24 de agosto de 2012

Carta de D. Eduardo por ocasião do mês de agosto



Dom Eduardo Pinheiro da Silva, bispo-auxiliar de Campo Grande e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da CNBB, escreveu uma carta por mês neste ano convidando todos a assumirem a juventude com um cuidado todo especial.
 
Brasília, 01 de agosto de 2012


CJ – C – Nº 0716/12

Caros irmãos Párocos e Administradores Paroquiais,

Vigários Paroquiais e demais Presbíteros.

Não temos dúvidas de que a JMJ, além do benefício para o impulso da evangelização da juventude, traz, para o jovem, um profundo questionamento a respeito do sentido da vida. Cada uma de nossas Paróquias e Comunidades é chamada a aproveitar deste momento ímpar de nossa história, garantindo condições favoráveis às novas gerações para que elas possam responder com alegria ao chamado de Deus: “Desejo que as Igrejas locais, nas suas várias componentes, se tornem ‘lugar’ de vigilante discernimento e de verificação vocacional profunda, oferecendo aos jovens e às jovens um acompanhamento espiritual sábio e vigoroso. Deste modo, a própria comunidade cristã torna-se manifestação do amor de Deus, que guarda em si mesma cada vocação” (Bento XVI, 49º. Dia Mundial de Oração pelas Vocações).

Estamos entrando no mês vocacional – Agosto. O que nossas Comunidades estão preparando, à luz da JMJ, para que cada adolescente e jovem receba a ajuda adequada para o seu discernimento vocacional? Nenhum deles deveria passar pelas nossas catequeses, encontros, grupos, organizações sem receber este auxílio que faz a diferença na sua realização pessoal, no dinamismo eclesial, na realidade social.

Todos são responsáveis por promover uma verdadeira ‘cultura vocacional’ em nossos ambientes. O apelo vocacional da JMJ nos questiona:

- nossa Catequese tem atraído as novas gerações para a reflexão vocacional?

- nossos jovens são apaixonados discípulos missionários de Jesus Cristo?

- como promovemos a vocação matrimonial na cultura juvenil atual?

- quantas vocações sacerdotais, religiosas e missionárias estão surgindo na paróquia?

- os jovens conhecem a vocação do/a leigo/a consagrado/a e da vida monástica?

Não nos esqueçamos: uma Comunidade que não suscita vocações para a continuidade de sua missão é estéril. Somos ou não somos fecundos em nossas palavras, atividades e testemunhos? Entre tantas propostas, desafiemos nossas Comunidades em suscitar, anualmente, ao menos uma vocação para a vida sacerdotal ou religiosa.

A JMJ nos presenteia com este clima favorável para se trabalhar a questão vocacional. Não percamos tempo nem privemos nossos jovens deste seu ‘direito existencial’! Os jovens estão motivados a uma entrega mais radical a favor de Jesus Cristo e do seu Evangelho. O que lhes oferecemos? Abramos nossos olhos! Ousemos propostas cativantes! Não tenhamos receio de fazer nossas, as vibrantes palavras de nosso Papa Bento XVI: “Queridos jovens, não tenham medo do chamado de Cristo para a vida religiosa, monástica, missionária ou ao sacerdócio. Estejam certos que Ele enche de alegria aquele que, dedicando a vida nesta perspectiva, responde ao seu envio deixando tudo para permanecer com Ele e dedicar-se de coração inteiramente a serviço dos outros. Do mesmo modo, grande é alegria que Ele reserva ao homem e à mulher que se doa totalmente um ou outro em matrimônio para constituir uma família e tornar-se sinal do amor de Cristo por sua Igreja” (27º. Dia Mundial da Juventude).

Maria, modelo de busca e resposta vocacional, inspire nossos corações a favor dos jovens que anseiam por uma vida com sentido. Confiemos a ela nossa própria vocação para que os jovens se sintam motivados com o nosso testemunho de alegres discípulos missionários de Jesus Cristo. Confiemos a ela, principalmente, as vocações que Deus está suscitando em nosso meio por ocasião da Jornada Mundial da Juventude - Rio 2013.

Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb

Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude (CEPJ)

18 de agosto de 2012

ENCONTRO DOS PADRES E PAIS

Aconteceu no última dia 07 de agosto na Paróquia N. Sra. de Caravaggio o tradicional Encontro dos pais e padres e confraternização em comemoração ao Dia do Padre.
Estiveram presentes 32 padres e 2 diáconos.


















