28 de dezembro de 2012
Mensagem do Papa para a Jornada Mundial da Juventude
MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA A XXVIII JORNADA MUNDIAL DA
JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO, EM JULHO DE 2013
«Ide e fazei discípulos entre as nações!» (cf. Mt 28,19)
Queridos jovens, Desejo fazer chegar a todos vós minha
saudação cheia de alegria e afeto. Tenho a certeza que muitos de vós
regressastes a casa da Jornada Mundial da Juventude em Madrid mais «enraizados
e edificados em Cristo, firmes na fé» (cf. Col 2,7). Este ano, inspirados pelo
tema: «Alegrai-vos sempre no Senhor» (Fil 4,4) celebramos a alegria de ser
cristãos nas várias Dioceses. E agora estamo-nos preparando para a próxima
Jornada Mundial, que será celebrada no Rio de Janeiro, Brasil, em julho de
2013. Desejo, em primeiro lugar, renovar a vós o convite para participardes
nesse importante evento. A conhecida estátua do Cristo Redentor, que se eleva
sobre àquela bela cidade brasileira, será o símbolo eloquente deste convite:
seus braços abertos são o sinal da acolhida que o Senhor reservará a todos
quantos vierem até Ele, e o seu coração retrata o imenso amor que Ele tem por
cada um e cada uma de vós. Deixai-vos atrair por Ele! Vivei essa experiência de
encontro com Cristo, junto com tantos outros jovens que se reunirão no Rio para
o próximo encontro mundial! Deixai-vos amar por Ele e sereis as testemunhas de
que o mundo precisa. Convido a vos preparardes para a Jornada Mundial do Rio de
Janeiro, meditando desde já sobre o tema do encontro: «Ide e fazei discípulos
entre as nações» (cf. Mt 28,19). Trata-se da grande exortação missionária que
Cristo deixou para toda a Igreja e que permanece atual ainda hoje, dois mil
anos depois. Agora este mandato deve ressoar fortemente em vosso coração. O ano
de preparação para o encontro do Rio coincide com o Ano da fé, no início do
qual o Sínodo dos Bispos dedicou os seus trabalhos à «nova evangelização para a
transmissão da fé cristã». Por isso me alegro que também vós, queridos jovens,
sejais envolvidos neste impulso missionário de toda a Igreja: fazer conhecer
Cristo é o dom mais precioso que podeis fazer aos outros.
1. Uma chamada urgente
A história mostra-nos muitos jovens que, através do dom
generoso de si mesmos, contribuíram grandemente para o Reino de Deus e para o
desenvolvimento deste mundo, anunciando o Evangelho. Com grande entusiasmo,
levaram a Boa Nova do Amor de Deus manifestado em Cristo, com meios e
possibilidades muito inferiores àqueles de que dispomos hoje em dia. Penso, por
exemplo, no Beato José de Anchieta, jovem jesuíta espanhol do século XVI, que
partiu em missão para o Brasil quando tinha menos de vinte anos e se tornou um
grande apóstolo do Novo Mundo. Mas penso também em tantos de vós que se dedicam
generosamente à missão da Igreja: disto mesmo tive um testemunho surpreendente
na Jornada Mundial de Madri, em particular na reunião com os voluntários. Hoje,
não poucos jovens duvidam profundamente que a vida seja um bem, e não veem com
clareza o próprio caminho. De um modo geral, diante das dificuldades do mundo
contemporâneo, muitos se perguntam: E eu, que posso fazer? A luz da fé ilumina esta
escuridão, nos fazendo compreender que toda existência tem um valor
inestimável, porque é fruto do amor de Deus. Ele ama mesmo quem se distanciou
ou esqueceu d’Ele: tem paciência e espera; mais que isso, deu o seu Filho,
morto e ressuscitado, para nos libertar radicalmente do mal. E Cristo enviou os
seus discípulos para levar a todos os povos este alegre anúncio de salvação e
de vida nova. A Igreja, para continuar esta missão de evangelização, conta
também convosco. Queridos jovens, vós sois os primeiros missionários no meio
dos jovens da vossa idade! No final do Concílio Ecumênico Vaticano II, cujo
cinquentenário celebramos neste ano, o Servo de Deus Paulo VI entregou aos
jovens e às jovens do mundo inteiro uma Mensagem que começava com estas
palavras: «É a vós, rapazes e moças de todo o mundo, que o Concílio quer
dirigir a sua última mensagem, pois sereis vós a recolher o facho das mãos dos
vossos antepassados e a viver no mundo no momento das mais gigantescas
transformações da sua história, sois vós quem, recolhendo o melhor do exemplo e
do ensinamento dos vossos pais e mestres, ides constituir a sociedade de
amanhã: salvar-vos-eis ou perecereis com ela». E concluía com um apelo:
«Construí com entusiasmo um mundo melhor que o dos vossos antepassados!» (Mensagem
aos jovens, 8 de dezembro de 1965). Queridos amigos, este convite é
extremamente atual. Estamos passando por um período histórico muito particular:
o progresso técnico nos deu oportunidades inéditas de interação entre os homens
e entre os povos, mas a globalização destas relações só será positiva e fará
crescer o mundo em humanidade se estiver fundada não sobre o materialismo mas
sobre o amor, a única realidade capaz de encher o coração de cada um e unir as
pessoas. Deus é amor. O homem que esquece Deus fica sem esperança e se torna
incapaz de amar seu semelhante. Por isso é urgente testemunhar a presença de
Deus para que todos possam experimentá-la: está em jogo a salvação da
humanidade, a salvação de cada um de nós. Qualquer pessoa que entenda essa
necessidade, não poderá deixar de exclamar com São Paulo: «Ai de mim se eu não
anunciar o Evangelho» (1 Cor 9,16).
2. Tornai-vos discípulos de Cristo
Esta chamada missionária vos é dirigida também por outro
motivo: é necessário para o nosso caminho de fé pessoal. O Beato João Paulo II
escrevia: «É dando a fé que ela se fortalece» (Encíclica Redemptoris missio,
2). Ao anunciar o Evangelho, vós mesmos cresceis em um enraizamento cada vez
mais profundo em Cristo, vos tornais cristãos maduros. O compromisso missionário
é uma dimensão essencial da fé: não se crê verdadeiramente, se não se
evangeliza. E o anúncio do Evangelho não pode ser senão consequência da alegria
de ter encontrado Cristo e ter descoberto n’Ele a rocha sobre a qual construir
a própria existência. Comprometendo-vos no serviço aos demais e no anúncio do
Evangelho, a vossa vida, muitas vezes fragmentada entre tantas atividades
diversas, encontrará no Senhor a sua unidade; construir-vos-eis também a vós
mesmos; crescereis e amadurecereis em humanidade. Mas, que significa ser
missionário? Significa acima de tudo ser discípulo de Cristo e ouvir sem cessar
o convite a segui-Lo, o convite a fixar o olhar n’Ele: «Aprendei de mim, porque
sou manso e humilde de coração» (Mt 11,29). O discípulo, de fato, é uma pessoa
que se põe à escuta da Palavra de Jesus (cf. Lc 10,39), a quem reconhece como o
Mestre que nos amou até o dom de sua vida. Trata-se, portanto, de cada um de
vós deixar-se plasmar diariamente pela Palavra de Deus: ela vos transformará em
amigos do Senhor Jesus, capazes de fazer outros jovens entrar nesta mesma
amizade com Ele. Aconselho-vos a guardar na memória os dons recebidos de Deus,
para poder transmiti-los ao vosso redor. Aprendei a reler a vossa história
pessoal, tomai consciência também do maravilhoso legado recebido das gerações
que vos precederam: tantos cristãos nos transmitiram a fé com coragem,
enfrentando obstáculos e incompreensões. Não o esqueçamos jamais! Fazemos parte
de uma longa cadeia de homens e mulheres que nos transmitiram a verdade da fé e
contam conosco para que outros a recebam. Ser missionário pressupõe o
conhecimento deste patrimônio recebido que é a fé da Igreja: é necessário
conhecer aquilo em que se crê, para podê-lo anunciar. Como escrevi na
introdução do YouCat, o Catecismo para jovens que vos entreguei no Encontro
Mundial de Madri, «tendes de conhecer a vossa fé como um especialista em
informática domina o sistema operacional de um computador. Tendes de
compreendê-la como um bom músico entende uma partitura. Sim, tendes de estar
enraizados na fé ainda mais profundamente que a geração dos vossos pais, para
enfrentar os desafios e as tentações deste tempo com força e determinação»
(Prefácio).
