6 de outubro de 2012

Breve resumo sobre a Jornada Mundial da Juventude


SOBRE A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
(é uma breve síntese das informações gerais obtidas no site oficial: www.rio2013.com )

1.      O que é a Jornada Mundial da Juventude?
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é uma atividade organizada pela Igreja Católica para os jovens e com os jovens. Ela é celebrada anualmente nas dioceses e a cada 2 ou 3 anos, de forma solene, em uma cidade escolhida, para a qual recorrem milhares de jovens de todos os cantos do mundo. Mais que um encontro que reúne milhares ou mesmo milhões de jovens, a Jornada Mundial da Juventude dá testemunho de uma Igreja viva e em constante renovação. São eles, os jovens, os protagonistas desse grande encontro de fé, esperança e unidade. Ela tem como objetivo principal dar a conhecer a todos os jovens do mundo a mensagem de Cristo, mas é verdade também que, através deles, o ‘rosto’ jovem de Cristo se mostra ao mundo. O Papa, que sempre propõe uma temática específica aos jovens para que meditem e aprofundem seu encontro com Jesus Cristo e o comprometimento com seu Evangelho

a) Qual o objetivo das Jornadas Mundiais da Juventude?

“O principal objetivo das Jornadas é fazer a pessoa de Jesus o centro da fé e da vida de cada jovem para que Ele possa ser seu ponto de referência constante e também a inspiração para cada iniciativa e compromisso para a educação das novas gerações.” (Carta de João Paulo II ao Cardeal Eduardo Francisco Pironio na ocasião do Seminário sobre as Jornadas Mundiais da Juventude, organizado em Czestochowa, Polônia).

b) A Jornada Mundial da Juventude é um evento de massa?

O Documento 85 da CNBB, em seus números 150 a 155 fala-nos da importância de se articular as atividades de evangelização da juventude entre os pequenos grupos a as atividades que reúnem milhares de pessoas. Ambas são importantes!
E na JMJ é possível vislumbrar os dois momentos. Destacam-se os eventos de multidão, que diferem radicalmente dos eventos de massa. Ambos reúnem muitas pessoas, porém não da mesma maneira. A massa é disforme e passiva, não tem autonomia e é manipulável, como num grande show, no qual cada um compra seu ingresso, mas não tem relação alguma com as pessoas que estão ao seu lado. A única coisa que os une é a pessoa do artista sob o palco. Sai o artista, acabam-se os vínculos. A multidão, pelo contrário, é organizada de acordo com parâmetros aparentemente descontrolados, porque brota de grupos espontâneos, não determinados por uma autoridade central. Na multidão os muitos indivíduos não estão isolados e não dependem de uma “autoridade central” sob o palco. Estão, sim, conectados pelos seus ideais comuns, unidos em prol de algo maior. É deste modo que os jovens reúnem-se nas JMJs. Eles vêm organizados em grupos. São seus pequenos “Cenáculos”. Geralmente carregam bandeiras de sua organização ou país. Não se concentram apenas nos “Atos Centrais” (os que normalmente aparecem nos meios de comunicação e que, nos dias com o Papa reúnem milhões), mas em diversas atividades de evangelização e celebração da fé que culminam nestes mesmos “Atos Centrais”. Ao participar de uma JMJ percebe-se logo que não se trata de uma massa indo a shows, mas de jovens que se vinculam em seus grupos de base e que se dispõe a celebrar sua fé com os demais que a eles se conectam dos diversos lugares do mundo pelos vínculos da mesma fé. Na JMJ proporciona-se, portanto, o encontro com Cristo e com os irmãos. É o encontro pessoal e o encontro comunitário!

2.      Como as Jornadas Mundiais da Juventude começaram?
A primeira JMJ foi realizada em Roma, no ano de 1986, em nível diocesano. Sua origem vem dos encontros do Papa João Paulo II com os jovens em 1984 e 1985. Em 1984 foi celebrado na Praça São Pedro, no Vaticano, o Encontro Internacional da Juventude, por ocasião do Ano Santo da Redenção, quando foi entregue a Cruz Peregrina aos jovens. No ano de 1985 o Santo Padre anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude

