27 de maio de 2016

SIGNIFICADO DA PORTA DA MISERICÓRDIA



1.                  PORTA SANTA E IGREJAS DE PEREGRINAÇÃO
A Porta Santa tem um valor simbólico muito especial na fé cristã. Pois Jesus mesmo é a porta dos pastores e das ovelhas (cf. 10,7). Quem quiser chegar a Deus, precisa passar por esta porta: “Ninguém vai ao Pai, a não ser por mim” (cf. Jo 14,6). Ele é a porta da misericórdia de Deus para o mundo e todos podem bater a essa porta, sempre que quisermos; ela nunca deixará de se abrir para nós.  Passar pela Porta Santa é uma ação simbólica e deve significar a nossa atitude de fé em Deus Misericordioso e em Jesus Cristo Salvador, como também o desejo de obter misericórdia e indulgência da parte de Deus. Portanto, a passagem pela Porta Santa deve ser preparada com fé e oração, para levar-nos ao encontro profundo com o Deus da misericórdia através da escuta da Palavra, da Confissão e da Eucaristia.
2.                  PORTAS SANTAS NA DIOCESE FOZ DO IGUAÇU.
Na Diocese de Foz do Iguaçu haverá a Porta Santa na Capela do Santíssimo Sacramento da Catedral Nossa Senhora de Guadalupe, destinada às peregrinações durante todo o Ano Santo. Haverá uma Porta Santa Móvel que percorrerá as Áreas Pastorais, nos eventos importantes e nas Festas dos Padroeiros (as). Também será levada a Itaipulândia (Imagem de Nossa Senhora Aparecida) e em Céu Azul (Gruta de Nossa Senhora de Lourdes). Recomendamos especial participação nas celebrações especiais, nas quais também se poderá fazer um “envio” a todos os encarregados de promover a celebração do Ano Santo na Diocese e nas Áreas Pastorais de nossa Diocese. Todas as paróquias, comunidades e organizações religiosas e pastorais de cada Área Pastoral, poderão organizar suas peregrinações para a Catedral e nos locais determinados.
3.                  PEREGRINAÇÕES
As Peregrinações fazem parte de quase todas as tradições religiosas do mundo. Na Bíblia, conhecemos as peregrinações anuais para o Templo de Jerusalém, que também Jesus fazia. No Cristianismo os lugares relacionados com a origem da nossa Fé e ligados a Jesus Cristo e aos Apóstolos tornaram-se metas de peregrinação e continuam até hoje. A Igreja põe grande valor nas peregrinações e estimula a Pastoral dos Santuários e lugares santos.
4.                  INDULGENCIAS.
O Jubileu inclui também a concessão especial de indulgências, que se relaciona sempre com o perdão de Deus para os nossos pecados. “O Senhor é misericordioso e compassivo, lento para a cólera e rico em bondade” (Sl 103,8). A indulgência está ligada ao poder de perdoar os pecados, que Jesus confiou aos Apóstolos e à Igreja: “Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão perdoados” (Jo 20,23). Pela confissão, os pecados são perdoados: e pelas indulgências, ficam curados das consequências do pecado em nós: a misericórdia de Deus nos restaura para a prática do bem (MisericordiaeVultus, nº 22 e cf. Catecismo da Igreja Cat nº 1471-1479).
A recepção válida da indulgência plenária, conforme prescrição da Igreja deve obedecer a algumas condições:
-Arrependimento sincero dos pecados e desejo firme de conversão;
-Confissão sacramental, ou ter confessado há pouco tempo;
-Participação da Santa Missa e Comunhão Eucarística;
-Renovação da profissão da Fé Católica:
-Oração pelo Papa e as suas intenções pela Igreja de todo o mundo;
-Alguma ação concreta de Caridade;
-A prática das Obras de Misericórdias Espirituais.
Os fiéis e peregrinos deverão ser avisados sobre essas normas no início de cada Missa, na qual é concedida as indulgências.
O Papa Francisco observa que, no Ano Santo da Misericórdia, a indulgência ganha uma relevância ainda maior (MV, nº 22). Não tenhamos medo, nem falso respeito humano ao falar das indulgências: se houve abusos no passado, com a “venda de indulgências” por parte de alguns, isso foi errado e deve estar superado. Mas isso não nos deve impedir de realizar hoje, com propriedade, algo aprovado pela fé católica e pela prática legítima da Igreja. O Povo de Deus tem o direito de receber a indulgência ligada às práticas do Ano Santo.
Significado e Uso
“Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos”. A doutrina e a prática das indulgências na Igreja estão estreitamente ligadas aos efeitos do Sacramento da Penitência.
“A indulgência é parcial ou plenária, conforme libera parcial ou totalmente da pena devida pelos pecados. Todos os fiéis podem adquirir indulgencias (...) para si mesmos ou para aplicá-las aos seus entes queridos (fiéis defuntos)” (CDC, cân. 994).

As penas do pecado: Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, é preciso admitir que o pecado tem dupla consequência. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, consequentemente, nos torna incapazes da vida eterna; esta privação se chama pena eterna do pecado. Por outro lado, mesmo o pecado venial, acarreta um apego prejudicial às criaturas que exige purificação, quer aqui na terra que depois da morte, no estado chamado purgatório. Esta “purificação” liberta da chamada “pena temporal” do pecado.

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