1.
PORTA
SANTA E IGREJAS DE PEREGRINAÇÃO
A Porta Santa
tem um valor simbólico muito especial na fé cristã. Pois Jesus mesmo é a porta
dos pastores e das ovelhas (cf. 10,7). Quem quiser chegar a Deus, precisa
passar por esta porta: “Ninguém vai ao Pai, a não ser por mim” (cf. Jo 14,6).
Ele é a porta da misericórdia de Deus para o mundo e todos podem bater a essa
porta, sempre que quisermos; ela nunca deixará de se abrir para nós. Passar pela Porta Santa é uma ação simbólica e
deve significar a nossa atitude de fé em Deus Misericordioso e em Jesus Cristo
Salvador, como também o desejo de obter misericórdia e indulgência da parte de
Deus. Portanto, a passagem pela Porta Santa deve ser preparada com fé e oração,
para levar-nos ao encontro profundo com o Deus da misericórdia através da
escuta da Palavra, da Confissão e da Eucaristia.
2.
PORTAS
SANTAS NA DIOCESE FOZ DO IGUAÇU.
Na Diocese de
Foz do Iguaçu haverá a Porta Santa na Capela do Santíssimo Sacramento da
Catedral Nossa Senhora de Guadalupe, destinada às peregrinações durante todo o
Ano Santo. Haverá uma Porta Santa Móvel que percorrerá as Áreas Pastorais, nos
eventos importantes e nas Festas dos Padroeiros (as). Também será levada a Itaipulândia
(Imagem de Nossa Senhora Aparecida) e em Céu Azul (Gruta de Nossa Senhora de Lourdes).
Recomendamos especial participação nas celebrações especiais, nas quais também
se poderá fazer um “envio” a todos os encarregados de promover a celebração do
Ano Santo na Diocese e nas Áreas Pastorais de nossa Diocese. Todas as
paróquias, comunidades e organizações religiosas e pastorais de cada Área
Pastoral, poderão organizar suas peregrinações para a Catedral e nos locais
determinados.
3.
PEREGRINAÇÕES
As
Peregrinações fazem parte de quase todas as tradições religiosas do mundo. Na
Bíblia, conhecemos as peregrinações anuais para o Templo de Jerusalém, que
também Jesus fazia. No Cristianismo os lugares relacionados com a origem da
nossa Fé e ligados a Jesus Cristo e aos Apóstolos tornaram-se metas de
peregrinação e continuam até hoje. A Igreja põe grande valor nas peregrinações
e estimula a Pastoral dos Santuários e lugares santos.
4.
INDULGENCIAS.
O Jubileu
inclui também a concessão especial de indulgências, que se relaciona sempre com
o perdão de Deus para os nossos pecados. “O Senhor é misericordioso e
compassivo, lento para a cólera e rico em bondade” (Sl 103,8). A indulgência
está ligada ao poder de perdoar os pecados, que Jesus confiou aos Apóstolos e à
Igreja: “Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão perdoados” (Jo 20,23).
Pela confissão, os pecados são perdoados: e pelas indulgências, ficam curados das
consequências do pecado em nós: a misericórdia de Deus nos restaura para a
prática do bem (MisericordiaeVultus, nº 22 e cf. Catecismo da Igreja Cat nº
1471-1479).
A recepção
válida da indulgência plenária, conforme prescrição da Igreja deve obedecer a
algumas condições:
-Arrependimento
sincero dos pecados e desejo firme de conversão;
-Confissão
sacramental, ou ter confessado há pouco tempo;
-Participação
da Santa Missa e Comunhão Eucarística;
-Renovação da
profissão da Fé Católica:
-Oração pelo
Papa e as suas intenções pela Igreja de todo o mundo;
-Alguma ação
concreta de Caridade;
-A prática das
Obras de Misericórdias Espirituais.
Os
fiéis e peregrinos deverão ser avisados sobre essas normas no início de cada
Missa, na qual é concedida as indulgências.
O
Papa Francisco observa que, no Ano Santo da Misericórdia, a indulgência ganha
uma relevância ainda maior (MV, nº 22). Não tenhamos medo, nem falso respeito
humano ao falar das indulgências: se houve abusos no passado, com a “venda de
indulgências” por parte de alguns, isso foi errado e deve estar superado. Mas
isso não nos deve impedir de realizar hoje, com propriedade, algo aprovado pela
fé católica e pela prática legítima da Igreja. O Povo de Deus tem o direito de
receber a indulgência ligada às práticas do Ano Santo.
Significado
e Uso
“Indulgência é
a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados
quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas
condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção,
distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos
Santos”. A doutrina e a prática das indulgências na Igreja estão estreitamente
ligadas aos efeitos do Sacramento da Penitência.
“A indulgência
é parcial ou plenária, conforme libera parcial ou totalmente da pena devida
pelos pecados. Todos os fiéis podem adquirir indulgencias (...) para si mesmos
ou para aplicá-las aos seus entes queridos (fiéis defuntos)” (CDC, cân. 994).
As penas do
pecado: Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, é preciso
admitir que o pecado tem dupla consequência. O pecado grave priva-nos da
comunhão com Deus e, consequentemente, nos torna incapazes da vida eterna; esta
privação se chama pena eterna do pecado. Por outro lado, mesmo o pecado venial,
acarreta um apego prejudicial às criaturas que exige purificação, quer aqui na
terra que depois da morte, no estado chamado purgatório. Esta “purificação”
liberta da chamada “pena temporal” do pecado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário