Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)
Arcebispo de Uberaba (MG)
É importante refletir sobre a figura do pai na
Semana da Família. Não basta celebrar o “Dia dos Pais” se não pensamos na
revitalização de seu compromisso paterno hoje. É hora de olhar para a figura de
José, o pai de Jesus e sua ação na Família de Nazaré. Nele encontramos todas as
qualidades essenciais para ser um bom pai.
A Palavra de Deus fala de estar com os “rins
cingidos e as lâmpadas acesas” (Lc. 12, 35). Também do dono de uma casa que
está sempre preparado para uma possível chegada de ladrões. Assim deve ser quem
vai ser ou é pai, alguém que teve o cuidado de se preparar, buscando o caminho
para uma boa formação no campo da missão paterna. Podemos dizer que ser
pai é como encontrar uma pérola, uma condição de grandeza e de ser participante
da missão criadora de Deus. Mas também é importante ter atitudes de carinho,
influenciando grandemente na formação de caráter dos filhos. Gerar sem educar
para a vida humana pode ser apenas um ato animalesco.
É falta de compromisso um pai abandonar mãe e
filhos, deixando de contribuir com seu amor e bom exemplo. O bom pai é aquele
que gera, cria, educa, ama, ensina e está sempre presente na vida do filho.
Sabemos que isto não é fácil nos dias de hoje. A sociedade tem valorizado pouco
a família, deixando os pais desarmados para a ação que é de responsabilidade
deles. Recuperando a identidade da família e a missão dos pais,
principalmente do pai, teremos um mundo melhor. Para isto é necessário
equilíbrio entre o ser pai e o ser filho. Ambos precisam selecionar o que é
melhor para a vida, não se deixando levar pelas maldades que chegam,
especialmente via Internet.
É fundamental aprimorar alguns princípios que
ajudam na direção da vida familiar, e que dependem muito da ação do pai. Entre
eles destacamos: o conceito de vida, de honestidade, de colaboração, de
fraternidade e alteridade. Que Deus abençoe todos os pais.
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