28 de dezembro de 2013

Como desejar "Feliz Ano Novo"

Ano novo feliz
“Feliz Ano Novo” é o augúrio contido nos votos tradicionalmente feitos, no desejo de cada coração e, particularmente, nas urgências e demandas que os variados cenários da sociedade estão gritando em alta voz. Ano Novo pela contagem de um dia após o outro não é novidade. O tempo passa inexoravelmente. Ninguém o detém e ele corre talvez ainda mais veloz na atualidade. São avalanches de solicitações, possibilidades, necessidades criadas, mas pouca interioridade.
Os grandes mestres ensinam que o tempo é, sobretudo, uma questão de interioridade. Se tudo é centrado na exterioridade e nas aparências, o tempo não só passa muito rápido como também de maneira pouco aproveitável. Desse modo, a cidadania fica comprometida, habitua-se a superficialidades e, lamentavelmente, o tempo da vida é compreendido como momento para se buscar o atendimento de interesses mesquinhos. Sem interioridade, adota-se um modo egoísta de viver, sem comprometimentos com a ordem social e com a lúcida exigência para as dinâmicas políticas.
O desejo de “Feliz Ano Novo”, para além da formalidade, uma expressão automática, até maquinal, para ser realidade, precisa de algo mais. É urgente cultivar uma nova sensibilidade social e política, formatando de maneira nova a cidadania. A “novidade” do “ano novo” depende do sentido social que alavanca e impulsiona a condição cidadã de cada indivíduo. Esse sentido inclui desde a educação de não jogar um papel de bala fora do cesto de lixo até a esperada competência e velocidade indispensáveis nas ações dos que governam, dos que têm maiores responsabilidades como construtores da sociedade pluralista.
O profeta Isaías, para despertar a consciência do povo, ação insubstituível para a novidade no tempo, fala do sentimento e do propósito de Deus a ser também assumido por todos os cidadãos de boa vontade. Ele compartilha que Deus, por amor, não descansa enquanto não surgir na sociedade, como luzeiro, a justiça, e não se acender nela, como uma tocha, a salvação. Deste modo se desenha o caminho para desdobramentos que possam trazer o novo, na contramão de interesses meramente grupais, partidários e religiosos, algumas vezes mesquinhos e alienantes.
O ano de 2014 não pode se resumir ao período eleitoral, considerada a sua importância decisiva, e nem simplesmente na festa da Copa do Mundo. Deve se constituir nesse tempo que se inicia uma chance para que os políticos não esgotem suas ações em meandros partidários, visando interesses próprios e de apoiadores. O sinal estará dado na qualidade do discurso, que deve ultrapassar o conservadorismo de ataques mútuos ou de armação de ciladas. A hora é de propor ações e programas com comprovada autoridade política, a partir do entendimento de que o povo é o verdadeiro detentor da soberania.
Esta compreensão inclui, pois, a competência e a sensibilidade requeridas para priorizar as necessidades do povo. Nesse sentido, ainda longo é o caminho e necessários são os ajustamentos nas práticas executivas governamentais. Nota-se uma falta de sensibilidade social e embasamento humanístico, nos mais diversificados setores, inviabilizando atendimentos básicos, como transporte, moradia, saúde, educação, lazer. A burocratização e a redução de tudo a números, analisados e tratados nos escritórios, comprovam essa falta de sensibilidade.  Revelam ausência de formação humanística que estreita a própria cidadania, permitindo uma satisfação a partir de indicadores que, mesmo volumosos, não podem camuflar a aflição dos outros, particularmente dos mais pobres e sofredores.
As estratégias e metas são importantes nas definições e nas escolhas. Imprescindível é o cultivo da sensibilidade social, à luz da fé e inspirada por um alto sentido de cidadania. Caso contrário, “chove-se no molhado” e não se verificam avanços globais, com o necessário envolvimento de todos. Em busca do novo para o Ano Novo, vale ter em conta a indicação do Papa Francisco, para quem crê e para quem quer honrar sua cidadania. O Papa sublinha que cada cristão, cidadão e comunidade tem o dever, se quiser gerar o novo, de ser instrumento de Deus e da cidadania, a serviço da libertação e da promoção dos pobres. Essa é a única via de capacitação para contribuições relevantes no diálogo em vista da paz social. Se todos seguirem essa indicação, 2014 poderá ser, efetivamente, um “Ano Novo”.
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Dom Walmor Oliveira de Azevedo O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma (Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma (Itália). Membro da Congregação do Vaticano para a Doutrina da Fé. Dom Walmor presidiu a Comissão para Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante os exercícios de 2003 a 2007 e de 2007 a 2011. Também exerceu a presidência do Regional Leste II da CNBB - Minas Gerais e Espírito Santo. É o Ordinário para fiéis do Rito Oriental residentes no Brasil e desprovidos de Ordinário do próprio rito. Autor de numerosos livros e artigos. Membro da Academia Mineira de Letras. Grão-chanceler da PUC-Minas.
 