3. Ide!
Jesus enviou os seus discípulos em missão com este mandato:
«Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! Quem crer e for
batizado será salvo» (Mc 16,15-16). Evangelizar significa levar aos outros a
Boa Nova da salvação, e esta Boa Nova é uma pessoa: Jesus Cristo. Quando O
encontro, quando descubro até que ponto sou amado por Deus e salvo por Ele,
nasce em mim não apenas o desejo, mas a necessidade de fazê-lo conhecido pelos
demais. No início do Evangelho de João, vemos como André, depois de ter
encontrado Jesus, se apressa em conduzir a Ele seu irmão Simão (cf. 1,40-42). A
evangelização sempre parte do encontro com o Senhor Jesus: quem se aproximou
d’Ele e experimentou o seu amor, quer logo partilhar a beleza desse encontro e
a alegria que nasce dessa amizade. Quanto mais conhecemos a Cristo, tanto mais queremos
anunciá-lo. Quanto mais falamos com Ele, tanto mais queremos falar d’Ele.
Quanto mais somos conquistados por Ele, tanto mais desejamos levar outras
pessoas para Ele. Pelo Batismo, que nos gera para a vida nova, o Espírito Santo
vem habitar em nós e inflama a nossa mente e o nosso coração: é Ele que nos
guia para conhecer a Deus e entrar em uma amizade sempre mais profunda com
Cristo. É o Espírito que nos impulsiona a fazer o bem, servindo os outros com o
dom de nós mesmos. Depois, através do sacramento da Confirmação, somos
fortalecidos pelos seus dons, para testemunhar de modo sempre mais maduro o
Evangelho. Assim, o Espírito de amor é a alma da missão: Ele nos impele a sair
de nós mesmos para «ir» e evangelizar. Queridos jovens, deixai-vos conduzir pela
força do amor de Deus, deixai que este amor vença a tendência de fechar-se no
próprio mundo, nos próprios problemas, nos próprios hábitos; tende a coragem de
«sair» de vós mesmos para «ir» ao encontro dos outros e guiá-los ao encontro de
Deus.
4. Alcançai todos os povos
Cristo ressuscitado enviou os seus discípulos para dar
testemunho de sua presença salvífica a todos os povos, porque Deus, no seu amor
superabundante, quer que todos sejam salvos e ninguém se perca. Com o
sacrifício de amor na Cruz, Jesus abriu o caminho para que todo homem e toda
mulher possa conhecer a Deus e entrar em comunhão de amor com Ele. E constituiu
uma comunidade de discípulos para levar o anúncio salvífico do Evangelho até os
confins da terra, a fim de alcançar os homens e as mulheres de todos os lugares
e de todos os tempos. Façamos nosso esse desejo de Deus! Queridos amigos,
estendei o olhar e vede ao vosso redor: tantos jovens perderam o sentido da sua
existência. Ide! Cristo precisa de também de vós. Deixai-vos envolver pelo seu
amor, sede instrumentos desse amor imenso, para que alcance a todos,
especialmente aos «afastados». Alguns encontram-se geograficamente distantes,
enquanto outros estão longe porque a sua cultura não dá espaço para Deus;
alguns ainda não acolheram o Evangelho pessoalmente, enquanto outros, apesar de
o terem recebido, vivem como se Deus não existisse. A todos abramos a porta do
nosso coração; procuremos entrar em diálogo com simplicidade e respeito: este
diálogo, se vivido com uma amizade verdadeira, dará seus frutos. Os «povos»,
aos quais somos enviados, não são apenas os outros Países do mundo, mas também
os diversos âmbitos de vida: as famílias, os bairros, os ambientes de estudo ou
de trabalho, os grupos de amigos e os locais de lazer. O jubiloso anúncio do
Evangelho se destina a todos os âmbitos da nossa vida, sem exceção. Gostaria de
destacar dois campos, nos quais deve fazer-se ainda mais solícito o vosso
empenho missionário. O primeiro é o das comunicações sociais, em particular o
mundo da internet. Como tive já oportunidade de dizer-vos, queridos jovens,
«senti-vos comprometidos a introduzir na cultura deste novo ambiente
comunicador e informativo os valores sobre os quais assenta a vossa vida! [...]
A vós, jovens, que vos encontrais quase espontaneamente em sintonia com estes
novos meios de comunicação, compete de modo particular a tarefa da
evangelização deste “continente digital”» (Mensagem para o XLIII Dia Mundial
das Comunicações Sociais, 24 de maio de 2009). Aprendei, portanto, a usar com sabedoria
este meio, levando em conta também os perigos que ele traz consigo,
particularmente o risco da dependência, de confundir o mundo real com o
virtual, de substituir o encontro e o diálogo direto com as pessoas por
contatos na rede. O segundo campo é o da mobilidade. Hoje são sempre mais
numerosos os jovens que viajam, seja por motivos de estudo ou de trabalho, seja
por diversão. Mas penso também em todos os movimentos migratórios, que levam
milhões de pessoas, frequentemente jovens, a se transferir e mudar de Região ou
País, por razões econômicas ou sociais. Também estes fenômenos podem se tornar
ocasiões providenciais para a difusão do Evangelho. Queridos jovens, não
tenhais medo de testemunhar a vossa fé também nesses contextos: para aqueles
com quem vos deparareis, é um dom precioso a comunicação da alegria do encontro
com Cristo.
5. Fazei discípulos!
Penso que já várias vezes experimentastes a dificuldade de
envolver os jovens da vossa idade na experiência da fé. Frequentemente tereis
constatado que em muitos deles, especialmente em certas fases do caminho da
vida, existe o desejo de conhecer a Cristo e viver os valores do Evangelho, mas
tal desejo é acompanhado pela sensação de ser inadequados e incapazes. Que
fazer? Em primeiro lugar, a vossa solicitude e a simplicidade do vosso
testemunho serão um canal através do qual Deus poderá tocar seu coração. O
anúncio de Cristo não passa somente através das palavras, mas deve envolver
toda a vida e traduzir-se em gestos de amor. A ação de evangelizar nasce do
amor que Cristo infundiu em nós; por isso, o nosso amor deve conformar-se
sempre mais ao d’Ele. Como o bom Samaritano, devemos manter-nos solidários com
quem encontramos, sabendo escutar, compreender e ajudar, para conduzir, quem
procura a verdade e o sentido da vida, à casa de Deus que é a Igreja, onde há
esperança e salvação (cf. Lc 10,29-37). Queridos amigos, nunca esqueçais que o
primeiro ato de amor que podeis fazer ao próximo é partilhar a fonte da nossa
esperança: quem não dá Deus, dá muito pouco. Aos seus apóstolos, Jesus ordena:
«Fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei» (Mt
28,19-20). Os meios que temos para «fazer discípulos» são principalmente o
Batismo e a catequese. Isto significa que devemos conduzir as pessoas que
estamos evangelizando ao encontro com Cristo vivo, particularmente na sua
Palavra e nos Sacramentos: assim poderão crer n’Ele, conhecerão a Deus e
viverão da sua graça. Gostaria que cada um de vós se perguntasse: Alguma vez
tive a coragem de propor o Batismo a jovens que ainda não o receberam? Convidei
alguém a seguir um caminho de descoberta da fé cristã? Queridos amigos, não
tenhais medo de propor aos jovens da vossa idade o encontro com Cristo. Invocai
o Espírito Santo: Ele vos guiará para entrardes sempre mais no conhecimento e
no amor de Cristo, e vos tornará criativos na transmissão do Evangelho.