12 de agosto de 2012

A 5ª ROMARIA ESTÁ CHEGANDO - PREPARE-SE


1. A 5ª Romaria Vocacional: O que é?
O ano de 2003 foi marcante na Igreja do Brasil com o 2º Ano Vocacional que teve como tema: Batismo, fonte de todas as vocações. Foi realizada neste ano a Romaria Vocacional do Paraná em Guarapuava e a partir dessa experiência aconteceu no dia 01 de agosto de 2004 em Matelândia a 1ª Romaria Vocacional de nossa Diocese, com o tema “Queremos Ver Jesus”. Depois desse momento, percebendo a importância desse dia na vida da Diocese de Foz do Iguaçu, ficou combinado que o grande evento da Juventude da Diocese se alternaria com o Dia Nacional da Juventude, embora as Pastorais afins sempre trabalhem juntas para a realização deste evento, e a Romaria seria também a celebração do Dia Nacional da Juventude.
No ano de 2006 realizou-se em Missal, no dia 22 de outubro a 2ª Romaria Vocacional com o tema: Jovem, Jesus Te Chama: “Vem e Vê!”
Em 2008 aconteceu em Santa Teresinha, no dia 28 de outubro a 3ª Romaria Vocacional com o tema: “VEM CUIDAR DA VIDA”, e lema: “JOVEM: seguir Jesus é escolher a vida”. Nosso objetivo foi: Possibilitar um encontro com Jesus Cristo, fonte de todas as vocações, levando o jovem a refletir sobre o seu papel na missão de seguir Jesus, em defesa da vida.
Em 2010 realizamos a 4ª Romaria Vocacional em São Miguel do Iguaçu no dia 24 de outubro. Nosso tema foi “Servir, amar e testemunhar” o lema: “Eu e você fazemos parte dessa caminhada” tendo como objetivodesafiar em nossas famílias, as crianças, jovens e adolescentes a descobrir o sentido da vida e o projeto que Deus tem para cada um ajudando-os para que em comunidade assumam o serviço, amor e testemunho como vocação, defendendo a vida e lutando contra a violência”.
E chegou o tempo da 5ª Romaria Vocacional. Escolhemos o município de Serranópolis do Iguaçu, que teve a Paróquia Nossa Senhora de Fátima instituída no dia 26 de dezembro de 2010, e que acolhe este grande momento da vida de nossa Diocese como um passo definitivo na animação e envolvimento das crianças, adolescentes e jovens da paróquia. Para o dia 21 de outubro, escolhemos como tema: Juventude e Vida, e como lema: “Que vida vale a pena ser vivida?” acolhendo o ensinamento de Jesus que dizia “eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”. (Jo 10, 10)

2. carta DE APRESENTAÇÃO DAS MOTIVAÇÕES DA 5ª ROMARIA VOCACIONAL
Queridos jovens!
Hoje vos convido a participar conosco de um evento ímpar. É ímpar pelo seu projeto e conteúdo. Trata-se da 5ª ROMARIA VOCACIONAL DA DIOCESE DE FOZ DO IGUAÇU que acontecerá no dia 21 de outubro de 2012, na cidade de Serranópolis do Iguaçu.
Escolhemos como tema: Juventude e vida, e como lema:“que vida vale a pena ser vivida?”acolhendo o ensinamento de Jesus que dizia “eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (Jo 10,10), já como forma de celebrarmos os 30 anos da Pastoral da Juventude em nossa Diocese e atender a convocação feita pelo Papa Bento XVI no anúncio do lema da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013: “ide e fazei discípulos entre todas as nações”(Mt 28,19). A catequese assume diretamente essa missão assumindo esse dia como a Concentração Diocesana dos catequistas para celebrar esse ministério fundamental na vida da Igreja.
Em cumprimento a esse chamado, que nos motiva à ação, à caminhada, nada melhor que participarmos juntos da Romaria Vocacional, que é um momento celebrativo da vocação de cada um(a) e de todas as vocações, um momento de tomada de consciência de nossa responsabilidade pessoal diante de nós mesmos, de Deus e da humanidade, porque todo chamado é enviado a uma missão-tarefa.
Queremos nesse dia, ser instrumento de mobilização da juventude local, proporcionando aos jovens um encontro com Deus, um espaço para o jovem expressar-se, manifestar-se, sentir-se parte da Igreja, dando assim seu testemunho público de fé para podermos responder algumas perguntas que nos cercam:
Jovem, porque você faz aquilo que faz?
Qual é a sua motivação?
O que dá sentido a sua vida?
“Que vida vale a pena ser vivida?” é a pergunta que nos coloca em continuidade com a Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens, que já começa a produzir frutos e, por isso, manifestar-se como proposta de vida assumida.
O Senhor chama a todos nós, jovens, para sermos fortes em tempos difíceis: “Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes e a palavra de Deus permanece em vós” (1Jo 2,14), tempos onde os jovens estão trocando a felicidade de Deus, pelo prazer do mundo por meio das drogas, consumismo, pornografia; mas Deus é rico em misericórdia e olha para os jovens com esperança, com olhar promissor. Você pode mais! É pela fé que iremos vencer. A nossa vitória virá quando a nossa fé for uma fé ativa, uma fé que faz.
Jovem, você é uma nascente de emoções, força, energia, vigor, trabalho, vida, disposição, aventura, rapidez, inteligência, alegria e coragem.
E lembre-se sempre: Deus não nos mede pela idade, Deus nos mede pela conduta, Deus nos mede pela fé. Nós não temos valor para Deus pelos anos vividos, mas pela intensidade da nossa vida.

