido por D. Mário
Gurgel, da Pastoral Missionária. Foi quando fundamos o Conselho Missionário
Nacional (Comina), em seguida reconhecido como organismo da CNBB.
A pedido da Direção Mundial das POM, apresentei, em Roma, a
nossa sugestão do Mês das Missões, que foi acolhida e instituída em todas as
direções nacionais das POM."
O Dia Mundial das Missões foi instituído pelo Papa Pio XI em
14 de abril de 1926, a pedido dos seminaristas da Arquidiocese da Sardenha,
Itália. O primeiro Dia Mundial das Missões foi celebrado em 1927. Em 2013,
celebraremos o 87º Dia Mundial das Missões (20 de outubro, penúltimo domingo do
Mês das Missões).
Fonte: www.pom.org.br
Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões
MENSAGEM
DE SUA SANTIDADE PAPA FRANCISCO PARA O
DIA MUNDIAL DAS MISSÕES 2013
(20 DE OUTUBRO DE 2013)
Queridos
irmãos e irmãs,
Este ano, a
celebração do Dia Mundial das Missões tem lugar próximo da conclusão do Ano da Fé, ocasião importante para revigorarmos
a nossa amizade com o Senhor e o nosso caminho como Igreja que anuncia, com
coragem, o Evangelho. Nesta perspectiva, gostaria de propor algumas reflexões.
1. A fé é
um dom precioso de Deus, que abre a nossa mente para O podermos conhecer e
amar. Ele quer entrar em relação conosco, para nos fazer participantes da sua
própria vida e encher plenamente a nossa vida de significado, tornando-a melhor
e mais bela. Deus nos ama! Mas a fé pede para ser acolhida, ou seja, pede a
nossa resposta pessoal, a coragem de nos confiarmos a Deus e vivermos o seu
amor, agradecidos pela sua infinita misericórdia. Trata-se de um dom que não
está reservado a poucos, mas é oferecido a todos com generosidade: todos
deveriam poder experimentar a alegria de se sentirem amados por Deus, a alegria
da salvação. E é um dom que não se pode conservar exclusivamente para si mesmo,
mas deve ser partilhado; se o quisermos conservar apenas para nós mesmos,
tornamo-nos cristãos isolados, estéreis e combalidos. O anúncio do Evangelho é
um dever que brota do próprio ser discípulo de Cristo e um compromisso
constante que anima toda a vida da Igreja. «O ardor missionário é um sinal claro
da maturidade de uma comunidade eclesial» (Bento XVI, Exort. ap. Verbum Domini, 95). Toda a comunidade é «adulta», quando
professa a fé, celebra-a com alegria na liturgia, vive a caridade e anuncia sem
cessar a Palavra de Deus, saindo do próprio recinto para levá-la até às
«periferias», sobretudo a quem ainda não teve a oportunidade de conhecer
Cristo. A solidez da nossa fé, a nível pessoal e comunitário, mede-se também
pela capacidade de a comunicarmos a outros, de a espalharmos, de a vivermos na
caridade, de a testemunharmos a quantos nos encontram e partilham conosco o
caminho da vida.
2.
Celebrado cinquenta anos depois do início do Concílio Vaticano II, este Ano da Fé serve de estímulo para a Igreja inteira adquirir uma renovada
consciência da sua presença no mundo contemporâneo, da sua missão entre os
povos e as nações. A missionariedade não é questão apenas de territórios
geográficos, mas de povos, culturas e indivíduos, precisamente porque os
«confins» da fé não atravessam apenas lugares e tradições humanas, mas o
coração de cada homem e mulher. O Concílio Vaticano II pôs em evidência de modo
especial como seja próprio de cada batizado e de todas as comunidades cristãs o
dever missionário, o dever de alargar os confins da fé: «Como o Povo de Deus
vive em comunidades, sobretudo diocesanas e paroquiais, e é nelas que, de certo
modo, se torna visível, pertence a estas dar também testemunho de Cristo
perante as nações» (Decr. Ad gentes, 37). Por isso, cada comunidade é
interpelada e convidada a assumir o mandato, confiado por Jesus aos Apóstolos,
de ser suas «testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até aos
confins do mundo» (Act 1, 8); e isso, não como um aspecto secundário da
vida cristã, mas um aspecto essencial: todos somos enviados pelas estradas do
mundo para caminhar com os irmãos, professando e testemunhando a nossa fé em
Cristo e fazendo-nos arautos do seu Evangelho. Convido os bispos, os
presbíteros, os conselhos presbiterais e pastorais, cada pessoa e grupo
responsável na Igreja a porem em relevo a dimensão missionária nos programas
pastorais e formativos, sentindo que o próprio compromisso apostólico não é
completo, se não incluir o propósito de «dar também testemunho perante as
nações», perante todos os povos. Mas a missionariedade não é apenas uma
dimensão programática na vida cristã; é também uma dimensão paradigmática, que
diz respeito a todos os aspectos da vida cristã.