Fonte:

O mundo cristão aplica as leis?

Estamos chegando mais uma vez no dia 25 de dezembro, data em que é celebrada desde o século IV no Ocidente a festa do Natal. Comemorarmos o nascimento de Jesus. É Deus que se fez carne e veio permanecer entre nós, trazendo diretrizes e modos para se viver bem. Nos escritos de Mateus 22, 37 pontua: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Em uma simples reflexão: será que é isso que o mundo anda fazendo em relação esse texto do livro sagrado?
O mundo que é chamado nas modalidades do cristianismo – cristão, nasce com a ajuda e propagação por meio da fé. Mas estamos vivendo em tempos em que esse século pode ter o merecimento de se dizer que é cristão? Obviamente não devemos deixar de mencionar que os primeiros cristãos por diversas vezes tiveram por hábito o uso de força e poder que lhes foram concedidos. E na mesma linha não devemos deixar escapar da memória, as oportunidades que lhes foram propiciadas por esse poder – e não sendo por ele, talvez hoje não teríamos a fé cristã, que é bem expressiva no ocidente atual.
Por motivos desta natureza, não devemos ligar as coisas somente aos erros, mas certamente nas dignas condutas. Infelizmente, não é só isso que ocorre, mas graças a Deus o sol nasce todos os dias, e, no entanto, não são todos os cristãos que ali o apreciam e agradecem o Senhor por esta grandeza. E nesse raciocínio nos deixamos de recordar das boas obras, sendo bem mais fácil recordar das tempestades, do que desse precioso sol.
Nós nos lembramos da luz quando está falta e eruditamente, lembramos das coisas que estão ao nosso dispor quando estas faltam surpresamente. Dessa forma também acontece no mundo ocidental que se diz cristão, que lamentavelmente, em meu pensar, está distante para conseguir esse mérito. Podemos afirmar, com mérito sem medo de errar – bastando apenas estudar, mesmo com reservação e longe da fé, que não deparemos nem um só item que seja contrário ao bom senso, a transparência e a ausência de obstáculos de vida que o cristianismo assegura a quem o vive. Sabemos que, se todas as pessoas assim o fizessem, é claro que estaríamos em outro mundo, bem melhor.
O cenário é composto de aproximadamente 33% sendo 17,4% de cristãos incluindo os católicos e 15,6% dos inicialmente chamados protestantes, estes em geral se subdividiram em milhares de denominações começando com os luteranos, os que mais justificam separação, anglicanos e outras diversas denominações que vieram se subdividindo e que até hoje continuam se separando.
Acreditamos que isso um dia deve parar de existir, e ao contrário vai acontecer a unificação como é vontade do Pai. Nos escritos do profeta João, em 17, 21, pontua que: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” Já que isso não vem acontecendo devemos constatar a rivalidade das doutrinas e filosofias que foram intencionalmente colocando a fé ao seu modo de concepção, que no meu pensar desacertadamente. Acreditam que podem transigir os princípios cristãos, como se as leis de Deus fossem desequilibradas e pudessem ter nova versão. Na verdade isso é bem cômico para evitar dizer apocalíptico, ademais, é curioso como os mesmo que depreciam a fé originária cristã, são os que muitas das vezes estão distantes dela.
Drogas, vícios, aborto, matança por poder, pena de morte, formas de crucificação, dinheiro abusivo, dominação de povos nas condições de governos, sexo libertino e alienação em áreas afastadas do cristianismo e que são logicamente proibidas por Jesus e seus discípulos, acontecem no lado do denominado mundo cristão.
Nações que foram pioneiras nas práticas de sexo libertino tem predomínio da fé evangélica e católica, mas infelizmente parece que se olvidaram das mais importantes leis. Leis de Deus!!! Muitas das vezes fico imaginando – Os governantes desses países batem no peito e dizem ser cristãos e governam suas nações, ou será que eles não são coisa nenhuma de cristãos?
Nesta ocasião não demonstrarei as bases bíblicas para não gerar mais discussões acerca do assunto, sendo apenas uma opinião pessoal que desenvolvi, comprovando que todos nós motivamos erros em alguns momentos de nossa vida.
O momento atual é para festejarmos o Natal.... já que estamos chegando em mais um aniversário de Jesus e que comemoramos. E será que neste mundo ocidental, onde estão à maioria dos cristãos, sabe que é realmente o Natal? Independente de saberem ou não, desejo a todos um Feliz Natal, e que o aniversariante seja lembrado intensamente ao menos no dia do seu aniversário...
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André Marques é advogado, consultor, escritor e Doutorando em Direito
Fonte:

