SOBRE
A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
(é uma breve síntese das informações gerais obtidas no site oficial: www.rio2013.com )
1.
O que é a
Jornada Mundial da Juventude?
A
Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é uma atividade organizada pela Igreja
Católica para os jovens e com os jovens. Ela é celebrada anualmente nas
dioceses e a cada 2 ou 3 anos, de forma solene, em uma cidade escolhida, para a
qual recorrem milhares de jovens de todos os cantos do mundo. Mais que
um encontro que reúne milhares ou mesmo milhões de jovens, a Jornada Mundial da
Juventude dá testemunho de uma Igreja viva e em constante renovação. São eles,
os jovens, os protagonistas desse grande encontro de fé, esperança e unidade. Ela tem como objetivo principal dar a
conhecer a todos os jovens do mundo a mensagem de Cristo, mas é verdade também
que, através deles, o ‘rosto’ jovem de Cristo se mostra ao mundo. O Papa, que sempre propõe uma temática específica aos
jovens para que meditem e aprofundem seu encontro com Jesus Cristo e o
comprometimento com seu Evangelho
a) Qual o objetivo das Jornadas Mundiais da Juventude?
“O
principal objetivo das Jornadas é fazer a pessoa de Jesus o centro da fé e da
vida de cada jovem para que Ele possa ser seu ponto de referência constante e
também a inspiração para cada iniciativa e compromisso para a educação das
novas gerações.” (Carta de João Paulo II ao Cardeal Eduardo Francisco Pironio
na ocasião do Seminário sobre as Jornadas Mundiais da Juventude, organizado em
Czestochowa, Polônia).
b) A Jornada Mundial da Juventude é um evento de massa?
O
Documento 85 da CNBB, em seus números 150 a 155 fala-nos da importância de se
articular as atividades de evangelização da juventude entre os pequenos grupos
a as atividades que reúnem milhares de pessoas. Ambas são importantes!
E na
JMJ é possível vislumbrar os dois momentos. Destacam-se os eventos de multidão,
que diferem radicalmente dos eventos de massa. Ambos reúnem muitas pessoas,
porém não da mesma maneira. A massa
é disforme e passiva, não tem autonomia e é manipulável, como num grande show,
no qual cada um compra seu ingresso, mas não tem relação alguma com as pessoas
que estão ao seu lado. A única coisa que os une é a pessoa do artista sob o
palco. Sai o artista, acabam-se os vínculos. A multidão, pelo contrário, é organizada de acordo com parâmetros
aparentemente descontrolados, porque brota de grupos espontâneos, não
determinados por uma autoridade central. Na multidão os muitos indivíduos não
estão isolados e não dependem de uma “autoridade central” sob o palco. Estão,
sim, conectados pelos seus ideais comuns, unidos em prol de algo maior. É deste
modo que os jovens reúnem-se nas JMJs. Eles vêm organizados em grupos. São seus pequenos “Cenáculos”.
Geralmente carregam bandeiras de sua organização ou país. Não se concentram
apenas nos “Atos Centrais” (os que normalmente aparecem nos meios de
comunicação e que, nos dias com o Papa reúnem milhões), mas em diversas
atividades de evangelização e celebração da fé que culminam nestes mesmos “Atos
Centrais”. Ao participar de uma JMJ percebe-se logo que não se trata de uma massa
indo a shows, mas de jovens que se vinculam em seus grupos de base e que se
dispõe a celebrar sua fé com os demais que a eles se conectam dos diversos
lugares do mundo pelos vínculos da mesma fé. Na JMJ proporciona-se, portanto, o
encontro com Cristo e com os irmãos. É o encontro pessoal e o encontro
comunitário!
2.
Como as
Jornadas Mundiais da Juventude começaram?
