11 de agosto de 2011

Vigília da Juventude - Jornada Mundial da Juventude

Olá pesssoal!
entrando em sintonia com os jovens do mundo inteiro que estão reunidos em Madrid, nossa diocese está propondo a Vigília da Juventude no próximo dia 20 de agosto.
a proposta de material está aqui:
http://padrefabiofoz.blogspot.com/p/jornada-mundial-da-juventude.html

vamos nos organizar e rezar pela nossa juventude

A busca do sentido para a vida.

(Artigo retirado do blog http://conexaojuvenil.blogspot.com/ que pode auxiliar para o encontro do grupo de jovens da sua comunidade)
 
No mês passado estava andando por uma avenida movimentada aqui de Curitiba e me deparei com uma movimentação enorme no canteiro que separa as duas pistas da avenida. Muita gente, algumas viaturas da polícia e alguns policiais de arma em punho. Um jovem havia sido executado por inimigos do tráfico de drogas de um bairro próximo. A cena daquele jovem não me saiu mais da cabeça. No dia seguinte comprei o jornal para saber do que se tratava. O que mais me chamou a atenção foi a idade do jovem assassinado: 17 anos. Ele vendia maconha naquele bairro. Estava internado num centro de recuperação e havia saído fazia três dias. Ao retornar para a sua casa, os inimigos não o perdoaram.

Foto: http://bit.ly/k0VBza

Fiquei alguns dias pensando sobre este fato ocorrido. Perguntei-me por diversas vezes o que faz um jovem de 17 anos se enveredar por um caminho que não tem mais volta?

Imagino quantos jovens iguais a esse existem por este mundo. Qual o sentido da vida para eles? Se eles não vêem mais sentido para a vida, por que o perderam?

Foi pensando neste fato que resolvi escrever sobre o sentido de vida. Vamos nessa?

Temos escrito muitas vezes sobre os valores que regem nossa vida. É óbvio que cada um, dependendo de seus interesses, elegem os valores, ou contravalores, que mais lhe convém. Para mim, o maior valor de todos, sem dúvidas, é a VIDA. Para que esse valor seja vivenciado de forma plena precisamos estar atento ao seu significado, ou seja, ao sentido que damos a ela.

Sabemos que a nossa sociedade atual demonstra claramente que a pessoa para ser feliz precisa TER. Se em nossa vida não lutarmos para “ter” as coisas que a sociedade de consumo nos oferece, com facilidade podemos afirmar que a nossa vida não tem sentido se não estivermos na “onda”. Isso justifica as várias maneiras de se conseguir as coisas. Vemos as pessoas numa luta violenta em busca do ter, nem que para isso seja necessário “pisar” no outro. Todas as injustiças que acompanhamos pelos noticiários têm seu fundamento no TER mais. Quando o PODER sobre na cabeça do ser humano, tudo se torna relativo, inclusive a própria vida.

O verdadeiro sentido da vida nós encontramos na busca da felicidade, que se dá justamente quando buscamos também a felicidade do outro. O sentido da vida se centra em nosso projeto de vida, que deveria ter como base o próprio projeto de vida de Jesus Cristo: amai-vos uns aos outros como eu vos amei. É nessa verdade que encontraremos o sentido de nossa vida. Ao abrirmos o nosso coração ao outro vamos aos poucos encontrando o nosso tesouro: a felicidade de viver. Quando nos tornamos egoístas e fechados em nós mesmos vamos perdendo aos poucos o real sentido da vida.

Foto: http://bit.ly/lnTdHp

Querido jovem, buscar o sentido da vida baseando-se somente no nosso TER não vai ajudar em nada em nossa realização plena. O SER é tudo diante dessa realidade. Por isso é muito importante a busca constante do SER cada vez mais. Ser mais humano, mais bondoso, mais amigo. Colocar esse objetivo em nosso projeto de vida vai dar muito mais valor à nossa busca constante de sermos felizes e tornar o nosso próximo feliz. O sentido da vida se conquista através de ações que nos torna seres humanos capazes de “dar a vida ao outro”, de “morrermos” para o nosso egoísmo, para os nossos ciúmes, para as nossas mesquinharias e mediocridade. Somente dessa forma seremos felizes e não ficaremos abandonados, nas mãos de algozes, como aconteceu como aquele jovem de 17 anos que há tempo já havia perdido o sentido da vida.