3. Com
frequência, os obstáculos à obra de evangelização encontram-se, não no
exterior, mas dentro da própria comunidade eclesial. Às vezes, estão relaxados o
fervor, a alegria, a coragem, a esperança de anunciar a todos a Mensagem de
Cristo e ajudar os homens do nosso tempo a encontrá-Lo. Por vezes há ainda quem
pense que levar a verdade do Evangelho seja uma violência à liberdade. A
propósito, são iluminantes estas palavras de Paulo VI: «Seria certamente um
erro impor qualquer coisa à consciência dos nossos irmãos. Mas propor a essa
consciência a verdade evangélica e a salvação em Jesus Cristo, com absoluta
clareza e com todo o respeito pelas opções livres que essa consciência fará
(...), é uma homenagem a essa liberdade» (Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 80). Devemos sempre ter a coragem e a
alegria de propor, com respeito, o encontro com Cristo e de nos fazermos
portadores do seu Evangelho; Jesus veio ao nosso meio para nos indicar o
caminho da salvação e confiou, também a nós, a missão de a fazer conhecer a
todos, até aos confins do mundo. Com frequência, vemos que a violência, a
mentira, o erro é que são colocados em evidência e propostos. É urgente fazer
resplandecer, no nosso tempo, a vida boa do Evangelho pelo anúncio e o
testemunho, e isso dentro da Igreja. Porque, nesta perspectiva, é importante
não esquecer jamais um princípio fundamental para todo o evangelizador: não se
pode anunciar Cristo sem a Igreja. Evangelizar nunca é um acto isolado,
individual, privado, mas sempre eclesial. Paulo VI escrevia que, «quando o mais
obscuro dos pregadores, dos catequistas ou dos pastores, no rincão mais remoto,
prega o Evangelho, reúne a sua pequena comunidade, ou administra um sacramento,
mesmo sozinho, ele perfaz um ato de Igreja». Ele não age «por uma missão
pessoal que se atribuísse a si próprio, ou por uma inspiração pessoal, mas em
união com a missão da Igreja e em nome da mesma» (ibid., 60). E isto dá força à missão e faz sentir a cada missionário e
evangelizador que nunca está sozinho, mas é parte de um único Corpo animado
pelo Espírito Santo.
4. Na nossa
época, a difusa mobilidade e a facilidade de comunicação através dos novos
mídias misturaram entre si os povos, os conhecimentos e as experiências. Por
motivos de trabalho, há famílias inteiras que se deslocam de um continente para
outro; os intercâmbios profissionais e culturais, assim como o turismo e
fenómenos análogos impelem a um amplo movimento de pessoas. Às vezes, resulta
difícil até mesmo para as comunidades paroquiais conhecer, de modo seguro e
profundo, quem está de passagem ou quem vive estavelmente no território. Além
disso, em áreas sempre mais amplas das regiões tradicionalmente cristãs, cresce
o número daqueles que vivem alheios à fé, indiferentes à dimensão religiosa ou
animados por outras crenças. Não raro, alguns baptizados fazem opções de vida
que os afastam da fé, tornando-os assim carecidos de uma «nova evangelização».
