O tema de 2013
O tema do Grito dos
excluídos de 2013 foi definido na última semana, e esse ano a Juventude está no
centro dessa manifestação que acontece em 07 de setembro.
“Juventude que ousa lutar, constrói o projeto popular” é o lema do 19º Grito dos
Excluídos definido pela a coordenação do Grito que acolheu sugestões de
vários grupos, comunidades, dioceses, movimentos, sindicatos, para a escolha.
O que é o Grito dos
Excluídos
O
Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um
espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos,
entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos
excluídos.
O
Grito dos Excluídos, como indica a própria expressão, constitui-se numa
mobilização com três sentidos:
•Denunciar
o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e
condena milhões de pessoas à exclusão social;
•
Tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos,
vítimas do desemprego, da miséria e da fome;
•
Propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a
desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos
os cidadãos.
O
Grito se define como um conjunto de manifestações realizadas no Dia da Pátria,
7 de setembro, tentando chamar à atenção da sociedade para as condições de
crescente exclusão social na sociedade brasileira. Não é um movimento nem uma
campanha, mas um espaço de participação livre e popular, em que os próprios
excluídos, junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o
protesto oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por
mudanças.
As
atividades são as mais variadas: atos públicos, romarias, celebrações
especiais, seminários e cursos de reflexão, blocos na rua, caminhadas, teatro,
música, dança, feiras de economia solidária, acampamentos – e se estendem por
todo o território nacional.
Para iniciarmos a
apresentação, se faz necessário dizer o que é o Grito dos Excluídos
O
Grito dos Excluídos é uma iniciativa que se compõe de uma série de eventos e
mobilizações que se realizam ao redor da Semana da Pátria, ou seja, de 01 a 06
finalizando-se no dia 07 de setembro, ou um pouco antes, isso depende da
realidade local. Não se trata exatamente de um movimento, uma campanha ou uma
organização, mas de um espaço de convergência em que vários atores sociais que
se juntam para protestar e propor caminhos novos. As principais manifestações
ocorrem no Dia da Independência, pois seu eixo fundamental gira em torno da
soberania nacional. O objetivo é transformar uma participação passiva, nas
comemorações dessa data, em uma cidadania consciente e ativa por parte da
população.
Contudo
o Grito dos Excluídos não se limita nas ações do dia 07 de setembro. De ponta a
ponta do país, podemos subdividir as atividades em um antes, um durante e um
depois. Um antes, se nos atemos às reuniões da coordenação nacional, ao
encontro dos articuladores, à preparação do material, à divulgação e
organização e a uma série de eventos que se destinam à preparação dos agentes e
lideranças; um durante quando as ruas e praças das principais cidades do
Brasil, com destaque para o Santuário de Aparecida, em São Paulo, onde o Grito
e Romaria dos Trabalhadores fazem uma grande parceria. Essas manifestações se
enchem de manifestantes, de gritos e de utopia; um depois, no sentido de
avaliar e garantir a continuidade das ações, numa espécie de fio condutor que
une num único processo os Gritos realizados nesses rincões afora dede grande
Brasil.
Como nasceu e quem promove o
Grito dos Excluídos?
O
Grito nasceu de duas fontes distintas, mas, complementares. De um lado, teve
origem no Setor Pastoral Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil), como uma forma de dar continuidade à reflexão da Campanha da
Fraternidade de 1995, cujo lema – Eras tu, Senhor – abordava o tema
Fraternidade e Excluídos.
De
outro lado, brotou da necessidade de concretizar os debates da 2ª Semana Social
Brasileira, realizada nos anos de 1993 e 1994, com o tema Brasil, alternativas
e protagonistas. Ou seja, o Grito é promovido pela Pastoral Social da Igreja
Católica, mas, desde o início, conta com numerosos parceiros ligados às demais
Igrejas do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), aos movimentos
sociais, entidades e organizações.