3. explicação do cartaz
A 5ª ROMARIA VOCACIONAL DA DIOCESE DE FOZ DO IGUAÇU acontecerá no dia 21 de outubro de 2012, na cidade de Serranópolis do Iguaçu.
Escolhemos como tema: Juventude e vida, e como lema:“que vida vale a pena ser vivida?”acolhendo o ensinamento de Jesus que dizia “eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (Jo 10,10).
A vida da nossa juventude a parece expressa na caminhada das Romarias Vocacionais que já aconteceram em nossa Diocese. É essa vida de comprometimento com a comunidade que vive sua fé em Jesus Cristo que é a resposta à pergunta: “Que vida vale a pena ser vivida?”
Nossa realidade apresenta muitas cruzes que foram denunciadas na Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens, mas o anúncio do ressuscitado manifesta-se na Cruz Peregrina da Jornada Mundial da Juventude Rio-2013. A 5ª Romaria Vocacional será em nossa Diocese a abertura dos preparativos para a Jornada Mundial da Juventude.
A 5ª Romaria Vocacional expressa a preocupação da Diocese de Foz do Iguaçu com nossas crianças, adolescentes e jovens porque no dia 21 de outubro iremos proporcionar a todos um encontro com Deus, um espaço para o jovem expressar-se, manifestar-se, sentir-se parte da Igreja. O trabalho da Animação Vocacional, a concentração diocesana dos catequistas, a celebração do Dia Nacional da Juventude e a comemoração dos 30 anos da Pastoral da Juventude serão as nossas motivações para esse dia todo especial.

4. Programação
8:30h – Chegada
9:00h – Abertura
9:15h – Celebração da Eucaristia
10:30h – Caminhada
12:00h – Intervalo de Almoço
12:30h – Shows locais
14:00h – Show Grupo Mensageiros de Cristo
15:45h – Celebração de Encerramento

5. PROGRAMAÇÃO TEMÁTICA
1ª Parada – Acolhida e introdução no tema –RESPONSÁVEL: Pastoral Vocacional
2ª Parada – Celebração Eucarístican – Responsável: Paróquia N. Sra. de Fátima e Pastoral da Liturgia e canto.
3ª Parada – Vocações e ministérios leigos –RESPONSÁVEL: Catequese
4ª Parada – Comemoração dos 30 anos da PJ na Diocese – RESPONSÁVEL: Pastoral da Juventude
5ª Parada –Encerramento – Abertura da Jornada Mundial da Juventude – RESPONSÁVEL: Jovens dos movimentos - Abertura do ano da Juventude – Entrega da Cruz peregrina

6) SHOW COM O GRUPO MUSICAL MENSAGEIROS DE CRISTO
Vá conhecendo o Grupo Mensageiros de Cristo que fará um show todo especial na nossa romaria:
http://www.youtube.com/watch?v=XKyRhjnJ_As&feature=endscreen&NR=1

7) ORGANIZAÇÃO
A 5ª Romaria da Diocese de Foz do Iguaçu é uma promoção da Comissão para a Juventude da Diocese de Foz do Iguaçu. A Comissão para a Juventude é composta pelas Pastorais da Juventude, Adolescentes, Universitária; Serviço de Animação Vocacional, Seminário Diocesano, e pelos Jovens dos Movimentos (Cursilho, Tabor, RCC)
O objetivo desse trabalho e unir forças e iniciativas no trabalho com as crianças, adolescentes e jovens de nossa Diocese.


8) Coordenação Geral do Evento:
Pe. Fabio Augusto Welter – Coordenador Diocesano da Pastoral Vocacional
Pe. Edivaldo Donato Bernardo – Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Serranópolis do Iguaçu.
Pe. Ivanildo Gasparrini – Assessor Diocesano da Pastoral da Juventude
Alberto Kamer – Coordenador Conselho Pastoral Paroquial – Par. N. Sra. de Fátima


9) DIVULGAÇÃO
* Cartaz
* O Site da Romaria que terá todos as informações - www.romariavocacional.com.br
* Camisetas (os responsáveis de cada grupo devem fazer o pedido da quantidade e tamanho pelo site da romaria.

9 de agosto de 2012

Aula da Escola de Catequistas Formadores

Síntese do material trabalhado na Escola de Catequistas Formadores da Diocese de Foz do Iguaçu no dia 04 de agosto


 


“Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria” (Doc. Aparecida, 29)


Algumas perguntas para início de conversa:


O que é a Bíblia?


Como é o teu contato com a Palavra de Deus?


O que significa dizer que a catequese precisa ser evangelizadora?


Como é a tua catequese?


 


Um ponto de partida


Hoje se fala de uma nova evangelização, ou seja, uma postura que deseja o despertar da fé, mesmo nos países católicos por tradição.


 


Conversão pastoral para um novo contexto


Não se pode manter uma prática evangelizadora reduzida a devoções fragmentadas, participação ocasional em alguns sacramentos, repetição de princípios doutrinais e morais, o que não irá resistir ao embate do tempo (DAp 12).


Em tempos de nova evangelização é urgente um novo rosto da catequese - CATEQUESE EVANGELIZADORA


 


Plano Diocesano de Ação Evangelizadora 2012-2015


08 – OBJETIVO GERAL: EVANGELIZAR, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à Luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, na Renovação Paroquial rumo ao Reino definitivo.


O discípulo missionário de Jesus Cristo faz parte do Povo de Deus e vive sua fé em comunidade. Sem a pertença à vida comunitária, não há como concretizar o Reino de Deus, inaugurado, entre nós, por Jesus. A comunidade exerce a dimensão da acolhida e, ao mesmo tempo, é formadora de discípulos missionários, enviados em missão, sendo portadores da Boa Notícia do Mestre, em um tempo marcado pela mudança de época. Na busca por uma vida comunitária, é fortalecida a fraternidade.


Em nossa Igreja particular, ao assumirmos a Renovação Paroquial, queremos uma evangelização inculturada no mundo urbano. É preciso conhecer a cidade e sua realidade complexa. Tanto nos grandes centros urbanos como nos pequenos, é preciso passar de uma pastoral de conservação para uma pastoral missionária, com ênfase na evangelização. E isso exige conversão pessoal e pastoral.