27 de dezembro de 2013

Uma família humana, alimentos para todos (Cáritas)



CAMPANHA MUNDIAL
Entenda a proposta da Caritas Internationalis para a campanha “Uma família humana, alimentos para todos”

O que é?
“Uma família humana, alimento para todos”, é uma grande campanha feita pela confederação mundial da Caritas Internationalis, e tem como objetivo de colaborar com a erradicação da fome e da pobreza no mundo.

Quem participa?
Todas as 164 organizações membro da Cáritas são convidadas a participar da campanha. Isso inclui os membros nacionais, como a Cáritas Brasileira, e as Cáritas diocesanas e paroquiais que pertencem a essa grande rede. A coordenação mundial da campanha está sob responsabilidade da Caritas Internationalis.

Como?
Individualmente. A base para qualquer mudança real vem de dentro de nós em primeiro lugar, e na nossa capacidade de ver o rosto de Cristo naqueles que sofrem de fome. Quando começamos a olhar para dentro de nós mesmos e refletimos sobre as questões em torno da fome, tanto no nosso país quanto fora, podemos perceber que somente trabalhando como uma única família em um espírito de compaixão e de unidade é que nós podemos finalmente pôr fim a uma grave injustiça: há comida suficiente no mundo e mesmo assim milhões de pessoas ainda sofrem com a fome.
Nacionalmente
A Caritas Internationalis articulou todas as suas organizações membros para a mobilização em torno do debate em cada país. Cada Cáritas no mundo adaptou a temática da fome e da pobreza a partir das questões relacionadas com a realidade do próprio país. Por exemplo, no Brasil, questões como soberania alimentar e justiça social foram incluídas no debate por serem temas relevantes em uma sociedade que tanto sofre com as desigualdades sociais.
Internacionalmente
A Caritas Internationalis acredita que a implementação dessa campanha em vários países é um passo fundamental para eliminar a fome global. A Caritas Internationalis irá produzir um projeto de lei sobre o direito à alimentação que as organizações nacionais de Cáritas poderão incentivar o governo a adotar. Além disso, a entidade também irá defender na Organização das Nações Unidas uma sessão sobre o direito a alimentação, prevista para ocorrer em 2015 na assembléia geral da ONU.