6. Firmes na fé
Diante das dificuldades na missão de evangelizar, às vezes sereis
tentados a dizer como o profeta Jeremias: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar,
sou muito novo». Mas, também a vós, Deus responde: «Não digas que és muito
novo; a todos a quem eu te enviar, irás» (Jr 1,6-7). Quando vos sentirdes
inadequados, incapazes e frágeis para anunciar e testemunhar a fé, não tenhais
medo. A evangelização não é uma iniciativa nossa nem depende primariamente dos
nossos talentos, mas é uma resposta confiante e obediente à chamada de Deus, e
portanto não se baseia sobre a nossa força, mas na d’Ele. Isso mesmo
experimentou o apóstolo Paulo: «Trazemos esse tesouro em vasos de barro, para
que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós» (2
Cor 4,7). Por isso convido-vos a enraizar-vos na oração e nos sacramentos. A
evangelização autêntica nasce sempre da oração e é sustentada por esta: para
poder falar de Deus, devemos primeiro falar com Deus. E, na oração, confiamos
ao Senhor as pessoas às quais somos enviados, suplicando-Lhe que toque o seu
coração; pedimos ao Espírito Santo que nos torne seus instrumentos para a
salvação dessas pessoas; pedimos a Cristo que coloque as palavras nos nossos
lábios e faça de nós sinais do seu amor. E, de modo mais geral, rezamos pela
missão de toda a Igreja, de acordo com a ordem explícita de Jesus: «Pedi, pois,
ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!» (Mt 9,38). Sabei
encontrar na Eucaristia a fonte da vossa vida de fé e do vosso testemunho
cristão, participando com fidelidade na Missa ao domingo e sempre que possível
também durante a semana. Recorrei frequentemente ao sacramento da
Reconciliação: é um encontro precioso com a misericórdia de Deus que nos
acolhe, perdoa e renova os nossos corações na caridade. E, se ainda não o
recebestes, não hesiteis em receber o sacramento da Confirmação ou Crisma
preparando-vos com cuidado e solicitude. Junto com a Eucaristia, esse é o
sacramento da missão, porque nos dá a força e o amor do Espírito Santo para
professar sem medo a fé. Encorajo-vos ainda à prática da adoração eucarística:
permanecer à escuta e em diálogo com Jesus presente no Santíssimo Sacramento,
torna-se ponto de partida para um renovado impulso missionário. Se seguirdes
este caminho, o próprio Cristo vos dará a capacidade de ser plenamente fiéis à
sua Palavra e de testemunhá-Lo com lealdade e coragem. Algumas vezes sereis
chamados a dar provas de perseverança, particularmente quando a Palavra de Deus
suscitar reservas ou oposições. Em certas regiões do mundo, alguns de vós
sofrem por não poder testemunhar publicamente a fé em Cristo, por falta de
liberdade religiosa. E há quem já tenha pagado com a vida o preço da própria
pertença à Igreja. Encorajo-vos a permanecer firmes na fé, certos de que Cristo
está ao vosso lado em todas as provas. Ele vos repete: «Bem-aventurados sois
vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal
contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa
recompensa nos céus» (Mt 5,11-12).
7. Com toda a Igreja
Queridos jovens, para permanecer firmes na confissão da fé
cristã nos vários lugares onde sois enviados, precisais da Igreja. Ninguém pode
ser testemunha do Evangelho sozinho. Jesus enviou em missão os seus discípulos
juntos: o mandato «fazei discípulos» é formulado no plural. Assim, é sempre
como membros da comunidade cristã que prestamos o nosso testemunho, e a nossa
missão torna-se fecunda pela comunhão que vivemos na Igreja: seremos
reconhecidos como discípulos de Cristo pela unidade e o amor que tivermos uns
com os outros (cf. Jo 13,35). Agradeço ao Senhor pela preciosa obra de
evangelização que realizam as nossas comunidades cristãs, as nossas paróquias,
os nossos movimentos eclesiais. Os frutos desta evangelização pertencem a toda
a Igreja: «um é o que semeia e outro o que colhe», dizia Jesus (Jo 4,37). A
propósito, não posso deixar de dar graças pelo grande dom dos missionários, que
dedicam toda a sua vida ao anúncio do Evangelho até os confins da terra. Do
mesmo modo bendigo o Senhor pelos sacerdotes e os consagrados, que ofertam
inteiramente as suas vidas para que Jesus Cristo seja anunciado e amado. Desejo
aqui encorajar os jovens chamados por Deus a alguma dessas vocações, para que
se comprometam com entusiasmo: «Há mais alegria em dar do que em receber!» (At
20,35). Àqueles que deixam tudo para segui-Lo, Jesus prometeu o cêntuplo e a
vida eterna (cf. Mt 19,29). Dou graças também por todos os fiéis leigos que se
empenham por viver o seu dia-a-dia como missão, nos diversos lugares onde se
encontram, tanto em família como no trabalho, para que Cristo seja amado e
cresça o Reino de Deus. Penso particularmente em quantos atuam no campo da
educação, da saúde, do mundo empresarial, da política e da economia, e em
tantos outros âmbitos do apostolado dos leigos. Cristo precisa do vosso empenho
e do vosso testemunho. Que nada – nem as dificuldades, nem as incompreensões –
vos faça renunciar a levar o Evangelho de Cristo aos lugares onde vos
encontrais: cada um de vós é precioso no grande mosaico da evangelização!
8. «Aqui estou, Senhor!»
Em suma, queridos jovens, queria vos convidar a escutar no
íntimo de vós mesmos a chamada de Jesus para anunciar o seu Evangelho. Como
mostra a grande estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o seu coração
está aberto para amar a todos sem distinção, e seus braços estendidos para
alcançar a cada um. Sede vós o coração e os braços de Jesus. Ide testemunhar o
seu amor, sede os novos missionários animados pelo seu amor e acolhimento.
Segui o exemplo dos grandes missionários da Igreja, como São Francisco Xavier e
muitos outros. No final da Jornada Mundial da Juventude em Madrid, dei a bênção
a alguns jovens de diferentes continentes que partiam em missão. Representavam
a multidão de jovens que, fazendo eco às palavras do profeta Isaías, diziam ao Senhor:
«Aqui estou! Envia-me» (Is 6,8). A Igreja tem confiança em vós e vos está
profundamente grata pela alegria e o dinamismo que trazeis: usai os vossos
talentos generosamente ao serviço do anúncio do Evangelho. Sabemos que o
Espírito Santo se dá a quantos, com humildade de coração, se tornam disponíveis
para tal anúncio. E não tenhais medo! Jesus, Salvador do mundo, está conosco
todos os dias, até o fim dos tempos (cf. Mt 28,20). Dirigido aos jovens de toda
a terra, este apelo assume uma importância particular para vós, queridos jovens
da América Latina. De fato, na V Conferência Geral do Episcopado
Latino-Americano, realizada em Aparecida, no ano de 2007, os bispos lançaram
uma «missão continental». E os jovens, que constituem a maioria da população naquele
continente, representam uma força importante e preciosa para a Igreja e para a
sociedade. Por isso sede vós os primeiros missionários. Agora que a Jornada
Mundial da Juventude retorna à América Latina, exorto todos os jovens do
continente: transmiti aos vossos coetâneos do mundo inteiro o entusiasmo da
vossa fé. A Virgem Maria, Estrela da Nova Evangelização, também invocada sob os
títulos de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Guadalupe, acompanhe cada
um de vós em vossa missão de testemunhas do amor de Deus. A todos, com especial
carinho, concedo a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, 18 de outubro de 2012.
10 de dezembro de 2012
Campanha para a Evangelização
Com a Campanha para a Evangelização todos os
fiéis são chamados a adquirir uma consciência cada vez maior da sua
participação na obra evangelizadora da Igreja como exigência da graça batismal
e viabilizar esta participação, seja nas atividades da obra evangelizadora da
sua comunidade eclesial, seja pela oração, seja pela sua oferta material que
garante os recursos necessários para que a Igreja no Brasil possa realizar
projetos evangelizadores.
“Venha dividir um pouco do que é só seu
para
multiplicar o que podemos fazer por todos”.
Realize o gesto concreto da campanha para a evangelização nas celebraçõds do próximo final de semana. Tudo que for doado em todas as missas e celebrações é para evangelizar!
29 de outubro de 2012
Fracasso do neoconservadorismo católico brasileiro
Artigo do
dia 19 de setembro de 2012 publicado no blog: http://lisboa-ochamado.blogspot.com.br/
Entre alguns
exageros aparecem alguns questionamentos e constatações sérias do autor que me
parecem interessantes serem refletidas. Boa leitura e reflexão a todos.
Fracasso do
neoconservadorismo católico brasileiro
José Lisboa
Moreira de Oliveira
Filósofo,
teólogo, escritor e professor universitário
Os dados do último
censo demográfico revelaram uma queda no número de católicos no Brasil. Segundo
as estimativas a percentagem caiu de 83,34% para 67,84% nos últimos 20 anos. A
questão foi discutida na última assembleia geral da CNBB, em abril deste ano,
em Aparecida (SP). Alguns bispos ficaram horrorizados com a notícia. Outros
tentaram minimizar os dados, achando que se tratava de “intriga da oposição”.
Outros, talvez mais realistas, não se assustaram com os dados do IBGE.
O certo é que não seria
necessário esperar estes dados oficiais para nos darmos conta deste fenômeno.
Qualquer católico sério, antenado com a realidade, sabe muito bem que sua
Igreja perde cada vez mais fiéis. Basta dar uma olhada nas missas, nos grupos,
nos movimentos, nas pastorais, para perceber com clareza esta situação. É
verdade que alguns templos ainda ficam repletos aos domingos e que alguns
padres cantores reúnem milhares de pessoas em seus espetáculos religiosos.