Para atrair os distanciados para o encontro pessoal com Jesus Cristo, nossas paróquias necessitam se tornar comunidades vivas e dinâmicas.


Queremos que a paróquia seja uma rede de comunidades: comunidade de comunidades, onde as pessoas acolhem a Boa Notícia de Jesus em sua realidade local. É preciso que estas comunidades se unam na partilha da fé e na missão para concretizarmos o caminho escolhido que é o da setorização paroquial, não só em unidades territoriais menores como também em comunidades afetivas e ambientais.


Na setorização vamos continuar investindo nos Grupos de Famílias os quais tem marcado positivamente a vida eclesial de nossa Diocese.


A setorização é uma prioridade em nossa Igreja Particular (Diocese). É um extraordinário espaço de evangelização num mundo que é cada vez mais urbano e que tende a isolar as pessoas num individualismo nada evangélico.


a) Muitos dos fiéis batizados não são evangelizados. As crianças que fazem a Primeira Comunhão Eucarística não perseveram, os jovens crismados somem da Igreja. Muitos casais casam-se na Igreja, mas depois não vivem como Igreja, não fazem de sua família uma “Igreja doméstica”. Essa defasagem entre a recepção dos sacramentos e o modo de viver a fé não está de acordo com o Evangelho de Cristo. É preciso que haja uma nova evangelização. Não podemos continuar sendo Igreja que se limita a distribuir sacramentos, sem a devida evangelização. Daí a razão pastoral dos setores como um dos meios de evangelização.


b) Nos setores, pequenas células das comunidades e da paróquia, faz-se a experiência de Igreja nas casas, nas ruas e condomínios. Com os setores não construímos templos de pedra ou madeira, mas comunidades vivas.


c) Os setores são um belo modo de ser Igreja: Igreja missionária, Igreja nas ruas, nas casas, Igreja Povo de Deus. Não podemos permanecer na sacristia, nem na secretaria paroquial. Em vez de ficar reclamando que o povo não vem às missas, às nossas reuniões etc., nós é que temos de ir ao encontro do povo, ir aonde o povo está. Os verbos ir, sair, partir, caminhar, tão próprios da atividade missionária, são muito usados no livro dos Atos dos Apóstolos para falar da atividade missionária das primeiras comunidades cristãs.


d) Nos setores há continuidade da catequese em família, da catequese com adultos. Neles surgem novas lideranças, vocações e ministérios.


e) A cultura e a sociedade atuais favorecem muito o anonimato e o individualismo. O ser humano, criado para a comunhão, não suporta a solidão, nem a massificação. Almeja o encontro, o diálogo, a experiência de comunidade. Os setores oferecem oportunidade de encontro e associação, amizade e entre-ajuda.


f) Os setores colaboram para que nossa ação pastoral, evangelizadora e missionária faça a passagem de uma pastoral da conservação para uma pastoral da criatividade, da renovação das estruturas, da conversão pastoral das pessoas, das comunidades e de toda a Igreja.


CATEQUESE QUERIGMÁTICA


Vem de keryx = anunciador
Kerygma = anúncio


 


Querigma


“O termo 'querigma' é uma derivação do verbo keryssein (pregar, proclamar, tornar conhecido) e designa, já desde os primeiros dias do cristianismo, o núcleo central da 'boa notícia' da salvação de Jesus Cristo...


...É o primeiro anúncio do evangelho, cuja a essência é proclamar um grande acontecimento de salvação, até então jamais pensado ou imaginado: que o homem Jesus de Nazaré é o Filho de Deus, que assumiu inteiramente a carne humana, que abraçou a cruz, morreu e ressuscitou para a salvação de todos”.(D. JOSÉ PERUZZO)


É o primeiro momento da Evangelização


Proclamação de Jesus Cristo: Seu amor, a salvação, sua vida, morte e ressurreição!


É uma comunicação afetiva, entusiasta da fé.


“Quem não crer, não experimentará; e quem não tiver experimentado, não entenderá” (Santo Anselmo)


O Espírito do Senhor está sobre mim, me ungiu para proclamar...


Reafirmando... Querigma:


Não tem a fé como pressuposto.


Deseja acender a fé e o encontro pessoal com Jesus Cristo.


Reafirmando... Querigma:


Não é uma comunicação de verdades teóricas, mas de uma experiência de fé.


Centra-se na pessoa de Jesus Cristo e o seu Reino.


O discurso de Pedro após Pentecostes!



Exemplos
At 2,14-41 (discurso de Pedro aos judeus)


At 10,34-48 (discurso de Pedro aos gentios)


 


QUERIGMA O que é?


O Documento de Aparecida estimula muito a proclamação do querigma como o anúncio central da fé em Cristo, do Reino que começa com a sua chegada, da salvação que oferece a todo aquele que crê, do destino de vida eterna e da vivência da fé como irmãos na Igreja, antecipação e realização do Reino já neste mundo.


            O querigma é a narração aos que não creem do que Jesus faz por mim como Messias e Senhor. Não é uma teoria, uma filosofia, uma ideologia, mas a proclamação de um acontecimento salvífico que está ocorrendo.



 


Um olhar para a realidade


Passamos por uma mudança de época: espaço virtual, globalização, tecnologia e pesquisa.