Nos
dois casos, podemos afirmar que a iniciativa não é propriamente criada, mas
descoberta, uma vez que os agentes e lideranças apenas abrem um canal para que
o Grito sufocado venha a público. A bem dizer o Grito brota do chão e encontra
em seus organizadores suficiente sensibilidade para dar-lhe forma e
visibilidade.
Por que Grito dos Excluídos?
O
pressuposto básico do Grito é o contexto de aprofundamento do modelo neoliberal
como resposta à crise generalizada a partir dos anos 70 e que se agrava nas
décadas seguintes. A economia capitalista globalizada, a precarização das
relações de trabalho e a guerra por novos mercados geram massas excluídas por
todo o mundo, especialmente nos países periféricos.
Os
movimentos sociais reagem. No Brasil, as Igrejas cristãs juntamente com outros
parceiros promovem na década de 90 as Semanas Sociais. Cresce a consciência das
causas e efeitos da exclusão social, como o desemprego, a miséria e a
violência, entre outros. O fruto amadurece e nasce o Grito dos Excluídos.
Trata-se de uma forma criativa de levar às ruas, praças e campos o protesto
contra esse estado de coisas. Os diversos atores sociais se dão conta de que é
necessário e urgente dar visibilidade sócio-política à indignação que fermenta
nos porões da sociedade, os excluídos/as. Se o mercado tem o direito de dobrar
as autoridades políticas com seu “nervosismo”, os setores marginalizados da
população também podem e devem tornar pública sua condição de excluídos
Por que 7 de setembro?
Desde
1995 foi escolhido o dia 7 de setembro para as manifestações do Grito dos
Excluídos. A idéia era aproveitar o Dia da Pátria para mostrar que não basta
uma independência politicamente formal. A verdadeira independência passa pela
soberania da nação. Um país soberano costura laços internacionais e implementa
políticas públicas de forma autônoma e livre, não sob o constrangimento da
dívida externa, por exemplo. Relações economicamente solidárias e justiça
social são dois requisitos indispensáveis para uma verdadeira independência.
Nada
melhor que o dia 7 de setembro para refletir sobre a soberania nacional. É esse
o eixo central das mobilizações em torno do Grito. A proposta é trazer o povo
das arquibancadas para a rua. Ao invés de um patriotismo passivo, que se limita
a assistir o desfile de armas, soldados e escolares, o Grito propõe um
patriotismo ativo, disposto a pôr a nu os problemas do país e debater
seriamente seu destino. É um momento oportuno para o exercício da verdadeira
cidadania.
Quais as principais lições
do Grito dos Excluídos?
Chamamos
a atenção para sua abertura a todos aqueles que se propõem defender a causa das
populações deixadas à margem da história e da vida. O Grito não tem dono:
embora nascido no contexto da Igreja, é uma iniciativa levada adiante por
várias forças da sociedade civil organizada. A organização e os debates
privilegiam o diálogo plural, ecumênico e democrático. O Grito abriu caminho
para uma série de parcerias em que diferentes atores sociais trabalham em
conjunto, o que ajuda a superar o isolamento, o corporativismo e a fragmentação
de esforços.
A
seguir, convém ressaltar a criatividade que o Grito possibilita. Apesar de
contar com uma coordenação nacional e com determinados eixos centrais para a
temática de cada ano, a organização permanece aberta à iniciativa própria das
diversas regiões e localidades. Deste modo, o tema geral se enriquece com a
contribuição de temas específicos, o que torna as manifestações mais ricas e
coloridas. Foi assim que, em 1999, o Grito ultrapassou as fronteiras do Brasil
e é realizado em vários países das Américas, surgindo el Grito Continental Por
Trabajo, Justicia y Vida.