A primeira JMJ foi realizada em
Roma, no ano de 1986, em nível diocesano. Sua origem vem dos encontros do Papa
João Paulo II com os jovens em 1984 e 1985. Em 1984 foi celebrado na Praça São
Pedro, no Vaticano, o Encontro Internacional da Juventude,
por ocasião do Ano Santo da Redenção, quando foi entregue a Cruz Peregrina aos
jovens. No ano de 1985 o Santo Padre anunciou a instituição da Jornada Mundial
da Juventude
3.
O que
acontece durante a JMJ?
As JMJs
mais solenes reúnem jovens de diversas dioceses do mundo em um determinado país
para cerca de duas semanas de atividades. Na primeira semana,
ocorrem os “Dias nas Dioceses”, ou Semana Missionária da JMJs”, que reúnem os
jovens peregrinos nas diversas dioceses do país que acolhe a JMJ. Na segunda semana, concentram-se todos os
jovens na cidade sede do evento para momentos celebrativos, catequeses,
Eucaristia, Via-Sacra, atividades culturais, vigílias e encontros com o Santo
Padre, o Papa.
São muitas as atividades às quais
os jovens são convidados a participar, como as catequeses, eventos culturais,
momentos de partilha e vida comum. Mas existem aquelas que estão previstas para
a Jornada, como os atos centrais (cerimônia de abertura, acolhida do Papa, a
Via-Sacra, a Vigília dos jovens com o Papa e a missa de encerramento) e os atos
extraordinários.
Reunimo-nos como Igreja jovem ao redor de Jesus Cristo
Ressuscitado, não como uma massa disforme e passiva, mas como grupos
organizados em suas diversas Igrejas Locais. É o rosto jovem da Igreja de Jesus
Cristo reunida Nele em multidão.
Por esse motivo, a JMJ não é um evento fechado em si, e nem
se espera apenas dela a solução plena para a evangelização da juventude de um
país ou diocese. Ela se insere num processo mais amplo de evangelização, que
inclui a organização dos grupos nas diversas comunidades e o acompanhamento
constante da juventude, a fim de que descubra em Jesus Cristo o Caminho
a Verdade e a Vida, com a ajuda da JMJ, mas também com os diversos encontros e
atividades que acontecem constantemente nas bases, antes e depois da realização
da mesma.
O QUE VAMOS “GANHAR” COM A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO BRASIL?
Como em
Pentecostes, que se deu primeiramente dentro do Cenáculo, faz-se um barulho
enorme! Do “lado de fora” milhões se perguntam sobre o que acontece com estes
jovens que parecem todos “bêbados de vinho doce” (At 2,13). Do lado de fora do
Cenáculo está a Jerusalém perplexa! Para a próxima JMJ – no Brasil – Jesus
Cristo nos faz seu apelo: “Ide e fazei discípulos todas as nações” (Mt 28,19).
2013
promete uma Jornada Mundial da Juventude deveras diferente, porque provoca os jovens reunidos neste grande
“Cenáculo” a olhar para a “Jerusalém” que se encontra do lado de fora. Não que
nas demais JMJs isto não acontecesse... Mas nesta quer-se dar este destaque. Os diversos grupos ali reunidos em multidão
são provocados a sair de si e ir ao encontro daqueles que se encontram fora,
crucificando e sendo crucificados na Jerusalém do mundo. Será uma grande
oportunidade missionária!
Além
disso, que nos parece ser o principal objetivo deste encontro, uma JMJ traz
inúmeros benefícios para um país, seja de ordem social, posto que se desperta a
juventude para a construção de uma civilização mais justa e fraterna e se
promove sua inclusão na pauta das discussões sociais e governamentais; mas
também gera recursos para o país – proporciona a injeção financeira no Brasil,
geração de emprego e renda, aumento na arrecadação dos impostos e divulgação
turística do país e da cidade sede.
a) Na JMJ os jovens vão apenas para ver o Papa? Porque o Papa está presente?