Mudamse os referenciais do juízo ético, dos padrões históricoculturais. Esses padrões nos deixam com a sensação de que nosso passado se perdeu na distância do tempo, pois ficou velho demais, os padrões são outros.


Isso nos leva a uma crise de sentido da vida, ao subjetivismo exacerbado, e muitas vezes ficamos perdidos diante da pluralidade de concepções e alternativas.


A fé é posta à prova com a crise de valores: banalização da pessoa, corrupção, destruição do meio ambiente, e o sucesso de conversões motivadas pela teologia da prosperidade.


O impacto do pluralismo cultural e religioso marca o fim da era de Cristandade e põe em crise o paradigma tradicional da transmissão da fé.


Assumir o modelo catecumenal exige uma prática pastoral que abandone o conceito de Cristandade.



 


Diante desta realidade: A NECESSIDADE DO PRIMEIRO ANÚNCIO


Não podemos pensar que as pessoas já sejam EVANGELIZADAS. Mais do que nunca se faz necessário o “primeiro anúncio” em todas as formas de catequese e que todo encontro de fiéis se torne ocasião para recuperar o coração da fé (querigma) e o convite para a adesão inicial.


Entre tantas propostas de fé, urge fazer a experiência no Deus uno e trino, como comunidade de amor. Conhecer e relacionarse com Jesus de Nazaré e sentirse incomodado com o anúncio do Reino.


Sentimos a urgência de desenvolver em nossas comunidades um processo de iniciação na vida cristã que comece pelo querigma e que, guiado pela Palavra de Deus, conduza ao encontro pessoal, cada vez maior, com Jesus Cristo [...] e que leve à conversão, ao seguimento em uma comunidade eclesial e a um amadurecimento de fé na prática dos sacramentos, do serviço e da missão. (DAp 289)



Alimenta-se essa experiência do encontro no cultivo da amizade com Cristo na oração, no apreço pela celebração litúrgica, na experiência comunitária e no compromisso apostólico mediante um permanente serviço aos demais. (DAp 299)


Proclamar o querigma é suscitar a fé em Jesus de Nazaré como Messias e Filho de Deus, de modo que tal aceitação se atualize em salvação para o INICIANTE.


A catequese querigmática vai nos ajudar a ser mais testemunhais em nossa maneira de propor a fé. Sobretudo se nós cremos e vivemos pela fé: “Quanto a nós, não podemos deixar de falar sobre o que vimos e ouvimos” (At 4,20)


Ou, então: “O que contemplamos e o que as nossas mãos apalparam da Palavra da Vida — vida esta que se manifestou, que nós vimos e testemunhamos, vida eterna que a vós anunciamos” (1Jo 1,1 2).


Anunciar o querigma implica comunicar a própria experiência de fé, posicionarse como pessoa de fé numa sociedade que duvida, questiona, põe à prova as convicções do missionário.


Não se trata só de falar a verdade de fé, antes se trata de apresentar um estilo de vida, uma postura, um modo de ser no mundo, em que se demonstra a fé na qual se crê, se celebra e se estabelece relações com o próximo.


Só se empolga o ouvinte com a mensagem de vida que se tem a oferecer, mas que, antes de tudo, é mensagem de vida para quem anuncia. A vibração interior é fundamental.


[...] O centro do primeiro anúncio (querigma) é a pessoa de Jesus, proclamando o Reino como uma nova e definitiva intervenção de Deus que salva com um poder superior àquele que utilizou na criação do mundo. Essa Salvação “é o grande dom de Deus, libertação de tudo aquilo que oprime a pessoa humana, sobretudo do pecado e do Maligno, na alegria de conhecer a Deus e ser por ele conhecido, de o ver e se entregar a ele” (EN 9; DGC 101).


O querigma apresenta o primeiro anúncio vigoroso da pessoa de Jesus Cristo, do Reino, da Igreja e da salvação.


“Aqueles que serão seus discípulos já o buscam (cf. Jo 1,38), mas é o Senhor quem os chama: ‘Seguime’(Mc 1,17; Mt 9,9).


É necessário descobrir o sentido mais profundo da busca, assim como é necessário propiciar o encontro com Cristo que dá origem à iniciação cristã”. (Ap 278ª)


“Se não houver uma boa acolhida, todos os trabalhos, todas as ações e a comunidade em si estão fadados ao fracasso. Ninguém quer permanecer onde não é bem acolhido. Para que um trabalho dê frutos é preciso, primeiro, que seus agentes sintamse acolhidos.” (PEREIRA, José Carlos. Pastoral da acolhida. Guia de implantação, formação e atuação dos agentes. São Paulo: Paulinas, 2009. p. 131 4)


Como acolhemos as pessoas é o que faz a diferença e determina como vão ser as coisas de agora em diante. A acolhida feita por Jesus é um gesto de amor e só quem ama acolhe aqueles que são vítimas do desamor. A acolhida provoca transformações mútuas. Ao acolhermos, somos, simultaneamente, acolhidos e essa reciprocidade é transformadora, provocadora de situações que geram outros gestos de amor.


“Acolher significa oferecer refúgio, proteção ou conforto. É mostrar, com gestos e palavras, que a comunidade paroquial é o espaço onde se pode encontrar essa segurança.” (PEREIRA, José Carlos)


Por quais meios é possível hoje aproximar nossos catequizandos de um encontro amoroso com Deus em Jesus Cristo? Como podem se sentir amados, chamados, acolhidos, perdoados?