A tudo isso se junta o facto de que larga parte da humanidade ainda não foi
atingida pela Boa Nova de Jesus Cristo. Ademais vivemos num momento de crise
que atinge vários sectores da existência, e não apenas os da economia, das
finanças, da segurança alimentar, do meio ambiente, mas também os do sentido
profundo da vida e dos valores fundamentais que a animam. A própria convivência
humana está marcada por tensões e conflitos, que provocam insegurança e
dificultam o caminho para uma paz estável. Nesta complexa situação, onde o
horizonte do presente e do futuro parecem atravessados por nuvens ameaçadoras,
torna-se ainda mais urgente levar corajosamente a todas as realidades o
Evangelho de Cristo, que é anúncio de esperança, de reconciliação, de comunhão,
anúncio da proximidade de Deus, da sua misericórdia, da sua salvação, anúncio
de que a força de amor de Deus é capaz de vencer as trevas do mal e guiar pelo
caminho do bem. O homem do nosso tempo necessita de uma luz segura que ilumine
a sua estrada e que só o encontro com Cristo lhe pode dar. Com o nosso
testemunho de amor, levemos a este mundo a esperança que nos dá a fé! A
missionariedade da Igreja não é proselitismo, mas testemunho de vida que
ilumina o caminho, que traz esperança e amor. A Igreja – repito mais uma vez –
não é uma organização assistencial, uma empresa, uma ONG, mas uma comunidade de
pessoas, animadas pela acção do Espírito Santo, que viveram e vivem a maravilha
do encontro com Jesus Cristo e desejam partilhar esta experiência de profunda
alegria, partilhar a Mensagem de salvação que o Senhor nos trouxe. É justamente
o Espírito Santo que guia a Igreja neste caminho.
5. Gostaria
de encorajar a todos para que se façam portadores da Boa Nova de Cristo e
agradeço, de modo especial, aos missionários e às missionárias, aos presbíteros
fidei donum, aos religiosos e às religiosas, aos fiéis leigos – cada vez
mais numerosos – que, acolhendo a chamada do Senhor, deixaram a própria pátria
para servir o Evangelho em terras e culturas diferentes. Mas queria também
sublinhar como as próprias Igrejas jovens se estão empenhando generosamente no
envio de missionários às Igrejas que se encontram em dificuldade – não raro
Igrejas de antiga cristandade – levando assim o vigor e o entusiasmo com que
elas mesmas vivem a fé que renova a vida e dá esperança. Viver com este fôlego
universal, respondendo ao mandato de Jesus «ide, pois, fazei discípulos de
todos os povos» (Mt 28, 19), é uma riqueza para cada Igreja particular,
para cada comunidade; e dar missionários nunca é uma perda, mas um ganho. Faço
apelo, a todos aqueles que sentem esta chamada, para que correspondam
generosamente à voz do Espírito, segundo o próprio estado de vida, e não tenham
medo de ser generosos com o Senhor. Convido também os bispos, as famílias religiosas,
as comunidades e todas as agregações cristãs a apoiarem, com perspicácia e
cuidadoso discernimento, a vocação missionária ad gentes e a ajudarem as
Igrejas que precisam de sacerdotes, de religiosos e religiosas e de leigos para
revigorar a comunidade cristã. E a mesma atenção deveria estar presente entre
as Igrejas que fazem parte de uma Conferência Episcopal ou de uma Região: é
importante que as Igrejas mais ricas de vocações ajudem, com generosidade,
aquelas que padecem a sua escassez.
Ao mesmo tempo
exorto os missionários e as missionárias, especialmente os presbíteros fidei
donum e os leigos, a viverem com alegria o seu precioso serviço nas Igrejas
aonde foram enviados e a levarem a sua alegria e esperança às Igrejas donde
provêm, recordando como Paulo e Barnabé, no final da sua primeira viagem
missionária, «contaram tudo o que Deus fizera com eles e como abrira aos pagãos
a porta da fé» (Act 14, 27). Eles podem assim tornar-se caminho para uma
espécie de «restituição» da fé, levando o vigor das Igrejas jovens às Igrejas
de antiga cristandade a fim de que estas reencontrem o entusiasmo e a alegria
de partilhar a fé, numa permuta que é enriquecimento recíproco no caminho de
seguimento do Senhor.
A
solicitude por todas as Igrejas, que o Bispo de Roma partilha com os irmãos
Bispos, encontra uma importante aplicação no empenho das Obras Missionárias
Pontifícias, cuja finalidade é animar e aprofundar a consciência missionária de
cada batizado e de cada comunidade, seja apelando à necessidade de uma formação
missionária mais profunda de todo o Povo de Deus, seja alimentando a
sensibilidade das comunidades cristãs para darem a sua ajuda a favor da difusão
do Evangelho no mundo.
Por fim, o
meu pensamento vai para os cristãos que, em várias partes do mundo, encontram
dificuldade em professar abertamente a própria fé e ver reconhecido o direito a
vivê-la dignamente. São nossos irmãos e irmãs, testemunhas corajosas – ainda
mais numerosas do que os mártires nos primeiros séculos – que suportam com
perseverança apostólica as várias formas atuais de perseguição. Não poucos
arriscam a própria vida para permanecer fiéis ao Evangelho de Cristo. Desejo
assegurar que estou unido, pela oração, às pessoas, às famílias e às
comunidades que sofrem violência e intolerância, e repito-lhes as palavras
consoladoras de Jesus: «Tende confiança, Eu já venci o mundo» (Jo 16,
33).