Onde?
A Rede Cáritas Internacional atua em 200 países. No entanto, a organização também representa o amor cristão para a humanidade mostrando que sempre existem pessoas que realizam atos de caridade.

Por quê?
A alimentação é essencial para viver dignamente. É também algo central para a fé Cristã, começando no ato da transformação do pão no corpo de Cristo, compartilhado com os fiéis durante a celebração da Eucaristia. O primeiro Objetivo do Desenvolvimento do Milênio é eliminar a fome e a pobreza até 2015. Como já estamos chegando a essa data, a confederação Cáritas quer colocar seu poder coletivo e boa vontade e juntar-se com outros a fim de contribuir para o processo de desenvolvimento pós-2015 e por fim ao sofrimento de milhões de pessoas famintas no mundo.


Por que o “direito à alimentação?
Acreditamos que Deus criou um mundo em abundância. Há comida suficiente para todos, mas uma em cada oito pessoas passam fome todos os dias. Nós podemos mudar esta injustiça. O direito à alimentação é humano, legal e claramente definido (veja a Declaração Universal dos Direitos Humanos), dando origem a obrigação dos governos em reduzir tanto a desnutrição, quanto a desnutrição crônica.
Nossa campanha apela aos governos a partir da mobilização social para incluir esse direito em sua legislação nacional. Se isso fosse feito, nós poderíamos tirar cerca de 890 milhões de pessoas da fome. O direito à alimentação protege todos os seres humanos a viver com dignidade, livres da fome, da insegurança alimentar e da desnutrição. O direito à alimentação não se trata de caridade, mas de garantir que todas as pessoas tenham a capacidade de se alimentar com dignidade.

Datas-chave para a campanha
A Caritas Internationalis lança a campanha “Uma Família unida, alimento para todos” no dia 10 de dezembro de 2013. Estamos mobilizando as igrejas e as sociedades ao redor do mundo para participar e aprender mais sobre questões relacionadas a fome e o direito à alimentação.
Haverá uma semana de ação global em outubro de 2014 com diferentes eventos e ações em todo o mundo, instigando os governos nacionais a adotarem o direito à alimentação. Em maio de 2015 a Caritas Internationalis realizará assembleia geral em Roma, na Itália, para as lideranças de todas as suas organizações membro. 

O que você pode fazer?
Junte-se a nós! As organizações nacionais da Cáritas vão organizar ações em nível regional e local. Entre em contato com eles e participe do seu trabalho. Esperamos que a multiplicação de todas essas ações ao redor do mundo irá criar uma onda de apoio ao direito à alimentação.


A CAMPANHA NO BRASIL

No Brasil, o tema da campanha mundial “Uma família humana, alimento para todos”, foi adaptado a partir do contexto e da realidade do país e ficou “Uma família humana, pão e justiça para todas as pessoas”.
Isso porque a campanha no Brasil irá trabalhar na perspectiva dos direitos e da justiça social. A alimentação adequada e de qualidade é um direito humano e por isso deve ser garantido a todos os cidadãos e cidadãs de forma igualitária. 

Lançamento
Não por acaso, o lançamento mundial será no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. No Brasil, o lançamento será em Brasília (DF) também no dia 10 de dezembro em consonância com os demais países. 

O que queremos?
A Cáritas Brasileira pretende com a campanha, que no Brasil vai até 2015, sensibilizar e mobilizar a Igreja e a sociedade sobre a realidade da fome, da miséria e das desigualdades no mundo e no Brasil, além de evidenciar ações promovidas pela Rede Cáritas e pela Igreja no enfrentamento a essas duras realidades. 

Gesto concreto
Como uma de suas principais estratégias, no Brasil, a campanha irá promover um processo de escuta e diálogo junto aos grupos, comunidades e paróquias com o intuito de identificar como as próprias pessoas empobrecidas enxergam a questão da pobreza e da miséria em nosso país. Não queremos retratar a fome, a pobreza e a miséria apenas com números que colocam o ser humano em uma mera condição de estatística. Queremos dialogar sobre a verdadeira face dessa realidade, e quem nos contará essa história serão os próprios rostos da pobreza. A expectativa é que na Semana de Solidariedade em 2014 um documento sistematizado com o resultado de todos esses diálogos seja lançado para toda a sociedade brasileira. 

