12 de agosto de 2019

Família e políticas públicas


Semana da família 2019


A FAMÍLIA COMO VAI?

A Semana Nacional da Família foi criada a 27 anos (1992). Ela acontece todos os anos e tem a finalidade de refletir, rezar e auxiliar as famílias na vivência diária da fé e na superação dos obstáculos comuns ao nosso tempo, que atentam contra os valores da família. Foi criada para defender os valores da família e sustentá-la contra os ataques que ela sofre.
·     despertar a família para sua missão sagrada, insubstituível e inalienável de educadora, de escola onde se aprendem e experimentam os valores humanos e evangélicos, da vida e da fé;
·        há a necessidade de cultivar os valores da família;
·        existe a lei municipal Nº 2349 (15 de julho de 2014) que institui a semana da família no município de Santa Helena que diz no seu "Art 3º - O município realizará através do Poder Público, ações para integrar a família santahelenense, realizando palestras, atividades de lazer, cultura e cidadania, objetivando destacar os valores morais e éticos";
Neste ano, o uso deste espaço é privilegiado, por estarmos no lugar onde as grandes questões da vida da sociedade devem ser pautadas, e não apenas para reflexão e discussão de temas relevantes, mas onde os temas relevantes transformam-se em políticas públicas para o bem comum.
Objetivo Geral da CF 2019
“Estimular a participação em políticas públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade”.
Objetivos Específicos
·        Propor políticas públicas que assegurem os direitos sociais aos mais frágeis e vulneráveis.
·        Trabalhar para que as políticas públicas eficazes de Governo se consolidem como políticas públicas de Estado.
·        Suscitar cristãos católicos comprometidos na política como testemunho concreto de fé.
A família é sim um questão quer precisa de proteção a partir de políticas públicas. O Documento de Aparecida faz uma chamada de atenção contundente sobre a defesa pública dos valores mais íntimos da família, conclamando de modo enérgico os legisladores, governantes e profissionais da saúde a defendê-la e protegê-la dos crimes que são cometidos contra ela. É preciso cobrar políticas públicas em prol da família, de modo especial, deve-se tomar iniciativas de solidariedade em relação a pessoas, famílias e grupos atingidos pela miséria, fome e tantas formas de sofrimento.

Refletir sobre a realidade da família em nossos tempos não é tarefa fácil porque a todo momento enfrentamos situações que fragilizam a vida da família, causando a necessidade de fortalecimento da vivência familiar, para que essa não perca sua direção.

Algumas situações da realidade nos inquietam:
·        Famílias em que pais estão desempregados e todos passam fome;
·        Casais que estão a mercê da violência doméstica e os filhos vivem assustados.
·        E as locais: abuso das crianças, violência doméstica.....
Em 1994 o objetivo da CF era: “Redescobrir os valores da família: lugar de encontro, espaço de vivencia humana, ponto de partida de um mundo mais humano e de acordo com o Plano de Deus”.
A pergunta “A família como vai?” continua a ser também para a Igreja um desafio não só por causa da complexidade que responder a ela envolve, mas principalmente porque com outras instituições da sociedade queremos juntos encontrar a resposta para ajudar a não ferir mais a própria família, que não deixou de ser a célula da sociedade.
Por isso, essa semana nos possibilita uma parada para o discernimento, que não é necessário apenas em um momento extraordinário, quando temos que resolver problemas graves (...); mas é um instrumento para seguir melhor o Senhor” (GE 169)
“As famílias habitualmente padecem de uma enorme ansiedade; parece haver mais preocupação por prevenir problemas futuros do que por partilhar o presente” (AL 50)
Tudo está nos abalando: insegurança, falta de emprego, situação econômica, falta de moradia, dificuldade aos estudos, aborto, ideologias, etc. Por isso, é importante lembrar quea família constitui, mais ainda do que um simples núcleo jurídico, social e econômico, uma comunidade de amor e de solidariedade que é apta de modo único a ensinar e a transmitir valores culturais, éticos, sociais, espirituais e religiosos, essenciais para o desenvolvimento e o bem-estar dos próprios membros e da sociedade” (Carta dos Direitos da Família, 1983).