Bento XVI
exortava: «Que “a Palavra do Senhor avance e seja glorificada” (2 Ts 3,
1)! Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só
n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e
duradouro» (Carta ap. Porta fidei, 15). Tais são os meus votos para o
Dia Mundial das Missões deste ano. Abençoo de todo o coração os missionários e
as missionárias e todos aqueles que acompanham e apoiam este compromisso
fundamental da Igreja para que o anúncio do Evangelho possa ressoar em todos os
cantos da terra e nós, ministros do Evangelho e missionários, possamos
experimentar «a suave e reconfortante alegria de evangelizar» (Paulo VI, Exort.
ap. Evangelii nuntiandi, 80).
Vaticano,
19 de Maio - Solenidade de Pentecostes – de 2013.
FRANCISCO
1 de outubro de 2013
Motivações para Outubro 2013
Desde
então a fé foi sendo vivida, celebrada e testemunhada no dia-a-dia das famílias,
pastorais e movimentos, tendo sempre à frente a inspiração e a devoção à Nossa
Senhora Aparecida, como Mãe intercessora para todas as horas.
Maria
é a continuadora da missão de seu Filho Jesus e deseja que o Evangelho faça em
nós sua morada. É com essa motivação missionária que nós queremos viver o mês
de outubro em nossa Paróquia: com a visitação da imagem peregrina pelas
comunidades da paróquia e com a novena na matriz queremos viver essa
experiência de Igreja paroquial que vive a unidade, que sai e vai ao encontro
uns dos outros como verdadeiros discípulos-missinários de Jesus Cristo,
testemunhando as maravilhas de Deus nestes 30 anos de vida Paroquial.
Assim,
olhamos para as motivações para o Mês Missionário: Santa Terezinha do Menino
Jesus, São Francisco de Assis, São Francisco Xavier são três inspirações que
nos motivam a viver o mês de outubro como missionário. Temos também o dia de N.
Sra. Do Rosário e o Dia Mundial das Missões no dia 20 de outubro convidam-nos a
vive como discípulos-missionários.
Essas
motivações se tornam concretas em nossas comunidades que são convidadas a rezar
todos os dias o terço missionário e a campanha missionário. Em sintonia com a Campanha da Fraternidade (CF
2013) e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio 2013), o tema da Campanha
Missionária deste ano é “Juventude em Missão”. O lema tirado do profeta
Jeremias: “A quem eu te enviar, irás” (Jr 1, 7b), recorda que Deus continua a
chamar e a enviar pessoas para anunciar a Boa Notícia de Jesus a todos os
povos. A juventude representa dinamismo e criatividade na
tarefa missionária que precisa contar com todas as forças. É a fase das
escolhas mais importantes na vida. A Igreja no Brasil pode e deve ajudar muito
mais na Missão aqui e além-fronteiras, em especial, com a generosidade da sua
juventude.
A Missão é a principal razão de ser da nossa Igreja
e seus missionários e missionárias representam uma grande riqueza. A ação evangelizadora é a principal razão de ser da
nossa Igreja e seus missionários e missionárias representam uma grande riqueza.
Contudo, não podemos nos acomodar pensando que já chegamos à maturidade. Com
a Campanha Missionária esperamos ajudar a despertar em nossos jovens o espírito
de abertura, de desapego, da missão. Oxalá os jovens sintam a alegria e ocupem
os espaços oferecidos com ações em benefício de outros. A Juventude Missionária
se propõe a ajudar os jovens a viverem o carisma da Missão voltada para toda a
humanidade e não só olhar ao seu redor.
A Campanha Missionária acontece durante o mês de outubro e procura
envolver todos os cristãos, com os grupos e as comunidades. O objetivo é
incentivar os cristãos viverem a solidariedade, a partilha e a ajuda mútua em
todas as partes do mundo, seja na oração, no testemunho e na generosidade com a
oferta. A coleta do Dia Mundial das Missões (este ano realizada nos dias 19 e
20 de outubro) é um dos objetivos da Campanha. Em nossa paróquia a Infância e
Adolescência Missionária tem desempenhado um papel importantíssimo como sinal
de mobilização e motivação missionária da comunidade. Vale à pena incentivar
nossas crianças a participarem.
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