Sabemos que “muitas vezes, a pessoa sincera que sai de nossa Igreja não o faz pelo que os grupos “não católicos” crêem, mas, fundamentalmente por causa de como eles vivem; não por razões doutrinais, mas vivenciais; não por motivos estritamente dogmáticos, mas pastorais; não por problemas teológicos, mas metodológicos de nossa Igreja. Esperam encontrar respostas a suas inquietações. Procuram, não sem sérios perigos, responder a algumas aspirações que, quem sabe, não têm encontrado, como deveria ser, na Igreja” (DAp 225).


A evangelização se dá em dois momentos sucessivos que são complementares e interdependentes:


O Querigma: Primeiro anúncio de Jesus


A Catequese: Ensino progressivo da fé


A catequese, para produzir fruto abundante, que permaneça, deve estar em seu lugar: sempre depois do anúncio querigmático. O querigma é apresentar Jesus, de modo que o indivíduo tenha uma experiência pessoal do Amor de Deus, suscitando nele uma resposta de fé e entusiasmo por Deus e sua Igreja. Somente, então, o indivíduo sentirá desejo e necessidade de se aprofundar na vida nova que experimentou. Então, ele mesmo buscará a catequese para consolidar sua fé em Jesus e na sua Igreja.


QUERIGMA
CATEQUESE
objetivo
nascer de novo, ter vida
crescer em Cristo, ter vida em abundância.
conteúdo
anúncio de Jesus, morto, Salvador, Ressuscitado, Senhor, Glorificado e Messias.
Conteúdos da fé, moral, dogmas, Bíblia, etc.
método
proclamação de Jesus como a Boa Nova e o testemunho pessoal, visando estimular a vontade do evangelizando (= aquele que está sendo evangelizado).
Interação fé e vida
ensino ordenado e progressivo da Fé de toda Igreja, visando iluminar o entendimento.
agente
o evangelizador, que é uma testemunha cheio do Espírito Santo
o catequista, que é um mestre cheio do Espírito Santo
meta
encontro pessoal com Jesus pela fé e conversão e a proclamação de Jesus como Senhor e Salvador
o encontro com o Corpo de Cristo: a comunidade Igreja e, assim, desenvolver a santidade do povo de Deus
resposta
resposta pessoal: Meu Senhor e meu Salvador
resposta comunitária: Nosso Senhor, Nosso Salvador

 


 


O CONTEÚDO DO QUERIGMA


1° Experiência do amor de Deus


Mais que falar do amor de Deus é levar o evangelizado a ter uma experiência, que se sinta amado e que o viva e o experimente.


Reflexão: QUAL A IMAGEM DE DEUS QUE TEMOS? É O DEUS QUE JESUS CRISTO REVELOU?


 


2° Consciência do pecado perante Deus


É muito importante que o evangelizado reconheça-se pecador. Se a pessoa não se sente enferma, se não sente nenhuma dor, se está muito bem, para que lhe serve um médico?


A pessoa necessita conscientizar-se que está enferma e que precisa de ajuda.


Muito mais importante é levar o evangelizado a sentir a necessidade de Deus do que lhe falar do pecado, que ele se conheça pecador, reconheça-se necessitado.


O que faz o pecado?


 


3° Encontro pessoal com Jesus


Muito mais que falar de Jesus, mais que explicar como foi e em que consistiu a morte de Jesus, mais que comprovar que Jesus ressuscitou, mais do que oferecer provas de que Jesus está vivo, mais do que explicar teologicamente nossa salvação por Jesus e em Jesus, o evangelizador deve levar o evangelizado a ter um encontro pessoal com Jesus.


Assim aconteceu com Tomé. Os Apóstolos falaram que Jesus esteve com eles, que havia ressuscitado, mas Tomé não acreditou. E tudo que eles disseram não convenceu a Tomé de que Jesus esteve com eles, mas quando Tomé encontrou-se com Jesus e pode tocá-Lo, apalpá-Lo, quando ele experimentou, ele se convenceu.


REFLEXÃO: Posso dizer que encontrei Jesus, que tive um encontro pessoal com Ele?


 


4° Ato de fé


Levar o evangelizado a dar um passo de fé, um ato de que crê em Jesus, um ato que o leve a depender, de buscar, de confiar somente em Deus. Levá-lo a um momento de conversão, a um desejo profundo de mudança, a um desejo de trocar sua vida pela vida de Jesus.


REFLEXÃO


A admiração pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam em você uma resposta consciente e livre desde o mais íntimo do seu coração? Ao saber que Cristo o chama pelo nome, sente-se chamado a dar uma adesão a toda a sua pessoa e tornar-se seu discípulo missionário?


 


5° Aceitar Jesus


A porta do nosso coração não tem fechadura por fora, o nosso coração abre-se por dentro. Uma das metas então, é levar o evangelizado a proclamar não somente com a boca, mas com o coração.


- Aceitar Jesus como seu Senhor.


Em Marcos, Pedro, modelo do cristão, interpelado por Jesus sobre o que os discípulos pensam dele, responde:


“Tu és o Cristo” (Mc 8,29)


Toda evangelização tem a missão de fazer com que o evangelizado se sinta chamado a FAZER A SUA PROFISSÃO DE FÉ, como Pedro e a proclamar a Jesus como o seu Salvador, o enviado do Pai.