3.      O que acontece durante a JMJ?
As JMJs mais solenes reúnem jovens de diversas dioceses do mundo em um determinado país para cerca de duas semanas de atividades. Na primeira semana, ocorrem os “Dias nas Dioceses”, ou Semana Missionária da JMJs”, que reúnem os jovens peregrinos nas diversas dioceses do país que acolhe a JMJ. Na segunda semana, concentram-se todos os jovens na cidade sede do evento para momentos celebrativos, catequeses, Eucaristia, Via-Sacra, atividades culturais, vigílias e encontros com o Santo Padre, o Papa.
São muitas as atividades às quais os jovens são convidados a participar, como as catequeses, eventos culturais, momentos de partilha e vida comum. Mas existem aquelas que estão previstas para a Jornada, como os atos centrais (cerimônia de abertura, acolhida do Papa, a Via-Sacra, a Vigília dos jovens com o Papa e a missa de encerramento) e os atos extraordinários.
Reunimo-nos como Igreja jovem ao redor de Jesus Cristo Ressuscitado, não como uma massa disforme e passiva, mas como grupos organizados em suas diversas Igrejas Locais. É o rosto jovem da Igreja de Jesus Cristo reunida Nele em multidão.
Por esse motivo, a JMJ não é um evento fechado em si, e nem se espera apenas dela a solução plena para a evangelização da juventude de um país ou diocese. Ela se insere num processo mais amplo de evangelização, que inclui a organização dos grupos nas diversas comunidades e o acompanhamento constante da juventude, a fim de que descubra em Jesus Cristo o Caminho a Verdade e a Vida, com a ajuda da JMJ, mas também com os diversos encontros e atividades que acontecem constantemente nas bases, antes e depois da realização da mesma.
 

O QUE VAMOS “GANHAR” COM A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO BRASIL?

Como em Pentecostes, que se deu primeiramente dentro do Cenáculo, faz-se um barulho enorme! Do “lado de fora” milhões se perguntam sobre o que acontece com estes jovens que parecem todos “bêbados de vinho doce” (At 2,13). Do lado de fora do Cenáculo está a Jerusalém perplexa! Para a próxima JMJ – no Brasil – Jesus Cristo nos faz seu apelo: “Ide e fazei discípulos todas as nações” (Mt 28,19).
2013 promete uma Jornada Mundial da Juventude deveras diferente, porque provoca os jovens reunidos neste grande “Cenáculo” a olhar para a “Jerusalém” que se encontra do lado de fora. Não que nas demais JMJs isto não acontecesse... Mas nesta quer-se dar este destaque. Os diversos grupos ali reunidos em multidão são provocados a sair de si e ir ao encontro daqueles que se encontram fora, crucificando e sendo crucificados na Jerusalém do mundo. Será uma grande oportunidade missionária!
Além disso, que nos parece ser o principal objetivo deste encontro, uma JMJ traz inúmeros benefícios para um país, seja de ordem social, posto que se desperta a juventude para a construção de uma civilização mais justa e fraterna e se promove sua inclusão na pauta das discussões sociais e governamentais; mas também gera recursos para o país – proporciona a injeção financeira no Brasil, geração de emprego e renda, aumento na arrecadação dos impostos e divulgação turística do país e da cidade sede.

 


a) Na JMJ os jovens vão apenas para ver o Papa? Porque o Papa está presente?

É verdade que todos desejam ver e ouvir o Papa, mas é mais verdade ainda dizer que esta é uma grande oportunidade para o Papa e os bispos verem e ouvirem a juventude do mundo, chamando-os a um movimento que precisa se repetir em cada diocese e comunidade de base. Por isso é Cenáculo! Porque o Ressuscitado se faz presente no jovem, em seus grupos organizados, nos pastores que lhes lavam os pés, na Palavra proclamada e na Eucaristia celebrada e partilhada.
 

b) Como são custeados os gastos com uma JMJ?

As Jornadas Mundiais da Juventude são custeadas, em quase sua totalidade, pela contribuição financeira que cada peregrino faz ao realizar a sua inscrição. Além disso, muitas empresas privadas patrocinam o evento e milhares de pessoas de todo o mundo realizam doações financeiras e outras contribuições que auxiliam nas custas da organização de um evento deste porte. As JMJs contam também com o auxílio dos governos locais, que, em geral, colaboram de diversas formas para realização da mesma, em especial com a estrutura de acolhida do Santo Padre, o Papa, que é um chefe de Estado, e a segurança e ordem de um evento de tamanha magnitude.
 

c) Como faço para participar da JMJ no Brasil?
Todos os que desejarem podem participar da Jornada Mundial da Juventude. Há três maneiras de colaborar:
1)      Auxiliando localmente: Você pode colaborar na realização do “Bote fé” em sua diocese (Visita da Cruz e do Ícone mariano da JMJ); das Semana Missionária da JMJs em sua diocese; auxiliando os peregrinos que desejam participar da JMJ; acolhendo os peregrinos estrangeiros que nossa Diocese acolherá durante a Semana Missionária da JMJ.
2)      Participando como Peregrino: Você pode organizar um grupo de peregrinos para participar da JMJ no Rio de Janeiro, ou mesmo ser um peregrino individual. Faça sua inscrição no site da JMJ Rio: http://www.rio2013.com/pt
3)      Participando como Voluntário: Você pode ser um voluntário da JMJ 2013 no Rio de Janeiro. Tire suas dúvidas e faça sua inscrição no site da JMJ Rio: http://www.rio2013.com/pt/participe

d) Como será a hospedagem dos peregrinos para a JMJ Rio2013?
As hospedagens serão em casas de família, paróquias, escolas públicas e particulares, ginásios poliesportivos, casas de festas, centros comunitários e outros locais que sejam seguros e cobertos para que o peregrino possa ser alojado para pernoite.
e) Quanto à alimentação dos peregrinos, quem é o responsável por ela?
O peregrino inscrito na JMJ terá alimentação completa (café da manhã, almoço e jantar), oferecida pela própria organização da JMJ. Quando não for feita essa opção no ato da inscrição, a alimentação será de responsabilidade do próprio peregrino.