DADOS DA MISÉRIA, DA POBREZA E DAS DESIGUALDADES
A concentração de renda no mundo
De acordo com o Relatório da Riqueza Global, lançado este ano pelo banco suíço Credit Suisse, se a riqueza produzida no mundo em 2013, que foi de UU$ 241 trilhões, fosse distribuída em partes iguais entre as pessoas adultas do planeta, cada um iria receber UU$ 56.600,00. O relatório ainda aponta que os 10% mais ricos controlam 86% da riqueza global, enquanto apenas 32 milhões de adultos em um mundo com sete bilhões de habitantes (0,7), possuem 41% da riqueza mundial. Além disso, dois terços dos adultos da humanidade – 3,2 bilhões – só conseguem dividir 3% da riqueza mundial.

A pobreza e as desigualdades no Brasil
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil é a sexta economia mais rica do mundo, mas 57 milhões de pessoas ainda vivem em estado de pobreza, ou seja, sobrevivem com meio salário mínimo. Mesmo com programas de distribuição de renda promovidos pelo Governo Federal, 20% dos mais ricos ainda detém 63,8% da renda nacional, enquanto os 20% mais pobres acessam apenas 2,5% de toda a riqueza que é produzida pelo país.
O “Atlas de Exclusão Social: os ricos no Brasil”, mostra que o país tem mais de 51 milhões de famílias, mas somente cinco mil apropriam-se de 45% de toda a riqueza e renda nacional.
Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE), em 2012, em termos absolutos, o estado da Bahia apresentou maior contingente de pessoas na extrema pobreza, 1.126.897 pessoas, seguido dos estados do Maranhão (924.515), Ceará (718.066), São Paulo (666.452) e Pernambuco (609.160). Já em termos proporcionais, Maranhão, Alagoas, Ceará, Bahia e Pernambuco são os que apresentam as maiores taxas. Consideram-se extremamente pobres àquelas com renda domiciliar per capta inferior a R$ 70.

Os indicadores utilizados na tabela abaixo foram o índice de GINI (de 0 a 1, quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade. 1 significaria que toda a renda da sociedade pertenceria a UM indivíduo apenas; 0, por sua vez, significaria a perfeita igualdade, isto é, todos os indivíduos teriam a mesma renda. Acima de 0,5 já é considerada alta a desigualdade. O indicador 10+ / 10- representando a razão entre a renda dos 10% mais ricos sobre a renda dos 10% mais pobres, e, finalmente, o indicador 10+ / 40- representam a razão entre a renda dos 10% mais ricos sobre a renda dos 40% mais pobres. Fonte: LEP/CAEN/Universidade Federal do Ceará (UFC) a partir do PNAD/IBGE