Vale
sublinhar, ainda, a metodologia e a linguagem adotada pelos organizadores do
Grito, que chamamos Articuladores que são elo entre a Secretaria Nacional e os
Estados, o papel é fundamental para construção do grito por todos os cantos do
Brasil. Privilegia-se não tanto a comunicação verbal, abstrata ou conceitual,
mas o gesto, a coreografia, a ação, a simbologia. Os manifestantes gritam não
apenas com a voz, mas, sobretudo com as mãos e o corpo. Quanto à metodologia,
ganha especial destaque a participação popular. Aqui há limites que o Grito
ainda precisa superar: como passar de um grito para os excluídos a um grito dos
excluídos? Em outras palavras, como fazer com que os próprios excluídos
organize as atividades e tomem as decisões? Esse tem sido o grande desafio de
seus dez anos.
Por
fim, nos anos de 2000 e 2002, o Grito foi realizado em conjunto com dois
plebiscitos populares, o primeiro sobre a dívida externa e o segundo sobre a
ALCA (Área de Livre Comércio das Américas). Foram iniciativas das mais bem
sucedidas em termos de participação popular. Envolveram mais de 120 mil
agentes, militantes e lideranças, ocorreram em todos os estados e em mais de 3
mil municípios e levaram às urnas, respectivamente, acima de 6 e de 10 milhões
de votantes. Em 2007, no dia 07 de semtembro, irá ser realizado em conjunto com
o Plebiscito pela Anulação do Leilão de privatização da Companhia Vale do Rio
Doce, a Vale foi privatizada em maio de 1997, ou seja, vendida por R$ 3,3
bilhões, o lucro de 2005 foi de R$ 12,5 bilhões de reais. Tais consultas
populares contribuem para o exercício concreto da democracia.
Quais os horizontes do
Grito?
Sabemos
que no Brasil, como de resto em todo continente latino-americano, não raro o
conceito de liberdade foi reduzido à idéia de libertação: libertação da
opressão, da ditadura militar, da pobreza e assim por diante. Nos meios
eclesiais, por exemplo, com freqüência faz-se alusão à experiência narrada pelo
Livro do Êxodo, quando os escravos se libertaram das garras do Faraó. Ora, esse
é apenas um lado da moeda, isto é, a liberdade de. O outro lado é a liberdade
para. Depois da saída do Egito, é preciso unir forças para continuar caminhando
até a Terra Prometida. E aqui o conceito de liberdade se torna bem mais
exigente. Se é relativamente fácil saber o que não queremos, costuma ser bem
mais difícil saber e explicitar o que queremos.
Os
movimentos sociais nasceram, em geral, numa oposição direta aos regimes de
exceção que, em maior ou menor grau, dominaram por décadas diversos países da
América Latina. O combate frontal à ditadura imprimiu nas lutas de oposição, de
forma acentuada, a marca da crítica e do não. A urgência em superar o domínio militar
deixou pouco espaço para aprofundar os contornos de uma via democrática viável,
sólida e duradoura.
Nesta
perspectiva o Grito dos Excluídos tem como finalidade não apenas a crítica do
modelo neoliberal, mas também a preocupação propositiva de buscar alternativas.
Daí seu duplo caráter, de protesto e afirmação, de denúncia e anúncio. Em
síntese, seu horizonte último é abrir canais para a construção do Brasil que
queremos, e no contexto atual, dizer o que Não Vale e o que Vale para a
construção e participação no destino da nação.
Lemas do Grito dos/as
Excluídos/as
Assim
mantemos a divisão feito pelo Pe. Alfredinho em três fases de acordo com a
temática abordada: a primeira vai de 1995 a 1997; a segunda, de 1998 a 2001; a
terceira, de 2002 e 2007; a quarta, 2008 a 2011.
A
primeira fase inclui os seguintes lemas: A vida em primeiro lugar (1995);
Trabalho e terra para viver (1996); Queremos justiça e dignidade (1997). As
três frases agrupam-se em torno de um pano de fundo mais ou menos determinado,
que é a defesa da vida e dos direitos humanos. O direito ao trabalho e à terra
apontam para uma vida com justiça e dignidade. Em poucas palavras, o Grito
nasce numa perspectiva de lutar pela conquista das condições mínimas de
sobrevivência. Evidencia-se deste modo a preocupação inicial com os direitos
humanos básicos, sem os quais não é possível garantir a vida e preservar a
dignidade da pessoa.