Razão de ser e preocupação com o futuro
A família tem a sua razão de ser, no anseio de complementariedade e pela doação que existe inscrita no coração de cada ser humano.
A canção tão conhecida por nós todos: “que nenhuma família comece me qualquer de repente, que nenhuma família termine por falta de amor”
Família não é acaso, não é peso, não é obrigação. E não se começa de qualquer jeito. É tempo de reflexão, de anúncio e de educação para o que é a família e como queremos as nossas famílias, e até educação para o correto uso da sexualidade (que não é ensinar por camisinha pra não engravidar, e se engravidar “por acidente depois tira”) é ensinar a verdadeira finalidade da sexualidade humana – encontro, entrega, compromisso, aberta a vida.
Nossos filhos, principalmente os que ainda estão no ventre, devem ter um certeza: suas vidas estão a salvo!
O mundo oferece vozes que não vêm de Deus. E até tentam nos convencer que o melhor é o aborto.
Não deixemos que isso passe em branco como se não fosse um problema nosso. Muito pelo contrário, lutemos contra aqueles que se sentem no direito de interromper uma vida como se não fosse nada. Os nascituros contam com a nossa ajuda e Deus com a nossa fidelidade.
Reforçar a família como defensora da vida seja, talvez, a tarefa mais importante e mais desafiadora de nossas famílias nesses últimos tempos, mas a família obra prima de nosso Deus, não pode se esquivar dessa missão.
Maria serve de referência: 1. Colocar a vontade de Deus acima de tudo; 2. Dar seu “sim”, respeitando o sentido da vida.



Cuidar do ser humano com um todo:
É interessante a preocupação dos pais quanto ao futuro dos filhos: estudo, trabalho, formação ética, lazer. E a formação cristã/espiritual onde fica? Muitas vezes o batismo é uma obrigação. Depois o que importa é a participação do filho (a) no mundo como alguém pronto e acabado: bom emprego, plano de saúde, vida estável. E o coração dele, como está? E a sua alma?
O papa nos diz que “a família não pode renunciar a ser lugar de apoio, acompanhamento, guia, embora tenha de reinventar os seus métodos e encontrar novos recursos” (AL 260). “Os pais incidem sempre, para bem ou para mal, no desenvolvimento moral dos seus filhos” (AL 259) Só seremos pessoas realizadas, se nos desenvolvermos integralmente: material, humano e espiritual.

E as relações em família?
Fomos chamados por amor e para viver o amor. Mas ainda não conseguimos corresponder ao Seu amor, amando o próximo mais próximo, que é minha família, na minha casa. As vezes apenas nos damos conta quando percebemos que algum membro está se perdendo. Pouco valorizamos os idosos.
Por isso, “assim também brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as vossas obras e louvem o vosso Pai que está no céu” (Mt 5,16) O sal e a luz são duas palavras essenciais. Quem conseguiria viver nas trevas? Quem consegue comer uma comida insossa por mais bela que seja? Ninguém! Jesus quer que sejamos assim, pessoas cheias de vida, de coragem, repletas de humildade, carinhosas, atenciosas; são as nossa qualidades que atraem outras pessoas até nós. Não precisamos de muita coisa para sermos bons.

CONCLUINDO
A sociedade precisa reconhecer que a família é a principal coluna da sociedade, a principal defensora da vida desde a sua concepção até o seu declínio natural. Precisa reconhecer que os valores até então “descartáveis” são necessários e fundamentais para que tenhamos uma sociedade digna, justa e fraterna.
A família é um bem para a sociedade porque é um bem para o ser humano. É o berço do homem, o lugar onde é amado por si mesmo, graciosamente, desinteressadamente, em que é reconhecido na sua singularidade e unicidade. É o domínio privilegiado da gratuidade e do dom, da aliança e da comunhão, que são os valores próprios da pessoa. Uma família onde estes valores se vivem, pelo menos tenta-se viver, insere-se ativamente na sociedade e contribui para a sua humanização, no sentido de orientar para a realização desejada por Deus: unir os homens, num só corpo.

Fonte: Recortes do subsídio hora da família e reflexões pessoais.

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