 O QUE SÃO E QUAIS OS OBJETIVOS DA SEMANA MISSIONÁRIA DA JMJ, OU DIAS NAS DIOCESES?

O programa dos Dias na Diocese ou Semana Missionária da JMJ começou em 1997 por ocasião da JMJ de Paris. A Igreja na França promoveu estes encontros como um modo de facilitar a evangelização dos jovens das dioceses francesas, conseguir que a França inteira acolhesse os peregrinos vindos de outros países e motivasse os jovens franceses a participarem na JMJ. São marcados por eventos organizados pelas dioceses anfitriãs, possibilitando encontro cultural, turístico, solidário e religioso entre as diversas juventudes do mundo. Três são os objetivos básicos:
1) Como experiência de fé: propiciar aos jovens do mundo momentos de oração e meditação aprofundando seu encontro pessoal com Jesus Cristo e sua proposta de amor.
2) Como experiência cultural: oportunizar aos jovens de diversas nacionalidades e culturas, ambientes de partilha e conhecimento da diversidade cultural dos povos. É também uma ótima oportunidade para a divulgação das riquezas da cultura local para pessoas de diversos países do mundo, possibilitando interesse em novas visitas para atividades turísticas.
3) Como experiência de solidariedade: envolver a juventude local e os peregrinos em diversas campanhas e projetos de solidariedade, no intuito de ajudar os jovens a se envolverem cada vez mais na edificação da Civilização do Amor. 
 

Oração Oficial da jmj 2013

Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por Ele, com Ele e nEle, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações. Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito, os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.
Ó Cristo, Redentor da humanidade, Tua imagem de braços abertos no alto do Corcovado acolhe todos os povos. Em Tua oferta pascal, nos conduziste pelo Espírito Santo ao encontro filial com o Pai. Os jovens, que se alimentam da Eucaristia, Te ouvem na Palavra e Te encontram no irmão, necessitam de Tua infinita misericórdia para percorrer os caminhos do mundo como discípulos-missionários da nova evangelização.
Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o esplendor da Tua Verdade e com o fogo do Teu Amor, envia Tua Luz sobre todos os jovens para que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude, levem aos quatro cantos do mundo a fé, a esperança e a caridade, tornando-se grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo.
Amém!

 

Símbolos da JMJ

A Cruz
A cruz da JMJ ficou conhecida por diversos nomes: Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz da JMJ, Cruz Peregrina, e muitos a chamam de Cruz dos Jovens porque ela foi entregue pelo Papa João Paulo II aos jovens para que a levassem por todo o mundo, a todos os lugares e a todo tempo.
A cruz de madeira de 3,8 metros foi construída e colocada como símbolo da fé católica, perto do altar principal na Basílica de São Pedro durante o Ano Santo da Redenção (Semana Santa de 1983 à Semana Santa de 1984). No final daquele ano, depois de fechar a Porta Santa, o Papa João Paulo II deu essa cruz como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade. Quem a recebeu, em nome de toda a juventude, foram os jovens do Centro Juvenil Internacional São Lourenço, em Roma. Estas foram as palavras do Papa naquela ocasião: “Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção” (Sua Santidade João Paulo II, Roma, 22 de abril de 2004).
Os jovens acolheram o desejo do Santo Padre. Desde 1984, a cruz da JMJ peregrinou pelo mundo, através da Europa, além da Cortina de Ferro, e para locais das Américas, Ásia, África e Austrália, estando presente em cada celebração internacional da Jornada Mundial da Juventude. Em 1994, a cruz começou um compromisso que, desde então, se tornou uma tradição: sua jornada anual pelas dioceses do país sede de cada JMJ internacional, como um meio de preparação espiritual para o grande evento.
 

O ÍCONE DE NOSSA SENHORA
Em 2003, o Papa João Paulo II deu aos jovens um segundo símbolo de fé para ser levado pelo mundo, acompanhando a cruz da JMJ: o ícone de Nossa Senhora, “Salus Populi Romani”, uma cópia contemporânea de um antigo e sagrado ícone encontrado na primeira e maior basílica para Maria a Mãe de Deus, no Ocidente, Santa Maria Maior. “Hoje eu confio a vocês... o ícone de Maria. De agora em diante, ele vai acompanhar as Jornadas Mundiais da Juventude, junto com a cruz. Contemplem a sua Mãe! Ele será um sinal da presença materna de Maria próxima aos jovens que são chamados, como o apóstolo João, a acolhê-la em suas vidas” (Roma, 18ª Jornada Mundial da Juventude, 2003).

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