É
verdade que todos desejam ver e ouvir o
Papa, mas é mais verdade ainda dizer que esta é uma grande oportunidade para o
Papa e os bispos verem e ouvirem a
juventude do mundo, chamando-os a um movimento que precisa se repetir em cada
diocese e comunidade de base. Por isso é Cenáculo! Porque o Ressuscitado se faz
presente no jovem, em seus grupos organizados, nos pastores que lhes lavam os
pés, na Palavra proclamada e na Eucaristia celebrada e partilhada.
b) Como são custeados os gastos com uma JMJ?
As
Jornadas Mundiais da Juventude são custeadas, em quase sua totalidade, pela
contribuição financeira que cada peregrino faz ao realizar a sua inscrição.
Além disso, muitas empresas privadas patrocinam o evento e milhares de pessoas
de todo o mundo realizam doações financeiras e outras contribuições que
auxiliam nas custas da organização de um evento deste porte. As JMJs contam
também com o auxílio dos governos locais, que, em geral, colaboram de diversas
formas para realização da mesma, em especial com a estrutura de acolhida do
Santo Padre, o Papa, que é um chefe de Estado, e a segurança e ordem de um
evento de tamanha magnitude.
c) Como
faço para participar da JMJ no Brasil?
Todos
os que desejarem podem participar da Jornada Mundial da Juventude. Há três
maneiras de colaborar:
1)
Auxiliando localmente:
Você pode colaborar na realização do “Bote fé” em sua diocese (Visita da Cruz e
do Ícone mariano da JMJ); das Semana Missionária da JMJs em sua diocese;
auxiliando os peregrinos que desejam participar da JMJ; acolhendo os peregrinos
estrangeiros que nossa Diocese acolherá durante a Semana Missionária da JMJ.
2)
Participando como
Peregrino: Você pode organizar um grupo de peregrinos para participar da JMJ no
Rio de Janeiro, ou mesmo ser um peregrino individual. Faça sua inscrição no
site da JMJ Rio: http://www.rio2013.com/pt
3)
Participando como
Voluntário: Você pode ser um voluntário da JMJ 2013 no Rio de Janeiro. Tire
suas dúvidas e faça sua inscrição no site da JMJ Rio: http://www.rio2013.com/pt/participe
d) Como será a hospedagem dos
peregrinos para a JMJ Rio2013?
As hospedagens serão
em casas de família, paróquias, escolas públicas e particulares, ginásios
poliesportivos, casas de festas, centros comunitários e outros locais que sejam
seguros e cobertos para que o peregrino possa ser alojado para pernoite.
e) Quanto à alimentação dos
peregrinos, quem é o responsável por ela?
O peregrino inscrito
na JMJ terá alimentação completa (café da manhã, almoço e jantar), oferecida
pela própria organização da JMJ. Quando não for feita essa opção no ato da
inscrição, a alimentação será de responsabilidade do próprio peregrino.
O QUE SÃO E QUAIS OS OBJETIVOS DA SEMANA MISSIONÁRIA DA JMJ, OU DIAS NAS DIOCESES?
O
programa dos Dias na Diocese ou Semana Missionária da JMJ começou em 1997 por
ocasião da JMJ de Paris. A Igreja na França promoveu estes encontros como um
modo de facilitar a evangelização dos jovens das dioceses francesas, conseguir
que a França inteira acolhesse os peregrinos vindos de outros países e
motivasse os jovens franceses a participarem na JMJ. São marcados por eventos
organizados pelas dioceses anfitriãs, possibilitando encontro cultural,
turístico, solidário e religioso entre as diversas juventudes do mundo. Três são os objetivos básicos:
1) Como experiência de fé: propiciar aos jovens do mundo momentos
de oração e meditação aprofundando seu encontro pessoal com Jesus Cristo e sua
proposta de amor.