Queremos renovar, então, o nosso projeto de vida, buscando cada vez mais o sentido para a nossa vida. É um “parada” desafiadora, mas com a graça de Deus e com o nosso esforço chegaremos lá. Força e coragem, pois ELE está conosco.

DINÂMICA
A busca do sentido da vida – dinâmica de motivação e reflexão

Objetivo: descobrir através da realidade que nos cerca motivos que nos levam a descobrir o sentido da nossa vida.

Tempo: 20 a 30 minutos

Número de participantes: até 30 participantes

Material: recortes de jornais ou revistas que mostram as mais diversas realidades (negativas e positivas) no Brasil ou fora. (Ex. guerras, terremotos, gripe aviária, drogas, família unida, cientistas descobrindo remédios e curas, pessoas felizes, nascimentos, lares etc. aqui a quantidade pode variar de acordo com a disponibilidade do material);

Aparelho de som;

Músicas: uma música alegre e agitada e uma música mais reflexiva.

Ambiente: uma sala ou outro local onde os recordes de revistas ou jornais possam ser disponibilizadas, no chão ou na parede.

Desenvolvimento
O coordenador do grupo solicita aos participantes que andem pela sala, ao de uma música reflexiva, olhando os recordes espalhados pela sala. É necessário que neste primeiro momento os participantes façam isso em silêncio. Solicitar que todos os participantes reflitam sobre cada realidade observada.
Após a observação, o coordenador cessa a música e solicita que os participantes respondam para si as seguintes perguntas: analisando a sua vida e comparando com as realidades observadas, qual o sentido que você dá para a vida? Como você valoriza a sua vida? Diante das realidades negativas que você observou que conclusão se pode tirar? Diante das realidades positivas, que conclusões se pode ter? O coordenador recoloca a música. Os participantes podem permanecer caminhando e observando os recortes.
Terminada a reflexão, o coordenador solicita que em duplas ou trios, sentados, partilhem as perguntas dadas anteriormente.
Quando os grupinhos terminarem a partilha o coordenador faz uma reflexão sobre a nossa maneira de ver a realidade e como a enfrentamos (o coordenador pode usar motivações de acordo com a realidade do grupo).
Depois dessa reflexão, o coordenador deixa a palavra livre para quem quiser se manifestar sobre a dinâmica.
Terminada a partilha do grupo, o coordenador coloca a música alegre e pede aos participantes que caminhem pela sala alegres, contentes, pulando, de braços dados, abraçados, em grupinhos de dois ou três e vão recolhendo os recortes negativos e colocando no lixeiro e os recortes positivos no centro da sala. Após esse exercício, o grupo faz um grande circulo ao redor dos recortes positivos e fazem um momento de louvor a Deus pelo dom da Vida, agradecendo as coisas boas da vida e fazendo o propósito de sempre lutar contra o desânimo, contras as desmotivações e propondo se ajudarem mutuamente, sobretudo quando alguém do grupo estiver desmotivado. Esses propósitos podem ser em forma de oração. Termina-se o momento com a oração do Pai-Nosso e com o abraço da paz.

Individualização dos pais (configurações familiares)

 


De acordo com o dicionário Aurélio, família significa “[...] o pai, a mãe e os filhos; pessoas unidas por laços de parentesco, pelo sangue ou por aliança; [...] comunidade formada por um homem e uma mulher, unidos por laço matrimonial, e pelos filhos nascidos dessa união”. Mas a noção contemporânea torna o significado de família bem mais amplo, portanto, de acordo com o mesmo dicionário: “Grupo formado por indivíduos que são ou se consideram consangüíneos uns dos outros, ou por um descendente de um tronco ancestral comum e estranhos admitidos por adoção”.