O
segundo grupo de lemas, correspondente à segunda fase, inclui: Aqui é meu país
(1998); Brasil: um filho teu não foge à luta (1999); Progresso e vida, pátria
sem dívidas (2000); Por amor a essa pátria Brasil (2001). Transparece nestes
quatro anos uma temática que, nesse mesmo período, tornou-se cara aos
movimentos sociais e entidades da sociedade civil organizada: o debate em torno
de um Projeto Popular para o Brasil. Daí a insistência das palavras país,
pátria e Brasil. Estava em jogo a busca de uma cidadania consciente e ativa,
que superasse o patriotismo passivo do 7 de setembro. Era preciso ampliar o
debate, estendê-lo aos mais diferentes setores da população, abrir canais de
participação.
Não
podemos esquecer, também, que foi durante esta fase, em 1999, que o Grito
ultrapassou as fronteiras do país. Surge El Grito Continental de los
Excluídos/as, Por trabajo, justicia y vida, abertura que nos introduz na
terceira fase. O terceiro e último agrupamento inclui apenas dois lemas:
Soberania não se negocia (2002); Tirem as mãos… o Brasil é nosso chão (2003);
Brasil: mudança pra valer o povo faz acontecer (2004); Brasil Em Nossas Mãos a
Mudança (2005); Brasil: na força da indignação sementes de transformação
(2006); Isto não VALE! Queremos participação no destino da nação (2007). O
conceito de soberania pressupõe relações internacionais, em que cada país
procura manter sua postura de país livre e autônomo. Quanto à expressão “tirem
as mãos”, por tão óbvia e explícita, dispensa maiores comentários. Se a
primeira fase chamava a atenção para os direitos fundamentais à vida e a
segunda alertava que a vida dos cidadãos requer um projeto de nação, a terceira
procura olhar o Brasil no contexto internacional da economia globalizada. De
fato, os dois temas apelam para a necessidade de uma nação independente. A
noção de soberania e a frase tirem as mãos, combinadas, apontam para a autonomia
do povo brasileiro frente às novas relações mundiais e à cobiça dos países
centrais. A escolha dessas temáticas explica-se, além disso, pela ofensiva
imperialista norte-americana, especialmente sob o governo Bush. Em poucas
palavras, é preciso defender as riquezas naturais do Brasil e a vida dos
brasileiros e brasileiras dos ataques de um neoliberalismo cada vez mais
exacerbado.
A mídia
Uma
das formas de olhar para o Grito a partir da mídia escrita é consultar os
dossiês organizados pela secretaria. Torna-se igualmente importante acompanhar
as imagens e reportagens do 7 de setembro pela televisão e pelo rádio. Também
neste caso não será difícil constatar uma certa evolução na avaliação que os
diferentes veículos midiáticos fazem do Grito.
Para
começar, nos primeiros anos do Grito, verifica-se uma certa surpresa e
perplexidade diante desses “intrusos” que resolvem sair às ruas justamente no
Dia da Pátria. Quem são esses que ousam perturbar o colorido da festa cívica?
De onde saíram esses “blocos” tão estranhos? O que representam e o que fazem
aqui? Será que este é o lugar para essa gente?! Na medida que o Grito, em
muitos lugares, disputava ou se contrapunha ao espaço dos desfiles oficiais, a
surpresa e perplexidade vinha acompanhada de duras críticas.
Entretanto,
embora alerta para esses “estranhos” que teimavam em ocupar as ruas, a mídia de
certa forma conformava-se. Tratava-se, afinal, de um evento episódico, sem
maiores conseqüências. Sem dúvida tirava o brilho dos festejos oficiais, mas
semelhante atrevimento não podia ter vida longa. Os jornais não podiam tapar o
sol com a peneira, não podiam ignorar por mais tempo as manifestações do Grito.