2) Como experiência cultural: oportunizar aos jovens de diversas
nacionalidades e culturas, ambientes de partilha e conhecimento da diversidade
cultural dos povos. É também uma ótima oportunidade para a divulgação das
riquezas da cultura local para pessoas de diversos países do mundo,
possibilitando interesse em novas visitas para atividades turísticas.
3) Como experiência de solidariedade: envolver a juventude local e
os peregrinos em diversas campanhas e projetos de solidariedade, no intuito de
ajudar os jovens a se envolverem cada vez mais na edificação da Civilização do
Amor.
Oração Oficial da jmj 2013
Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e
escolheste homens e mulheres para que, por Ele, com Ele e nEle, proclamassem a
Boa-Nova a todas as nações. Concede as graças necessárias para que brilhe no
rosto de todos os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito, os
evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.
Ó Cristo, Redentor da humanidade, Tua imagem de braços
abertos no alto do Corcovado acolhe todos os povos. Em Tua oferta pascal, nos
conduziste pelo Espírito Santo ao encontro filial com o Pai. Os jovens, que se
alimentam da Eucaristia, Te ouvem na Palavra e Te encontram no irmão,
necessitam de Tua infinita misericórdia para percorrer os caminhos do mundo
como discípulos-missionários da nova evangelização.
Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o esplendor da
Tua Verdade e com o fogo do Teu Amor, envia Tua Luz sobre todos os jovens para
que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude, levem aos quatro cantos
do mundo a fé, a esperança e a caridade, tornando-se grandes construtores da
cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo.
Amém!
Símbolos da JMJ
A Cruz
A cruz da JMJ ficou conhecida por diversos
nomes: Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz da JMJ, Cruz Peregrina, e
muitos a chamam de Cruz dos Jovens porque ela foi entregue pelo Papa João Paulo
II aos jovens para que a levassem por todo o mundo, a todos os lugares e a todo
tempo.
A cruz de madeira de 3,8 metros
foi construída e colocada como símbolo da fé católica, perto do altar principal
na Basílica de São Pedro durante o Ano Santo da Redenção (Semana Santa de 1983
à Semana Santa de 1984). No final daquele ano, depois de fechar a Porta Santa,
o Papa João Paulo II deu essa cruz como um símbolo do amor de Cristo pela
humanidade. Quem a recebeu, em nome de toda a juventude, foram os jovens do
Centro Juvenil Internacional São Lourenço, em Roma. Estas foram as palavras do
Papa naquela ocasião: “Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu
confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo
mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que
somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a
redenção” (Sua Santidade João Paulo II, Roma, 22 de abril de 2004).
Os jovens acolheram o desejo do
Santo Padre. Desde 1984, a cruz da JMJ peregrinou pelo mundo, através da
Europa, além da Cortina de Ferro, e para locais das Américas, Ásia, África e
Austrália, estando presente em cada celebração internacional da Jornada Mundial
da Juventude. Em 1994, a cruz começou um compromisso que, desde então, se
tornou uma tradição: sua jornada anual pelas dioceses do país sede de cada JMJ
internacional, como um meio de preparação espiritual para o grande evento.
O ÍCONE DE NOSSA SENHORA
Em 2003, o Papa João Paulo II deu aos
jovens um segundo símbolo de fé para ser levado pelo mundo, acompanhando a cruz
da JMJ: o ícone de Nossa Senhora, “Salus Populi Romani”, uma cópia
contemporânea de um antigo e sagrado ícone encontrado na primeira e maior
basílica para Maria a Mãe de Deus, no Ocidente, Santa Maria Maior. “Hoje eu
confio a vocês... o ícone de Maria. De agora em diante, ele vai acompanhar as
Jornadas Mundiais da Juventude, junto com a cruz. Contemplem a sua Mãe! Ele
será um sinal da presença materna de Maria próxima aos jovens que são chamados,
como o apóstolo João, a acolhê-la em suas vidas” (Roma, 18ª Jornada Mundial da
Juventude, 2003).
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