Alguns se iludem com isso e pensam piamente que a Igreja Católica ainda é uma
força hegemônica. Mas este público é insignificante diante da percentagem de
católicos, de modo que se pode afirmar, sem medo de errar, que o número de
praticantes é bem inferior aos dados fornecidos pelo IBGE. Se formos fazer a
conta na ponta do lápis é possível dizer que os católicos praticantes não
superam os dez por cento. Se depois pensarmos na juventude participativa este
número deve cair para menos de um por cento.
Porém, o mais
interessante nesta história é que a diminuição dos católicos no Brasil coincide
com o desmantelo da Igreja da libertação e com a implantação de um regime
católico neoconservador. Os católicos vão diminuindo no Brasil na medida em que
as comunidades eclesiais de base vão sendo sistematicamente abolidas e
substituídas pelos movimentos neopentecostais católicos. O número de católicos
começa a cair a partir do momento em que são nomeados bispos mais
conservadores, os quais são orientados a sistematicamente destruir todo e
qualquer vestígio de Igreja da libertação. Foi o que aconteceu, por exemplo, em
Recife, por ocasião da substituição de Dom Hélder Câmara.
A diminuição de católicos coincide com a chegada ao
Brasil das redes católicas de televisão e seus programas de apologia ao
conservadorismo. Os católicos diminuem enquanto aumenta o número de padres
cantores, de padres na mídia e de seminaristas midiáticos, todos eles plugados
vinte e quatro horas na internet para “evangelizar” através de meios
moderníssimos e velozes. Os católicos diminuem na medida em que na Igreja
aparecem e se multiplicam comunidades exóticas com seus trajes medievais e seus
costumes estranhos e maniqueístas. A diminuição de católicos não para, apesar
de todo o esforço para massacrar a teologia da libertação, punir teólogas e
teólogos brasileiros, vestir clericalmente os padres, romanizar as liturgias e
tirar do velho baú católico coisas ultrapassadas, arcaicas e mofas.
Alguma coisa deu errada. No final dos anos 1970,
quando, com o pontificado de João Paulo II, o neoconservadorismo começa a
aparecer, dizia-se que a Igreja da libertação tinha que ser banida porque
colocaria em risco o futuro da Igreja Católica no continente latino-americano.
Acabaram com tudo aquilo que poderia cheirar a libertação, mas, mesmo com a
implantação da neocristandade, o catolicismo murchou. O projeto neoconservador
falhou e, com a chegada dele, acelerou-se o encolhimento do catolicismo
brasileiro. O tiro parece ter saído pela culatra.
Penso que está na hora da Igreja no Brasil fazer
uma séria reflexão. Suas lideranças precisam ser honestas com elas mesmas,
admitindo que falharam, acelerando, com seus métodos, o decréscimo dos
católicos brasileiros. Elas que tinham tanto medo da teologia da libertação,
que a demonizaram e combateram, agora amargam o resultado de suas intervenções.
Elas, e não a Igreja da libertação, provocaram a crise do catolicismo
brasileiro.
Eu não estou preocupado com o crescimento dos
evangélicos. Embora esteja convencido de que muitas igrejinhas evangélicas não
possuem nenhuma ossatura de seriedade, penso que Deus tem os seus caminhos.
Inclusive ele pode tirar o seu Reino de uma igreja, que se pretende dona dele,
para entregá-lo a outra. E se ele entender que o entregará a algum seguimento
evangélico, não há quem possa impedi-lo.
O que desejo destacar nesta breve reflexão é o
falimento de um modelo de Igreja que foi implantado em nosso país nos últimos
anos. Perdeu-se a oportunidade de dar vida a um jeito de ser Igreja, bem mais
próximo do Evangelho e da realidade do povo brasileiro. Disso não se pode fugir
sem trair a verdade. É preciso que as lideranças admitam isso, se quiserem
reverter um pouco a situação atual. Se insistirem em manter o atual sistema
eclesiástico, nosso destino será ainda pior do que aquele da velha Europa: uma
Igreja infantil, feminil e senil, empoeirada, sem juventude, sem perspectivas,
sem vida.
Não faltaram os “sinais dos tempos”, mas boa parte
dos dirigentes da Igreja Católica preferiu “não interpretar o tempo presente”
(Lc 12,56). Teria sido suficiente, por exemplo, levar a sério quanto disse Paulo
VI na exortação apostólica Evangelii
nuntiandi. Neste documento, elaborado a partir das indicações do Sínodo dos
Bispos de 1974 sobre a evangelização no mundo contemporâneo, o papa, como que
profeticamente, previa uma série de vias evangelizadoras bem condizentes e
necessárias à Igreja de então. Mas, pelo visto, o projeto evangelizador
neoconservador que veio em seguida não deu a mínima atenção ao que o pontífice
havia indicado.
Paulo VI, partindo da importância do testemunho,
destacava a urgência do indispensável
contato pessoal, “de pessoa a pessoa” (nº 46). E o contato pessoal não se dá
através de uma pastoral de massas, da utilização impessoal da mídia, mas
através da multiplicação de redes de pequenas comunidades, nas quais, advertia
o papa, as pessoas poderiam preencher o desejo e a busca de relações mais
humanas.
O papa afirmava, então, o valor das comunidades
eclesiais de base, as quais, de modo particular nas grandes metrópoles,
poderiam contribuir eficazmente para a superação da massificação e do anonimato
(nº 58). Mas o que fez a maioria das lideranças católicas? Preferiu a pastoral
das massas, dos rebanhões, dos espetáculos, nos quais, como tem mostrado a
sociologia da religião, prevalece o anonimato e a indiferença. As pessoas
pulam, gritam, dançam, mas sem preocupação com “o outro”. Pensam apenas nos
seus problemas e na satisfação imediata de suas necessidades e carências. A
pastoral de massa não humaniza as relações. Congrega, reúne, mas não une e nem
alimenta a solidariedade.
As lideranças, em sua maioria, preferiram suprimir
as comunidades eclesiais de base ou as relegaram a um plano secundário, de modo
que se pode afirmar que a existência delas no momento atual é fruto do grande
milagre da resistência de algumas pessoas. Enquanto isso, os evangélicos
seguiam o caminho inverso, abrindo em cada esquina um pequeno templo nos quais
as pessoas se encontram não só para rezar ou cantarolar, mas também para
reforçar laços de amizade e de apoio mútuo. O calor humano torna-se, de certo
modo, “vínculo da ágape”, mantendo as pessoas unidas na comunidade.
Houve também o desmantelo de outros elementos,
apontados por Paulo VI como essenciais para a nova evangelização. Pense-se, por
exemplo, no retrocesso que se deu no campo do ecumenismo, do diálogo
interreligioso, do diálogo com os não crentes e com os não praticantes. Mas se
pense igualmente nos retrocessos internos que levaram as pessoas pensantes e
mais conscientes a abandonarem definitivamente a Igreja Católica. Parece-me,
pois, que já está na hora da hierarquia no Brasil colocar-se diante das várias
perguntas sérias levantadas por tantas pessoas. E, como queria Paulo VI, “dar
respostas leais, humildes e corajosas, agindo de consequência” (nº 5).
27 de outubro de 2012
Celebrações e orientação da réplica da Cruz peregrina
SUBSÍDIO DE ORIENTAÇÃO E CELEBRAÇÃO
Peregrinação da Réplica da Cruz Peregrina da
Jornada Mundial da Juventude
A réplica da Cruz Missionária é idealizada pela própria
Diocese e será tripartida, peregrinando pelas Áreas pastorais em simultâneo.
Ela será o elo de ligação diocesana entre as duas Romarias (Vocacional e
Diocesana), significando que somos um povo em marcha constante. A fusão da Cruz
no dia da Romaria de N. Sra. de Guadalupe significa a unidade da Diocese de Foz
do Iguaçu que é celebrada por suas paróquias.
Os objetivos da visita da Réplica da
Cruz Peregrina da JMJ são:
·
preparar as paróquias
espiritualmente, rezando pela Jornada Mundial da Juventude: rezar pelo Papa, por toda a Igreja;
·
criar uma integração
entre as comunidades e da juventude para com a comunidade;
·
divulgar a visita do
Papa ao Brasil (de 23 a 28 de julho) e com ela a Jornada Mundial da Juventude.
·
Preparação da Diocese
de Foz do Iguaçu para a visita da Cruz Peregrina da Jornada Mundial da
Juventude nos dias 05 e 06 de fevereiro
Orientações
litúrgicas
1.
Nunca colocar os símbolos sobre o altar.
2. Os
símbolos podem ser colocados num canto do presbitério.
3. Nas
celebrações em preparação da JMJ Rio 2013 à chegada da Cruz e do Ícone de Nossa
Senhora, colocar sempre em destaque: Bíblia,
Cruz (sem o Cristo) e Nossa Senhora.