 
2002
 
 
2012
 
 
Variação
 
 
Unidades Federativas
Gini
10+ / 10-
10+ / 40-
Gini
10+ / 10-
10+ / 40-
Gini
10+ / 10-
10+ / 40-
Acre
0.6384
100.32
7.80
0.5634
70.85
4.83
-11.74%
-29.38%
-38.04%
Alagoas
0.6149
84.69
6.12
0.5040
43.97
3.26
-18.03%
-48.07%
-46.69%
Amapá
0.5660
53.70
4.63
0.5487
49.74
4.28
-3.06%
-7.39%
-7.59%
Amazonas
0.5810
96.02
5.27
0.5249
53.01
3.80
-9.65%
-44.80%
-27.95%
Bahia
0.6033
83.30
5.91
0.5538
60.43
4.43
-8.20%
-27.45%
-25.05%
Ceará
0.5999
92.31
5.83
0.5318
47.71
3.93
-11.36%
-48.32%
-32.57%
Distrito Federal
0.6340
113.23
8.12
0.5877
58.76
5.53
-7.29%
-48.11%
-31.92%
Espírito Santo
0.5838
62.52
5.28
0.4950
27.72
3.12
-15.21%
-55.66%
-40.83%
Goiás
0.5590
54.64
4.45
0.4792
25.25
2.85
-14.27%
-53.79%
-35.98%
Maranhão
0.5809
64.13
5.03
0.6234
96.23
6.42
7.32%
50.06%
27.66%
Mato Grosso
0.5770
60.68
4.96
0.5218
32.75
3.57
-9.56%
-46.03%
-28.01%
Mato Grosso do Sul
0.5663
49.26
4.64
0.4883
28.23
2.98
-13.77%
-42.69%
-35.88%
Minas Gerais
0.5666
60.48
4.79
0.5017
32.79
3.25
-11.45%
-45.78%
-32.06%
Pará
0.5774
69.51
4.99
0.5102
39.98
3.45
-11.64%
-42.48%
-30.93%
Paraíba
0.6135
68.22
6.04
0.5363
42.82
3.97
-12.57%
-37.23%
-34.32%
Paraná
0.5425
44.08
4.10
0.4814
27.34
2.86
-11.27%
-37.97%
-30.15%
Pernambuco
0.6211
113.60
6.59
0.5112
43.82
3.46
-17.70%
-61.43%
-47.58%
Piauí
0.6326
105.93
7.11
0.5551
41.20
4.38
-12.25%
-61.10%
-38.45%
Rio de Janeiro
0.5547
47.34
4.36
0.5338
42.71
3.88
-3.76%
-9.77%
-10.83%
Rio Grande do Norte
0.5944
93.61
5.77
0.5413
50.38
4.10
-8.93%
-46.18%
-29.07%
Rio Grande do Sul
0.5521
50.22
4.41
0.4787
27.62
2.85
-13.30%
-45.01%
-35.36%
Rondônia
0.5534
62.59
4.50
0.4871
29.83
3.04
-11.99%
-52.35%
-32.41%
Roraima
0.5676
85.22
4.90
0.5452
48.68
4.19
-3.95%
-42.87%
-14.61%
Santa Catarina
0.4747
26.46
2.81
0.4238
18.37
2.12
-10.72%
-30.56%
-24.75%
São Paulo
0.5580
54.72
4.49
0.4916
27.87
3.03
-11.89%
-49.06%
-32.58%
Sergipe
0.5680
58.70
4.92
0.5474
44.65
4.16
-3.63%
-23.94%
-15.48%
Tocantins
0.5707
57.44
4.68
0.5288
41.66
3.79
-7.35%
-27.48%
-18.95%
 

ORAÇÃO E REFLEXÃO PASTORAL
Oração da Campanha Mundial
Senhor Nosso Deus, que nos confiaste os frutos da criação para que cuidássemos da Terra e nos alimentássemos de sua generosidade. Enviaste teu Filho para partilhar sua própria carne e sangue e para ensinar-nos a Lei do Amor. Por Sua morte e ressurreição, nos tornamos  uma única família humana.
Jesus teve grande preocupação com as pessoas que não tinham  o  que comer. Transformou cinco pães e dois peixes em um banquete que alimentou mais de cinco mil pessoas.
Viemos diante de Ti, Senhor, conscientes de nossas fraquezas, mas com muita esperança, para  compartilhar o alimento com todas as pessoas da grande família humana.
Na Tua sabedoria, ilumina os governantes e todos os cidadãos e cidadãs a encontrar soluções justas e solidárias para acabar com a fome no mundo e garantir o direito de cada ser humano à alimentação.
Por isso Te pedimos, Senhor  Nosso Deus,  que  ao nos apresentarmos diante de Ti,  possamos nos proclamar como parte de “Uma Família Humana” com “Pão e Justiça para todas as pessoas”.
Amém! Axé! Hawere! Aleluia!