Mas também não acreditavam que tamanha ousadia pudesse repetir-se todos os
anos. O Grito era visto como um movimento momentâneo que logo se extinguiria.
O
fato é que a cada 7 de setembro lá estavam os “intrusos” outra vez! Com isso, à
medida que o Grito cresce em número de manifestações e de manifestantes e à
medida que se expande por todo o território nacional, os temores também
aumentam. “O Grito roubou a cena” passa, então, a ser a manchete explícita ou
implícita de não poucos veículos de comunicação. De fato, de ano para ano o
crescimento do Grito nas ruas traduz-se por igual crescimento no espaço da
mídia. As mobilizações populares passam a disputar jornais e revistas com os
desfiles oficiais. Não é raro ver impressas, no dia 8 de setembro, as fotos das
autoridades nos palanques das festas oficiais, lado a lado com as fotos das
bandeiras e manifestações do Grito. Também nos noticiários televisivos,
progressivamente, as imagens do Grito vão tomando o lugar das imagens de
tanques, carros blindados, desfiles de soldados e escolares e dos políticos. Em
muitos lugares o povo que assiste às comemorações oficiais acostuma-se a
esperar pelo “bloco” dos excluídos.
É
então que a grande mídia passa a um ataque mais sistemático a tamanha ousadia.
Onde se viu perturbar assim a festa oficial? Não que desde 1995 não se
verificasse hostilidade aos organizadores do Grito. Na verdade, sempre as
houve, mas era uma hostilidade um tanto quanto dissimulada. Agora, ao
contrário, nota-se uma crítica mais contundente e orquestrada. Na medida em que
se constata que o Grito veio para ficar, cresce a perseguição da imprensa, da
mesma forma que cresce a prevenção dos órgãos de repressão. Não poucas vezes
tem havido confronto com a polícia e até prisão daqueles que coordenam as
diversas atividades.
Marcas do Grito
O
Grito trouxe inovações à mobilização social. A Criatividade, a Metodologia e o
Protagonismo dos Excluídos são marcas do Grito.
Metodologia
O
Grito privilegia a participação ampla, aberta e plural. Os mais diferentes
atores e sujeitos sociais se unem numa causa comum, sem deixar de lado sua
especificidade.
Criatividade/ Ousadia
O
Grito tem, a cada ano, um lema nacional, que pode ser trabalhado regionalmente,
a partir da conjuntura e da cultura local. As manifestações são múltiplas e
variadas, de acordo com a criatividade dos envolvidos: caminhadas, desfiles,
celebrações especiais, romarias, atos públicos, procissão, pré-Gritos, cursos,
seminários, palestras…
Protagonismo dos Excluídos
É
fundamental que os próprios excluídos assumam a direção do Grito em todas as
fases – preparação, realização e continuidade, o que ainda é um horizonte a ser
alcançado.
Parcerias
O
Grito foi concebido para ser um processo de construção coletiva, neste mutirão
estão juntos Pastorais Sociais, Semana Social Brasileira,Movimentos Populares,
sociais e sindical, Campanha Jubileu, Grito Continental, Igrejas, Mutirão
contra a Miséria e a Fome.
Por que o 7 de setembro
Desde
1995, o Grito dos Excluídos realiza-se no dia 7 de setembro. É o dia da
comemoração da independência do Brasil. Nada melhor do que esta data para
refletir sobre a soberania nacional, que é o eixo central das mobilizações do
Grito.
Nesta
perspectiva, o Grito se propõe a superar um patriotismo passivo em vista de uma
cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova
sociedade, justa, solidária, plural e fraterna.
O
Dia da Pátria, além de um dia de festa e celebração, vai se tornando também em
um dia de consciência política de luta por uma nova ordem nacional e mundial. É
um dia de sair às ruas, comemorar, refletir, reivindicar e lutar.
O Grito é um processo, que
compreende um tempo de preparação e pré-mobilização, seguido de compromissos
concretos que dão continuidade às atividades.
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