A família vem passando por uma série de transformações e mudanças ao longo da história, principalmente a partir dos ideais da Revolução Francesa e da Revolução Industrial. São influências sociais, econômicas, culturais, políticas e religiosas.
Um dos grandes desafios da atualidade gira em torno das novas configurações familiares ou novas famílias, novos arranjos familiares, formas de ligação afetiva entre sujeitos onde existe, ou não, uma forma de exercício da parentalidade que foge aos padrões tradicionais: famílias monoparentais, homoparentais, adotivas, recompostas, concubinárias, de produções independentes, e tantas outras.

A família da atualidade é caracterizada por redefinições de papéis, hierarquia e sociabilidade, permitindo diferentes configurações familiares, que estão centradas na valorização da solidariedade, da fraternidade, da ajuda mútua nos laços de afeto e amor (Fonseca, 2002, Rizzini, 2002).
Temos, ainda, as mudanças que afetam diretamente as condições de procriação tais como: barriga de aluguel, embriões congelados, procriação artificial com doador de esperma anônimo e, muito mais breve do que se pensa, a clonagem.
Estas modificações e reestruturações na organização familiar apontam a conclusões que apesar de ainda ser prevalecente na sociedade atual, a família nuclear é um modelo idealizado e reproduzido culturalmente, mas que está passando há longo tempo por um período de transição. Momento este ligado a uma época onde impera o individualismo, a globalização, o consumismo desenfreado, a nova ordem econômica mundial, as novas tecnologias e outros fatores que modificam as relações de trabalho, as relações pessoais e conseqüentemente as relações familiares.
Com isso o que se observa não é exatamente o enfraquecimento da instituição familiar e sim o surgimento dos novos modelos e arranjos familiares.Mesmo com todas as modificações vigentes, o modelo de família nuclear ainda está arraigado culturalmente nas famílias e nas pessoas. As diversas transformações refletidas no campo familiar tem gerado conflitos internos à família, sendo que... ao homem criado desde pequenino para ser “macho”, “durão” provedor e protetor, se cobra de repente que seja “sensível”, colaborador... Criado para competir na “selva” do mercado de trabalho é agora convidado a dar mamadeiras, a trocar fraldas. Criado par prover, agora dele se espera que se reveze com a mulher nos cuidados com o bebê, enquanto ela sai, trabalha e ganha seu próprio dinheiro. À mulher criada desde pequenina para ser “suave”, “sensível”, “compreensiva” e “meiga”, se cobra de repente que seja “indiferente”, “competitiva”, “agressiva” no mercado de trabalho e que progrida profissionalmente (Cerveny, 1997, p.64-65).

No modelo dito “tradicional”, homens e mulheres tinham funções definidas. O pai que trabalhava fora dirigia o carro e passeava com a família nos finais de semana, era o provedor que detinha um poder inquestionável. Os cuidados da casa eram garantidos pela “rainha do lar”.
Neste arranjo, todos pareciam felizes e tudo concordava com uma ordem imutável. Unidos para sempre, para o melhor e para o pior, pelos laços sagrados do matrimônio, as desavenças do casal não constituíam ameaças à estabilidade do lar. Até hoje este modelo é defendido por muitos como o único capaz de sustentar a ordem social e de produzir subjetivações sadias. O certo é que o ambiente familiar, independentemente de seu modelo, é a base de construção da cidadania de cada indivíduo.

www.franca.unesp.br/ANTIGOS E NOVOS ARRANJOS FAMILIARES..
COSTA, A. C. G. A família como questão social no Brasil. In: KALOUSTIAN, S. M. (org.) Família brasileira a base de tudo.7.ed. São Paulo: Cortez, 2005
Mauro Lúcio Ribeiro Lima