4. A
mesa da Palavra deve ser bem preparada. Não usá-la para comunicações e avisos.
5. Os
cantos devem ser de acordo com o tempo litúrgico.
6. Cruz
e Ícone (já colocados no espaço adequado).
7.
Sinal da Cruz quando cantado, que seja sem repetição.
Mistério
da Cruz
Oito
aspectos do mistério da cruz de Cristo para os jovens quando estiverem a
venerar a cruz da JMJ:
1. Na
Cruz, Cristo conheceu os maiores sofrimentos do mundo. Quando você sofre,
Cristo esta muito perto de ti. Confias a Ele os seus sofrimentos! Ele os levará
contigo e te aliviará.
2. Na
Cruz, Cristo se identificou com aqueles que sofrem. Descubra os que sofrem em
torno de ti. Jesus esta presente neles. Vá servi-los! Receberas alegrias!
3. Na
Cruz, Cristo perdoa os seus inimigos. Se estás ferido, também tu estas
convidado a perdoar e reconciliar com os teus inimigos. Jesus te dará força.
Peça e será dado!
4. Na
Cruz, Jesus amou cada um de nós. Se há duvida, peça que Ele mostre seu amor
pessoal por ti.
5. Na
Cruz, Jesus entregou sua vida para o perdão de nossos pecados. Entrega teus
pecados! Promete que não voltarás a pecar. E tu receberás seu perdão pelo
batismo e pelo sacramento da reconciliação. Então experimentarás a alegria da
salvação.
6. Na
Cruz, Jesus morreu para abrir o Céu. Reze pelos falecidos que você conhece.
Receberás a Esperança da Vida eterna!
7. Na
Cruz, Jesus entregou sua vida por amor. Se quiseres ser feliz, entrega
generosamente tua vida para amar cada dia como Ele!
8.
Jesus ressuscitou. Ele venceu sobre o mal, os pecados e a morte. Se tiveres
fracassos, se tem dificuldades para enfrentar o futuro, receba a energia da
esperança! Com toda a Igreja, converte em missionário da esperança!
(Don Eric Jacquinet - Tradução: P. Antonio Ramos do
Prado,sdb)
Celebração de acolhida da
Réplica da Cruz Peregrina da JMJ 201
É com alegria e esperança que
acolhemos a réplica Cruz da JMJ (JMJ tem
sempre um ícone de N. Sra. do Perpétuo Socorro – seria interessante
providenciar na própria paróquia). A peregrinação da réplica da Cruz quer
congregar as Juventudes e prepará-las para a Jornada Mundial da Juventude
(JMJ). A ligação da Cruz à Jornada Mundial da Juventude começou um ano antes da
primeira edição desse evento. No dia 31 de março de 1985, Domingo de Ramos,
data que a Igreja Católica assinalou como Dia Mundial da Juventude, o Papa João
Paulo II fez a entrega da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora aos jovens, que
desde então, tem sido ocasião de aprofundamento da fé e de reconciliação para
milhões de jovens em todo o mundo.
Canto:
Nova Geração (Composição:
Pe. Zezinho)
1. Eu venho do sul e
do norte, do oeste e do leste, de todo lugar.
Estradas da vida eu
percorro, levando socorro a quem precisar.
Assunto de paz é meu
forte, eu cruzo montanhas e vou aprender.
O mundo não me
satisfaz o que eu quero é a paz, o que eu quero é viver.
Refrão: No peito eu levo uma cruz, no meu
coração o que disse Jesus. No peito eu levo uma cruz, no meu coração o que
disse Jesus.
2. Eu sei que não
tenho a idade da maturidade de quem já viveu.
Mas sei que já tenho
a idade de ver a verdade, o que eu quero ser eu.
O mundo ferido e
cansado de um ‘negro’ passado de guerras sem fim.
Tem medo da bomba
que fez, a fé que desfez mas aponta pra mim.
Refrão:
3. Eu venho trazer
meu recado, não tenho passado mas sei entender.
Um jovem foi crucificado
por ter ensinado a gente viver.
Eu grito ao mundo
descrente que eu quero ser gente, que eu creio na cruz.
Eu creio na força do
jovem que segue o caminho de Cristo Jesus.
Oração
Ó Deus, que para
salvar a todos dispusestes que o vosso Filho morresse na cruz, a nós que
conhecemos na terra este mistério, dai-nos colher no céu os frutos da redenção.
Por NSJC...
Aclamação do Evangelho:
Toda palavra é um
anseio de comunicar e todo fruto é uma forma da gente se dar.
/Põe a semente na terra não será em vão, não
te preocupe a colheita, plantas para o irmão/
Leitura Bíblica: Mt 10,37-39.
“Quem ama pai ou mãe
mais do que a mim, não é digno de mim. E quem ama filho ou filha mais do que a
mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno
de mim. Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim
a encontrará.”
Silêncio:
Tempo para a
contemplação da Cruz e Ícone de Nossa Senhora: Após um momento de silêncio, concluir
com o canto: Vitória, tu reinarás. Ó cruz, tu nos salvarás!
Preces:
Elevemos ao Senhor
as nossas preces.
1. Conduzi e
orientai esta nossa comunidade, Senhor, neste grande caminho rumo à JMJ. Assim,
conduzidos por vós, ensinai-nos como ensinou Maria a assumir vossa Cruz, sinal
da nossa salvação.
Todos: Senhor ajudai-nos a assumir a nossa Cruz!
2. Senhor, vos
pedimos por todas as dioceses, paróquias e comunidades do nosso país que irão
acolher esta cruz. Fazei, Senhor, que este gesto, seja sinal do compromisso
convosco e com a juventude.
3. Senhor Jesus,
olhai para a nossa juventude. Que os nossos jovens, animados pelo vosso
Espírito, tenham mais vida e os seus projetos sejam realizados.
4. Senhor Jesus, são
muitas as pessoas que estão trabalhando pela JMJ, para que seja um marco
histórico na Igreja do Brasil. Dai a todos a força, unidade e a paz.
Preces espontâneas
Pai-Nosso, Ave Maria
Oração:
Senhor Jesus, em
vossa cruz nos destes a salvação e a reconciliação com o Pai. Tornai-nos
anunciadores ardorosos desse tão grande mistério de amor. Vós que viveis e
reinais, com o Pai na unidade do Espírito Santo. Amém
Conclusão
O Pai de
misericórdia, que nos deu um exemplo de amor na paixão do seu Filho, nos
conceda, pela dedicação a Deus e ao próximo, a graça de sua bênção.
R. Amém.
O Cristo, cuja morte
nos libertou da morte eterna, conceda-nos receber o dom da vida.
R. Amém.
Tendo seguido a
lição de humildade deixada pelo Cristo, participemos, igualmente, de sua
ressurreição.
R. Amém.
O Senhor nos
abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
R. Amém.
Celebração
de Envio da
réplica da Cruz Peregrina da JMJ 2013
Tendo vivenciado
este tempo de graça junto à Cruz (e o Ícone de Nossa Senhora) da JMJ, nos
despedimos através desta celebração, enviando este símbolo de unidade e fé a outras
comunidades. A cruz da Jornada passou por muitos países, por várias mãos de
muitos jovens e traz todos os sonhos e a fé de cada um de todos os continentes
por onde passou. Assim aconteceu também em nossa Paróquia, sendo oportunidade
para todos rezarem e venerarem quão grande mistério a cruz nos revela. Com esperança
e entusiasmo, celebremos com a Cruz de Cristo.
Canto:
Nova Geração
(Composição: Pe. Zezinho)
1. Eu venho do sul e
do norte, do oeste e do leste, de todo lugar.
Estradas da vida eu
percorro, levando socorro a quem precisar.
Assunto de paz é meu
forte, eu cruzo montanhas e vou aprender.
O mundo não me
satisfaz o que eu quero é a paz, o que eu quero é viver.
Refrão: No peito eu levo uma cruz, no meu
coração o que disse Jesus. No peito eu levo uma cruz, no meu coração o que
disse Jesus.
2. Eu sei que não
tenho a idade da maturidade de quem já viveu.
Mas sei que já tenho
a idade de ver a verdade, o que eu quero ser eu.
O mundo ferido e
cansado de um ‘negro’ passado de guerras sem fim.
Tem medo da bomba
que fez, a fé que desfez mas aponta pra mim.
Refrão:
3. Eu venho trazer
meu recado, não tenho passado mas sei entender.
Um jovem foi
crucificado por ter ensinado a gente viver.
Eu grito ao mundo
descrente que eu quero ser gente, que eu creio na cruz.
Eu creio na força do
jovem que segue o caminho de Cristo Jesus.