- Tu és Jesus, o meu Senhor e meu Rei!


 “O Senhor cooperava com eles (apóstolos) e confirmava a Palavra com os sinais que a acompanhavam” (Mc 16,20)


A cooperação de Jesus significa a ação da graça na aceitação da fé nele. Portanto, crer em Jesus, significa ouvir o anúncio de que Ele é o salvador e aderir a Ele sob a ação da graça.


REFLEXÃO: Realmente aceitei Jesus COMO O SENHOR E REI em minha vida?


 


6° Pedir e receber o Espírito Santo


1. A PROMESSA DO PAI


Deus prometeu fazer uma nova aliança com o homem, e o sinal desta aliança é um espírito novo e um coração novo.


(Ez11, 19-20; 36,26 Jr 31,33)


2. CUMPRIMENTO DA PROMESSA - PENTECOSTES


3. FRUTOS DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO


· Conheceram verdadeiramente a pessoa de Jesus e a sua missão


· A transformação dos corações


· Jesus, centro de suas vidas


· Testemunho com palavras e obras


· Nascimento da Igreja


A promessa é para nós hoje (At 2,39), pois o mesmo Espírito quer fazer de nós criaturas novas. A promessa é de graça; basta crer em Jesus e ter sede de água viva; pedir e buscar a conversão a cada dia (At 2,38)


Pedir uma unção do Espírito Santo no momento em que está evangelizando, lembrar que esse é o momento em que Deus sela com o Espírito Santo, manifestando seu amor, comprovando com a presença do Espírito Santo.


 


7° Integrar-se à comunidade cristã


Se ao evangelizar não levar à comunidade, todo o esforço, todo o trabalho foi inútil porque se anuncia a vida nova e a vida nova tem que ser em plenitude, que só a comunidade pode ajudar a acontecer, a perseverar, a seguir amando a Jesus, a continuar a se deixar seduzir através de sua Palavra, dos sacramentos, através de sua Igreja e através dos irmãos.


- Reflexão: Como está a minha integração à comunidade? Sou testemunha de vida em comunidade? As pessoas olhando para nós podem exclamar como com os primeiros cristãos: “Vede como eles se amam?”


 


8° Transformação de vida


É necessário que o evangelizado compreenda que a sua vida deve tomar outro rumo, deve ajustar-se a vida de Jesus. Ele deve ser estimulado, motivado a empreender um caminho de retorno.


- Reflexão: Qual tem sido minha resposta ao chamado que Jesus tem me feito? Que mudanças aconteceram em minha vida a partir do momento em que aceitei Jesus como o meu Senhor?


 


Algumas constatações diante dos desafios do primeiro anúncio


O Evangelizador: Proclama e Testemunha
· Proclama Jesus, uma Pessoa Viva e seus atos de Salvação


· Anuncia jubilosamente a Boa Nova: Já fomos salvos


· Apresenta Jesus Salvador como a única solução para cada homem, para a sociedade e para o mundo inteiro


· É testemunha e dá testemunho: Com sua própria vida e em todo tempo e lugar, é testemunha de que graças a Jesus é possível viver de uma maneira nova neste mundo, e que sua morte e ressurreição são eficazes nos dias atuais. E testifica com palavras o que Deus realizou nele.


Não lhe compete:


· Ensinar teorias ou apresentar doutrinas.


· Defender Deus. O advogado é o Espírito Santo.


· Tentar convencer o evangelizando com argumentos, citações bíblicas, sugestão ou qualquer tipo de manipulação dos sentimentos.


· Converter e transformar as pessoas, pois quem converte e transforma é o Espírito Santo.


· Ver o fruto terminado da obra de evangelização.


 


Pedagogia para fazer o Anúncio Querigmático


1) O Querigma deve ser Atual: Hoje


Mais do que falar do Deus eterno, apresentar Deus que hoje ama, que cura e liberta hoje. Que o homem pode obter a Salvação, se hoje crê e se converte; que o dom do Espírito Santo é para os tempos atuais e que é urgente criar o Evangelho na comunidade cristã.


2) O Anúncio Querigmático deve ser direto: a ti


Não se trata de falar impessoal ou teoricamente, mas sim que “Deus te ama pessoalmente”. Não se trata de apresentar o tema sobre a essência do pecado, mas de interpelar o evangelizando, dizendo: “Necessitas de salvação porque não podes salvar a ti mesmo!”. Mais do que uma aula de Cristologia, deve-se oferecer um Cristo Jesus vivo, com quem é possível ter um encontro pessoal e receber o dom do Espírito Santo. Não se trata de falar em abstrato, mas sim, concretamente.


3) O Evangelizador deve concatenar os temas do anúncio querigmático


Deus te ama, mas teu pecado te impede de senti-lo.


Entretanto, Ele já te perdoou e libertou pela morte e ressurreição de Cristo Jesus.


A única coisa que tu deves fazer é crer e converter-te a fim de receber seu amor, que é o Espírito Santo e possas viver na família de Deus, a comunidade cristã.


4) O Evangelizador deve dar seu testemunho de vida


O testemunho pessoal é o centro de uma evangelização eficaz. É o testemunho de como Jesus transformou a vida e como já se vive a vida nova. Portanto, é vivencial e pessoal. Não se apresentam idéias ou doutrinas, mas fatos concretos nos quais foi experimentada a salvação de Jesus.