Oração
Ó Deus, que para
salvar a todos dispusestes que o vosso Filho morresse na cruz, a nós que
conhecemos na terra este mistério, dai-nos colher no céu os frutos da redenção.
Por NSJC...
Comentário
Este tempo de oração
e de vivência mostra-nos que, mesmo tão simples, a Cruz é capaz de dar uma
força espiritual tão grande que reúne milhares de jovens em todos os lugares. A
partir de Cristo, a Cruz tornou-se um ponto de referência dos valores cristãos
como passagem do sofrimento à vida nova, da paixão e da morte à ressurreição.
TEXTO BÍBLICO
Ef 2,13-18
“Mas agora, no
Cristo Jesus, vós que outrora estáveis longe ficastes perto, graças ao sangue
de Cristo. De fato, ele é a nossa paz: de dois povos fez um só povo, em sua
carne derrubando o muro da inimizade que os separava e abolindo a Lei com seus
mandamentos e exigências. Ele quis, assim, dos dois povos formar em si mesmo um
só homem novo, estabelecendo a paz e reconciliando os dois com Deus, em um só
corpo, mediante a cruz, na qual matou a inimizade. Veio anunciar a paz: paz
para vós que estáveis longe e paz para os que estavam perto. É por ele que
todos nós, judeus e pagãos, temos acesso ao Pai, num só Espírito”.
Momento de silêncio:
Tempo para a contemplação da Cruz: Após um
momento de silêncio, concluir como canto.
Vitória, tu
reinarás. Ó cruz, tu nos salvarás!
Preces:
Elevemos ao Senhor
as nossas preces.
1. Senhor da vida,
acompanhai com a vossa presença esta Cruz e fazei que ela seja sinal de unidade
entre todos que a receberem.
Todos: Enviai, Senhor, a vossa Cruz!
2. Fazei, Senhor,
que este símbolo de nossa fé seja sinal de força e esperança às comunidades e
paróquias que o acolherão.
3. Dai força e
unidade, Senhor, aos jovens que estão envolvidos na preparação e realização da
JMJ, para que, convosco, continuem lutando pela vida e a dignidade de todos.
Preces espontâneas
Pai-Nosso - Ave
Maria
Oração:
Senhor Jesus, que
pelo mistério da cruz remistes o mundo, fazei frutificar em boas obras a vida
de todos que contemplarem esta cruz. Vós que viveis com o Pai, na unidade do
Espírito Santo. Amém.
Envio: “Ide pelo
mundo, pregai o Evangelho a toda criatura...”.
Celebração da Cruz I:
“Testemunhas
da alegria”
Obs.: As pessoas podem
ficar sentadas no chão em forma de meia-lua tendo em frente altar de
celebração; no fundo pode deixar os bancos para quem quer ficar sentado – fazer
passagem no meio para procissão com a Cruz e outras.
Canto inicial
Anim.: A Cruz é
símbolo da nossa fé em Jesus Cristo. Nesta celebração queremos refletir sobre o
sentido da Cruz para nossa vida. Cristo morrendo na Cruz nos reconciliou com
Deus e nos resgatou para vida nova. Agora somos chamados levar o anúncio da
Cruz para os outros. Para aqueles que vivem ao nosso redor.
Dirigente: Deus
nos criou por amor. Os primeiros homens viveram em plena harmonia com Deus.
Viveram sem pecado e este estado de convivência com Deus chamamos paraíso. Foi
muito bem viver com Deus deste modo. Mas, chegou o pecado e nos separou de
Deus. Vamos refletir este momento através da apresentação dos jovens.
Vamos ouvir como a Sagrada Escritura nos apresenta esse
mistério?
Ler Gn 3,1-20
Dirigente: Cada
um de nós reconhece que é pecador, mas no mesmo tempo reconhece que Deus não
nos abandonou. Temos consciência que amor de Deus é maior do que nosso pecado.
Este amor é nos revelado através de Cristo. É Ele através da sua paixão e
ressurreição venceu o pecado e morte. A fé Nele me chama a conversão e para
vida eterna. Cremos na Cruz de Cristo sinal da vida nova.
Procissão com a Cruz
Enquanto se canta “Niquem te ama ....”,
Alguns jovens entram em procissão com a Cruz. Chegando à
frente coloca-se a Cruz no lugar visível e central. Deixar um momento de
silêncio.
Dirigente: O amor
de Jesus se manifesta em toda sua força na hora da sua paixão. Nos últimos
momentos de sua vida terrena, na ceia Ele diz: “Como o Pai me ama, assim também
eu vos amo. Perseverai no meu amor... Disse-vos essas coisas para que a minha
alegria seja completa” (Jo 15,9.11). Jesus introduz seus discípulos e cada um
de nós na alegria plena, aquela que Ele partilha com o Pai (cfr. Jo 17,26). A
alegria cristã consiste na conversão e abertura do coração para amor de Deus.
Ascendamos as nossas velas como símbolo da nossa conversão e pertença a Cristo.
Acompanhados com a
música que reflete o perdão e amor de Deus, os jovens um por um ascendem a sua
vela e a colocam ao redor da Cruz.
Canto de Aclamação
O Evangelho - Jo 1,43-51 (Os jovens podem fazer dramatização deste Evangelho)
Reflexão
compartilhada
1. Vamos destacar alguns sinais do testemunho dos nossos
jovens sobre quem é Jesus em sua vida seguindo o exemplo de Filipe no
Evangelho?
2. Como a palavra “segue-me” soa ao nosso coração?
3. Olhando a dúvida de Natanael, quais são as dúvidas de fé
que nós temos?
4. Quais são os sinais da presença viva de Deus em nossas
vidas que ajudam iluminar as nossas dúvidas?
Profissão de fé
Dirigente:
Seguindo o exemplo de Natanael e reconhecendo que Deus está sempre nos
acompanhando, vamos assumir aquilo que nós acreditamos, professando juntos a
nossa fé.
Alegria
que brota da veneração da Cruz
L1.: Nós cristãos temos a consciência que
Jesus não é apenas um personagem da história ou alguém enclausurado no passado
acessível através da história somente. “Jesus está vivo!” Era o que gritava
Pedro na manhã de Pentecostes e esse era o primeiro anúncio da Igreja.
L2.: Em nosso mundo de hoje, falar da Adoração
à Santa Cruz pode gerar confusão de significado, mas o que nós fazemos é
venerar a Cruz e, enquanto a veneramos, temos nosso coração e nossa mente que
ultrapassa aquele madeiro, ultrapassa o crucifixo, ultrapassa mesmo o local
onde estamos, até encontrar-se com Nosso Senhor pregado naquela cruz, dando a
vida para nos salvar. Não se adora o objeto. O objeto é um símbolo, ao
reverênciá-lo mergulhamos em seu significado mais profundo, o fato que foi
através da Cruz que fomos salvos.
L3.: Jesus está vivo e atuante em nosso meio,
a morte não O prendeu. A alegria de sabermos que, para além da dolorosa e
pesada cruz colocada sobre os ombros de Jesus, arrastada por Ele em Jerusalém,
na qual foi crucificado, que se torna o símbolo de sua presença e do amor de
Deus, existe Vida, existe Ressurreição.
L4.: Nossa vida pode se confundir com a cruz
de Jesus em muitos momentos, mas diante dela temos a certeza que não estamos
sós, que Jesus caminha conosco em nossa via sacra pessoal e, para além da dor,
existe a salvação.
Bênção final
Celebração da Cruz II:
“Cruz –
sinal de nossa fé”
Dirigente: Normalmente, quando
falamos em cruz, logo vem à mente sofrimentos e morte. Mas a cruz de Cristo não
significa somente isso.
Leitor 1: Acima de tudo, ela nos recorda a entrega amorosa de Jesus para que a humanidade fosse salva.
Dirigente: Hoje queremos celebrar
a vitória sobre o sofrimento e todo tipo de injustiça. Queremos renovar nossa
esperança de que a vitória de Cristo é a nossa vitória. Ao mesmo tempo,
comprometemo-nos com ele na luta contra todo tipo de cruz que o mundo atual
quer impor sobre a humanidade.
REFLEXÃO CELEBRATIVA
L.1 – A cruz em nossa vida: Estamos tão
acostumados a ver cruzes por toda parte que nem damos mais o devido valor que a
cruz merece em nossa vida cristã. Em nossas casas, em nossas praças,
repartições públicas e nas igrejas a cruz está presente. Muitas cidades
construíram um cruzeiro: uma grande cruz plantada no local mais elevado da
cidade. Nós mesmos usamos a cruz em nosso corpo, dependurado num cordão ou numa
correntinha. Os jovens adotaram a moda de usar brincos com cruzes. É interessante
observar como a cruz faz parte da nossa vida e, nem sempre prestamos atenção à
sua presença.