Como pode alguém afirmar com segurança e convicção que Jesus salva, se ele mesmo não o experimentou de alguma forma? Alguém é testemunha de Cristo, quando aspectos concretos da vida de pecado já morreram na cruz de Jesus e já se participa das primícias da vida nova de Cristo ressuscitado.


Em um testemunho manifesta-se não o que nós fizemos pelo Senhor, mas sim o que Ele realizou em nossas vidas.


Um exemplo é o daquele homem a quem Jesus ensinou a dar testemunho: “Vai para a tua casa e para os teus e anuncia-lhes tudo o que fez por ti o Senhor na sua misericórdia” (Mt 5,19)


O testemunho deve terminar sempre com uma explícita exortação: “Se fez em mim, pode fazer em ti. O Senhor quer fazer também em tua vida”.


5) O Querigma deve ser anunciado com o poder do Espírito Santo


É o Espírito Santo quem impulsiona cada um para anunciar o Evangelho e quem faz aceitar e compreender a Palavra da Salvação.


“Não haverá nunca uma evangelização possível sem a ação do Espírito Santo. As técnicas de evangelização são boas, mas nem as mais aperfeiçoadas poderiam substituir a ação direta do Espírito” (E.N. 75).


Jesus prometeu estar conosco até o final dos tempos.


O que isto significa?


Que Ele atuará em nós com a graça, com a força da presença de ressuscitado , chamando-nos à fé, dando-nos o poder de crer, e mantendo-nos na fidelidade da fé.


6) A santidade do evangelizador


O verdadeiro evangelizador é quem traz em si a imagem de Cristo Jesus. Só quem tem o estilo de vida de Jesus é capaz de ser canal de sua vida. Um evangelizador santo atua com pureza de intenção porque só tem um objetivo em sua vida e não busca nenhuma compensação humana de benefício pessoal: que Jesus Cristo seja mais conhecido, seguido e amado por todos os homens.


7) O evangelizador deve ser movido pelo amor


O Evangelizador deve ter amor ao Evangelho, a Jesus e ao evangelizando. Sem ele o ministério do evangelizador seria como bronze que ressoa. O evangelizando deve sentir, de algum modo, um lampejo do amor de Deus, através de cada gesto e atitude do evangelizador. “A obra do evangelizador supõe um amor fraternal àqueles que evangeliza” (E.N. 79)


8) Usar as Escrituras


A Palavra de Deus é sempre viva.


Nela, Deus sempre fala em tempo presente. É uma Palavra que se encarna na pessoa e a leva a ser presença de Jesus vivo para os outros".


9) O Evangelizando deve tomar uma decisão


Jesus quer entrar pelo coração para chegar ao cérebro.


Desafiar o evangelizando a tomar a grande decisão de sua vida: adquirir a pérola preciosa vendendo todas as demais ou permanecer surdo a sua voz.


Dizer sim ou não, mas não ficar indiferente frente ao oferecimento da salvação. Portanto, não se trata de convencer, de seduzir, menos ainda enganar ou chantagear! Simplesmente, é uma questão de que, diante da pessoa de Cristo Jesus, se diga um sim total ou um não completo. Quando o evangelizando fica morno ou indiferente, devemos verificar se estamos apresentando a pessoa viva de Jesus ou estamos propondo teorias.


10) Acompanhar o evangelizando


O evangelizador participa da paternidade de Deus, pois gera a vida de Cristo nos outros. Mas esta paternidade deve ser responsável, zelando por aqueles que foram gerados na fé. Nosso compromisso não termina com fazer o evangelizando nascer de novo, mas em oferecer-lhe os meios de crescimento e de integração em uma comunidade de serviço dentro da Igreja. Portanto, é importante que se acompanhe o evangelizado, como fazia Paulo: “Tornemos a visitar os irmãos por todas as cidades onde temos pregado a Palavra do Senhor, para ver como estão passando.” (At 15,36).


11) Integração com a Igreja


A Igreja é evangelizadora e, ao mesmo tempo, é um Evangelho, porquanto, é ela mesma uma manifestação da Nova Vida trazida por Jesus. O objetivo último da evangelização não é a transformação de indivíduos isolados sem nenhum nexo entre si, mas a integração de comunidades cristãs autênticas, onde é vivida a salvação trazida por Cristo Jesus


E mais, a vida em plenitude só se experimenta em plenitude em união efetiva com os demais irmãos na fé: a Igreja.


Toda a evangelização tende à integração das comunidades cristãs, onde se manifesta de maneira clara e efetiva o amor de Deus derramado por nós, em nosso coração, pelo Espírito Santo.


A comunidade não é opcional. É absolutamente necessária para perseverar na vida nova. Ela nos garante o crescimento e o desenvolvimento do neo-evangelizado. Sem ela, a semente da Palavra da Salvação será afogada pelas preocupações da vida e os valores anti-evangélicos que regem o mundo. À comunidade não se assiste, mas pertence-se. Faz-se parte ativa dela. Ali, dá-se e se recebe amor como o de Jesus: que nos dispõe a entregar a vida pela pessoa amada. Isto é o que essencialmente forma a comunidade: o amor cristão.


Reflexão: Será que posso me considerar evangelizado?

 

OBSERVAÇÃO:

* O trabalho de estudo em casa será postado posteriormente.