L.2 – Pode até ser
que na sala de nossa casa haja uma bela cruz, mas a gente de tão acostumado,
nem dá mais tanta importância. Vendo tantas cruzes cercando nossas vidas,
poderíamos dizer que isso é natural para nós cristãos. De fato, não existe
surpresa ver cristãos valorizando a cruz. Contudo, este encontro diante da
Réplica da Cruz Peregrina da JMJ, quer ser um momento oportuno para que
voltemos nossa atenção à cruz e nos perguntemos: o que a cruz representa para
cada um de nós?
L.3 – Cruz como local da salvação
divina: O primeiro e mais importante sentido da cruz é a memória da salvação que
Deus nos concede. No tempo de Jesus, a cruz era um instrumento da pena de
morte; para nós, a cruz é instrumento de salvação. Jesus fala no evangelho: “é necessário que o
Filho do Homem seja levantado, para que todos que nele creiam tenham a vida
eterna”; quer dizer: crer em Jesus pregado na cruz é aceitar a salvação de Deus.
E quando se aceita a salvação de Deus em sua vida, nós aceitamos também o
projeto divino que foi realizado plenamente na cruz de Cristo.
L.4 – A cruz é o
símbolo maior do amor de Deus para conosco: “Deus tanto amou o mundo, que deu o
seu Filho unigênito”, explicava Jesus no evangelho, e este Filho realiza
plenamente o amor de Deus por nós quando morre na cruz.
L.1 – A cruz é mais que um enfeite: É assim que
compreendemos porque nós cristãos colocamos cruzes em praças públicas, em
nossas casas e as trazemos conosco. Quando uma família coloca uma cruz em sua
casa ela quer se lembrar, todos os dias e todas as horas, do grande amor de
Deus e da salvação divina em sua casa.
L.2 – A família
que tem uma cruz em sua casa está dizendo para quem ali chega: nós somos
cristãos e, como dizia Jesus no evangelho, todos os dias olhamos para a cruz de
Cristo para que todos sejamos salvos e tenhamos a vida eterna.
L.3 – Quando uma
cidade coloca uma cruz na sua praça principal, ou mesmo no local mais elevado
de tal modo que todos a vejam de qualquer parte da cidade, está propondo que
todos os seus habitantes olhem para a cruz e lembrem do grande amor de Deus
para nos salvar.
L.4 – A mesma
coisa acontece com cada um de nós. Quem traz uma cruz no peito deve dizer: eu
coloco esta cruz em mim porque quero participar da salvação de Jesus Cristo,
que aconteceu na cruz. A cruz de Cristo não é, apenas, um enfeite. A cruz de
Cristo é um símbolo do amor de Deus por nós e da salvação de Jesus Cristo. Quem
usa este símbolo está dizendo: eu sou cristão, eu sou cristã; nós somos uma
família cristã; nós somos uma cidade ou uma comunidade cristã.
L.1 – Usar a cruz é assumir um
compromisso: Por isso, usar a cruz de Cristo traz também consigo um compromisso com o
Evangelho. Jesus em Mt 16,24 diz que quem quiser segui-lo deve tomar sua cruz a
cada dia. Quer dizer: deve assumir o mesmo projeto de vida que ele assumiu.
L.2 – Quem coloca
uma cruz dentro de sua casa está dizendo para Deus e para a sociedade: nossa
família vive iluminada pelo Evangelho; nossa família aceita Jesus Cristo e nós
vivemos de acordo com os princípios do evangelho.
L.3 – A mesma
coisa acontece com quem traz consigo uma cruz pendurada ao peito. Está dizendo:
eu sou cristão e vivo de acordo com o Evangelho; minha vida é orientada pelo
evangelho de Cristo e eu estou comprometido com o projeto de Deus. Isso é muito
sério!
L.4 – Quem não se
compromete com o projeto de Deus e não vive como cristão não deveria usar uma
cruz pendurada no peito. Por que usar uma cruz se não vive como cristão? Qual o
sentido de uma família pendurar a cruz de Cristo em sua casa se todos vivem
brigando o tempo todo? Vão tirar a cruz? Claro que não! A cruz deve ficar ali
para dizer a cada um que precisa mudar de vida. Uma família assim não deve se
desfazer da cruz, mas mudar de vida.
Dir.: Nosso louvor a Deus desde o
batismo: No dia de nosso batismo, o padre, os pais e padrinhos fizeram uma cruz
em nossa fronte e o padre disse em nome da Igreja: nós te marcamos com a cruz
de Cristo. Ou seja, cada um de nós está marcado com a cruz de Cristo. Cada um
de nós está marcado com o sinal da salvação de Deus em nossa vida. Este é mais
um motivo para vivermos bem nossa vida cristã.
Evangelho: Jo 3,13-17
Depois da manifestação de Jesus
no templo, expulsando os vendilhões, vem a reação a este fato na pessoa de
Nicodemos, judeu observante e mestre da lei. Vamos acolher na resposta de Jesus
a Nicodemos uma palavra de salvação para nós.
Nossos pedidos
- Rezemos ao Senhor, para que sua
misericórdia se manifeste sobre nós quando nos cansamos e temos vontade de
deixar tudo. Que a cruz gloriosa de Jesus nos sustente e nos incentive a
continuar nossa caminhada.
Vitória, tu
reinarás! Ó cruz, tu nos salvarás! (bis)
- Rezemos ao Senhor, para que sua
bondade imensa se manifeste em nossa vida e nos faça viver comprometidos com
Deus. Que a cruz gloriosa de Jesus seja nossa rocha e nossa segurança na vida.
Vitória, tu
reinarás! Ó cruz, tu nos salvarás! (bis)
- Rezemos ao Senhor, para que em sua
clemência nos leve a viver com a mesma fidelidade de Cristo seu projeto de vida
entre nós. Que a cruz gloriosa de Jesus nos faça sempre mais fiéis ao evangelho
de Jesus Cristo.
Vitória, tu
reinarás! Ó cruz, tu nos salvarás! (bis)
- Rezemos ao Senhor, para que em seu
amor infinito nos conceda a graça da salvação eterna. Que a cruz gloriosa de
Jesus, pelos méritos da Paixão do Senhor, nos conceda a graça da vida eterna na
casa do Pai.
Vitória, tu
reinarás! Ó cruz, tu nos salvarás! (Bis)
- Rezemos por nossa comunidade para que
Deus em sua benevolência nos conceda a graça da fé e do testemunho cristão. Que
a cruz gloriosa de Jesus seja incentivo e força em nossos trabalhos pastorais.
Vitória, tu
reinarás! Ó cruz, tu nos salvarás! (bis)
Compromisso concreto
Dirigente: A cruz
de Cristo não é símbolo de derrota, mas de força e de vida. Quem se sente preso
no medo ou na tristeza é convidado a olhar para a cruz de Cristo e não ter medo
da dor e do sofrimento, mas que transformem dor, sofrimento e momentos difíceis
da vida em força de vida nova, olhando para a cruz de Cristo porque, como diz o
salmo, nela temos uma rocha, nela está nossa força de vida. Por isso tratem com
respeito a cruz e, que reservem para a cruz um lugar de destaque em suas casas.
Somos todos marcados com a cruz de Cristo e, por isso, todos são convidados a
viver entregando livremente a vida por amor, como Cristo.
(Orientar anteriormente para que
todos tragam a sua cruz para receber a bênção)
Bênção final
P – O
Senhor esteja convosco
T – Ele
está no meio de nós.
Bênção das cruzes: Todos que
trouxeram as cruzes são convidados a ergue-las para que sejam abençoadas.
P –
Senhor, Pai santo, quisestes que a cruz de vosso Filho se tornasse fonte de
todas as bênçãos e causa de todas as graças. Assisti-nos, com bondade, a nós, que
trazemos estas cruzes em sinal de nossa fé. Concedei que nós, vivendo, sempre,
em união com o Mistério da Paixão de Cristo possamos alcançar a alegria eterna
da ressurreição. Por Cristo nosso Senhor.
P – E os
que aqui estão reunidos, Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito
Santo. Amém.
Celebração Penitencial diante da Cruz
1. Saudação e
acolhimento
2. Hino
Escutemos a voz que chama o povo
Para sair do Egito do pecado
E seguindo o caminho do deserto
Acolhamos humildes a palavra.
Vamos todos guiados pela esperança,
Confiados no braço do Deus forte,
Entre as luzes e sombras do caminho
Que nos conduz à Terra Prometida.
Desde o Nilo ao Jordão vai caminhando
Este povo de Deus que reza e canta,
Convertido o maná na Eucaristia
E o deserto em doce paraíso.
No alto do Calvário a Cruz proclama
A nova lei do amor e da justiça:
O lado do Senhor está aberto
Como fonte perene de água viva.
Adoremos o Pai onipotente
E seu Filho o Senhor que nos salvou
E o Espírito de Deus que em fogo ardente
Purifica e renova os corações.
3. Leitura: Filipenses
2,1-11
Ler e depois meditar em silêncio
4. Meditação de Teresa
Benedita da Cruz, sobre A Ciência da Cruz
A fé no Crucificado, uma fé viva unida a um amor cheio de piedade, é para
nós a porta da vida e o começo da glória futura; daí que a cruz seja o nosso
único motivo de glória: “Longe de mim gloriar-me a não ser na cruz de Nosso
Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o
mundo”.
Aquele que escolheu seguir Cristo, morreu para o mundo e o mundo para
ele. Leva no seu corpo as marcas de Cristo, é débil e desprezado pelos homens,
mas por essa mesma razão é poderoso aquele a quem o poder de Deus aperfeiçoa na
debilidade. O discípulo de Jesus, com este conhecimento, recebe não só a cruz
que lhe foi imposta mas crucifica-se a si mesmo. “Os que são de Jesus Cristo
crucificaram a carne juntamente com as paixões e os desejos”. Travaram um duro
combate contra a sua natureza para que morresse neles a vida de pecado e
tivesse lugar a vida do Espírito. Para este combate exige-se uma grande
fortaleza. Mas a cruz não é o fim. Ela é levantada para manifestar o céu. Não é
apenas um sinal, mas armadura invencível de Cristo: o báculo do pastor com que
o divino David luta contra o ímpio Golias, com o qual Cristo bate com firmeza à
porta do céu e a abre. Quando isto acontece, a luz divina derrama-se e enche
todos aqueles que seguem o Crucificado”.
5. Aclamação
Louvor a Vós, Rei da eterna glória. Louvor a Vós.
6. Evangelho: Jo 12,
23-26
7. Meditação
(Alguém pode conduzir
um momento de reflexão)
8. Petições de Perdão
(Após cada pedido, cantar um
refrão penitencial)
· Perdoai, Senhor, o nosso orgulho e
auto-suficiência.
· Perdoai, Senhor, a nossa cegueira e
individualismo.
· Perdoai, Senhor, as nossas ganâncias e
escravidões.
· Perdoai, Senhor, a nossa indiferença e
dureza de coração.
· Perdoai, Senhor, a nossa falta de
solidariedade e as nossas injustiças.
· Perdoai, Senhor, o nosso deixar andar e as
nossas omissões.
· Perdoai, Senhor, a nossa falta de fé.
· Perdoai, Senhor, porque não somos bons
samaritanos.
· Perdoai, Senhor, as nossas tristezas e
desânimos.
· Perdoai, Senhor, porque não somos
testemunhos do teu amor.
9. Oração de
Compromisso
Rezar espontaneamente versículo o salmo 50 (Tende piedade de mim, ó
Deus....)
10. Preces de Ação de
Graças
(Após cada pedido que pode ser
feito espontaneamente, todos dizem:)
Todos: Nós vos
agradecemos, por que pela vossa santa cruz remistes o mundo.
- Senhor, nós Te damos graças pela graça do teu perdão.
- Senhor, nós Te damos graças porque nos justificas com a graça de Jesus Cristo.
- Senhor, nós Te damos graças por Jesus Cristo, que nos salvou com a sua morte.
- Senhor, nós Te damos graças pela tua Palavra que dá a vida.
- Senhor, nós Te damos graças pelo mistério pascal renovado em cada Eucaristia.
- Senhor, nós Te damos graças pelos dons do Espírito Santo.
- Senhor, nós Te damos graças pela comunidade dos irmãos.
- Senhor, nós Te damos graças pelos pastores que nos guiam.
- Senhor, nós Te damos graças pelas cruzes que nos uniram mais a Cristo e aos irmãos.
- Senhor, nós Te damos graças, porque tudo é graça.
11. Pai Nosso
12. Oração final
Todos: Senhor, que a tua crucifixão e ressurreição nos ensinem a
enfrentar as lutas da vida quotidiana e a sofrer aí a angústia da morte, para
que vivamos em maior e mais criativa plenitude. Com humildade e paciência
aceitaste os reveses da vida humana, como os sofrimentos da tua crucifixão.
Ajuda-nos a aceitar as dificuldades e as lutas de cada dia como ocasiões para
crescermos e para nos tornarmos semelhantes a Ti. Torna-nos capazes de as
enfrentar com paciência e coragem, com plena confiança na Tua proteção. Faz-nos
compreender que só chegaremos à plenitude da vida pela contínua aniquilação de
nós próprios e dos nossos desejos egoístas, porque só morrendo contigo podemos
contigo ressuscitar.Por NSJC…
(Teresa de Calcutá).
Projeto
de Motivação da Diocese de Foz do Iguaçu para a JMJ rio 2013
Peregrinação das Réplicas da Cruz
Peregrina:
Início: 5ª Romaria Vocacional – dia 21
de outubro de 2012
Final: Romaria de N. Sra. de Guadalupe –
dia 09 de dezembro de 2012
A Cruz
A cruz de madeira de 3,8 metros foi construída e colocada
como símbolo da fé católica, perto do altar principal na Basílica de São Pedro
durante o Ano Santo da Redenção (Semana Santa de 1983 à Semana Santa de 1984).
No final daquele ano, depois de fechar a Porta Santa, o Papa João Paulo II deu
essa cruz como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade. Quem a recebeu, em
nome de toda a juventude, foram os jovens do Centro Juvenil Internacional São
Lourenço, em Roma. Estas foram as palavras do Papa naquela ocasião: “Meus
queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano
Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de
Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição
de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção” (Sua Santidade João Paulo
II, Roma, 22 de abril de 2004).
Os jovens acolheram o desejo do Santo Padre. Desde 1984, a
cruz da JMJ peregrinou pelo mundo, através da Europa, além da Cortina de Ferro,
e para locais das Américas, Ásia, África e Austrália, estando presente em cada
celebração internacional da Jornada Mundial da Juventude. Em 1994, a cruz começou
um compromisso que, desde então, se tornou uma tradição: sua jornada anual
pelas dioceses do país sede de cada JMJ internacional, como um meio de
preparação espiritual para o grande evento.
O objetivo desse cronograma são:
·
preparar as paróquias
espiritualmente, rezando pela Jornada Mundial da Juventude: rezar pelo Papa, por toda a Igreja;
·
criar uma integração
entre as comunidades e da juventude para com a comunidade;
·
divulgar a visita do
Papa ao Brasil (de 23 a 28 de julho) e com ela a Jornada Mundial da Juventude.
·
Preparação da Diocese
de Foz do Iguaçu para a visita da Cruz Peregrina da Jornada Mundial da
Juventude nos dias 05 e 06 de fevereiro
Como? Através da peregrinação pela nossa Diocese das réplicas da Cruz
Missionária.
·
Simbologia: a réplica da Cruz
Missionária é idealizada pela própria Diocese e será tripartida, peregrinando
pelas Áreas pastorais em simultâneo. Ela será o elo de ligação diocesana entre
as duas Romarias (Vocacional e Diocesana), significando que somos um povo em
marcha constante. A fusão da Cruz no dia da Romaria de N. Sra. de Guadalupe
significa a unidade da Diocese de Foz do Iguaçu que é celebrada por suas
paróquias.
·
Importante: Neste dia, é muito
importante que aconteça uma Celebração Eucarística na Paróquia em que a cruz chegar.
Além disso, cada paróquia irá organizar-se em como viverá esses dias em que a
cruz estiver presente: Oração do Terço; Novena; Adoração ao Santíssimo;
Celebração Eucarística (algumas comunidades já tem Missas programadas para este
dia da semana); em qualquer uma dessas modalidades se faz necessário convidar
toda a comunidade e se reza nas intenções do Santo Padre o Papa e pela Jornada
Mundial da Juventude.
·
A equipe Diocesana
irá fornecer alguns subsídios. Contudo, fica aberto à criatividade de nossa juventude.
* ÁREA I: Note-se que o
dia de fazer peregrinar a cruz de uma paróquia à outra, para a ÁREA I será
sempre quarta e domingo, devendo as duas paróquias entrar em consenso
sobre o horário da celebração na paróquia que irá receber a cruz.
* ÁREA II e III: Para as ÁREAS II e III, o dia
será sempre em uma quarta-feira, devendo as duas paróquias entrar em consenso
sobre o horário da celebração na paróquia que irá receber a cruz.
CONFERIR O CRONOGRAMA DA VISITA DA RÉPLICA DA CRUZ EM
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